Publicidade
Publicidade
04/05/2005
-
10h39
da Folha Online
O Partido Trabalhista é tradicionalmente considerado o mais esquerdista do Reino Unido, e cresceu em meio aos movimentos dos trabalhadores no século 19, durante a Revolução Industrial.
Formado em 1900, inicialmente funcionava como um grupo parlamentar para pressionar o governo. O partido só se aproximaria do poder pela primeira vez em 1924.
Os trabalhistas também integraram a coalizão partidária, formada por Winston Churchill, por ocasião do período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Em 1945, os trabalhistas derrubaram Churchill. Clement Atlee foi eleito primeiro-ministro trabalhista, sendo o primeiro a chegar ao posto na história do partido.
Atlee ajudou na reconstrução do Reino Unido após a Segunda Guerra Mundial, além de ter criado as bases para o moderno Estado britânico. Uma de suas contribuições mais importantes foi o desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde.
Apesar de tantos avanços, os trabalhistas não conseguiram vencer as eleições em 1951, e ficaram na oposição durante 13 anos, até que Harold Wilson foi eleito primeiro-ministro em 1964. Ele esteve no cargo durante quatro mandatos, que não foram consecutivos.
Estimulado pelo liberalismo social da época, o governo de Wilson foi marcado por várias mudanças na lei sobre divórcio, homossexualidade e aborto. Ele também aboliu a pena de morte e apoiou a Guerra do Vietnã (1965-75), mas diferentemente da Austrália e Nova Zelândia, não atendeu os pedidos do governo americano para o envio de tropas. Ele perdeu as eleições de 1970, fato que foi contra todas as expectativas.
Os trabalhistas voltaram ao poder no final da década de 70, mas o governo de James Callaghan (que venceu as eleições partidárias em 1976 e ficou no poder até 1979), é lembrado como o "Inverno do Descontentamento", por causa dos anos de 1978-79, quando várias greves enfraqueceram a economia do país.
Meses depois, o Partido Trabalhista foi esmagado nas urnas e passou 18 anos no exílio, quase destruído pelas brigas internas. Em 1983, os eleitores trabalhistas eram apenas 27,6%, número mais baixo em toda sua história.
O partido substituiu seu símbolo tradicional, a bandeira vermelha socialista, pela rosa vermelha em 1986, quando tentava remodelar seu princípio político, orientando-se por uma opção política mais de centro.
O movimento de reforma se acelerou em 1994, quando Tony Blair se tornou o mais jovem líder partidário em toda a história dos trabalhistas.
Blair levou o partido a uma vitória esmagadora nas urnas em 1997, e repetiu o feito em 2001, com uma maioria pequena.
Seu governo introduziu uma legislação que obriga o respeito a salário mínimo. Ele também deu a independência ao Banco da Inglaterra (banco central do Reino Unido), mas sua decisão de ir à Guerra do Iraque (iniciada em março de 2003) irritou os trabalhistas mais tradicionais.
Leia mais
Erramos: Partido Trabalhista é o mais "esquerdista" no Reino Unido
Especial
Enquete: a Guerra do Iraque pode afetar o Partido Trabalhista
Leia o que já foi publicado sobre Tony Blair
Leia o que já foi publicado sobre as eleições britânicas
Partido Trabalhista é o mais "esquerdista" no Reino Unido
Publicidade
O Partido Trabalhista é tradicionalmente considerado o mais esquerdista do Reino Unido, e cresceu em meio aos movimentos dos trabalhadores no século 19, durante a Revolução Industrial.
Formado em 1900, inicialmente funcionava como um grupo parlamentar para pressionar o governo. O partido só se aproximaria do poder pela primeira vez em 1924.
Os trabalhistas também integraram a coalizão partidária, formada por Winston Churchill, por ocasião do período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Em 1945, os trabalhistas derrubaram Churchill. Clement Atlee foi eleito primeiro-ministro trabalhista, sendo o primeiro a chegar ao posto na história do partido.
Atlee ajudou na reconstrução do Reino Unido após a Segunda Guerra Mundial, além de ter criado as bases para o moderno Estado britânico. Uma de suas contribuições mais importantes foi o desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde.
Apesar de tantos avanços, os trabalhistas não conseguiram vencer as eleições em 1951, e ficaram na oposição durante 13 anos, até que Harold Wilson foi eleito primeiro-ministro em 1964. Ele esteve no cargo durante quatro mandatos, que não foram consecutivos.
Estimulado pelo liberalismo social da época, o governo de Wilson foi marcado por várias mudanças na lei sobre divórcio, homossexualidade e aborto. Ele também aboliu a pena de morte e apoiou a Guerra do Vietnã (1965-75), mas diferentemente da Austrália e Nova Zelândia, não atendeu os pedidos do governo americano para o envio de tropas. Ele perdeu as eleições de 1970, fato que foi contra todas as expectativas.
Os trabalhistas voltaram ao poder no final da década de 70, mas o governo de James Callaghan (que venceu as eleições partidárias em 1976 e ficou no poder até 1979), é lembrado como o "Inverno do Descontentamento", por causa dos anos de 1978-79, quando várias greves enfraqueceram a economia do país.
Meses depois, o Partido Trabalhista foi esmagado nas urnas e passou 18 anos no exílio, quase destruído pelas brigas internas. Em 1983, os eleitores trabalhistas eram apenas 27,6%, número mais baixo em toda sua história.
O partido substituiu seu símbolo tradicional, a bandeira vermelha socialista, pela rosa vermelha em 1986, quando tentava remodelar seu princípio político, orientando-se por uma opção política mais de centro.
O movimento de reforma se acelerou em 1994, quando Tony Blair se tornou o mais jovem líder partidário em toda a história dos trabalhistas.
Blair levou o partido a uma vitória esmagadora nas urnas em 1997, e repetiu o feito em 2001, com uma maioria pequena.
Seu governo introduziu uma legislação que obriga o respeito a salário mínimo. Ele também deu a independência ao Banco da Inglaterra (banco central do Reino Unido), mas sua decisão de ir à Guerra do Iraque (iniciada em março de 2003) irritou os trabalhistas mais tradicionais.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice