Publicidade
Publicidade
05/05/2005
-
00h12
CLARICE SPITZ
da Folha Online
Os eleitores britânicos e norte-irlandeses vão às urnas nesta quinta-feira em eleições gerais que devem dar nova vitória ao Partido Trabalhista, o que garante o terceiro, e o que pode ser o último mandato do premiê Tony Blair [O premiê já disse que não disputará um quarto mandato].
Mas se a vitória dos trabalhistas é dada como certa, as atenções devem se concentrar na margem de vitória que o partido de Blair vai conseguir na Câmara dos Comuns.
Nesta eleição, estão em disputa 646 assentos --13 vagas a menos do que nas últimas eleições, quando os trabalhistas conseguiram uma vantagem de 161 assentos. Analistas apontam que uma margem inferior a 70 assentos enfraqueceria Blair.
Para o professor de Política e Governo da London School of Economics Rodney Barker, 63, a provável diminuição da influência trabalhista na Câmara dos Comuns tem relação direta com o desgaste político da imagem do premiê, sobretudo, com o apoio dado por ele à Guerra do Iraque.
"A situação peculiar da campanha é que, apesar da Guerra do Iraque não ser um tema que interesse o eleitor como as questões domésticas, há uma desconfiança em relação ao primeiro-ministro, que parece ter enganado a população sobre a invasão do Iraque", afirma Barker.
Alguns analistas comentam que a imagem desgastada de Blair poderia abreviar seu mandato e fazer com que ele "saísse de cena" em favor do atual ministro das Finanças Gordon Brown.
O professor destaca a importância do Partido Democrata Liberal que, segundo ele, alcança nesta eleição uma visibilidade obtida somente na metade do século passado. Segundo Barker, os liberais-democratas são os que mais podem tirar cadeiras dos trabalhistas e alcançar projeção nas próximas eleições.
Comparecimento
O professor avalia que o comparecimento de eleitores às urnas --o voto não é obrigatório no Reino Unido-- vai ser uma peça-chave para a base de apoio ao governo de Tony Blair.
"O crucial não é apenas vencer, mas saber quantas pessoas vão às urnas", afirma.
Nas eleições passadas, 59% de eleitores votaram, o mais baixo nível de comparecimento desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Neste ano, cerca de 44,2 milhões de pessoas estão cadastradas e aptas para votar, mas, segundo pesquisa encomendada pelo jornal "The Independent", mais de um quarto do eleitorado ainda não decidiu se vai ou não votar.
No sistema britânico, cada uma das 646 zonas eleitorais na Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte elege um membro do Parlamento.
Blair vai votar em Sedgefield, no norte do país, e deve esperar pelo resultado antes de retornar a Londres.
As urnas abrem às 7h (3h de Brasília) e fecham às 22h (18h de Brasília).
Leia mais
Favorito, Blair deve manter seu cargo sem terminar o 3º mandato
Especial
Leia mais na especial sobre as eleições no Reino Unido
A guerra pode prejudicar a participação dos eleitores?
Leia o que já foi publicado sobre Tony Blair
Leia o que já foi publicado sobre as eleições britânicas
Eleitores escolhem Parlamento em eleição que deve dar vitória a Blair
Publicidade
da Folha Online
Os eleitores britânicos e norte-irlandeses vão às urnas nesta quinta-feira em eleições gerais que devem dar nova vitória ao Partido Trabalhista, o que garante o terceiro, e o que pode ser o último mandato do premiê Tony Blair [O premiê já disse que não disputará um quarto mandato].
Mas se a vitória dos trabalhistas é dada como certa, as atenções devem se concentrar na margem de vitória que o partido de Blair vai conseguir na Câmara dos Comuns.
Nesta eleição, estão em disputa 646 assentos --13 vagas a menos do que nas últimas eleições, quando os trabalhistas conseguiram uma vantagem de 161 assentos. Analistas apontam que uma margem inferior a 70 assentos enfraqueceria Blair.
Para o professor de Política e Governo da London School of Economics Rodney Barker, 63, a provável diminuição da influência trabalhista na Câmara dos Comuns tem relação direta com o desgaste político da imagem do premiê, sobretudo, com o apoio dado por ele à Guerra do Iraque.
"A situação peculiar da campanha é que, apesar da Guerra do Iraque não ser um tema que interesse o eleitor como as questões domésticas, há uma desconfiança em relação ao primeiro-ministro, que parece ter enganado a população sobre a invasão do Iraque", afirma Barker.
Alguns analistas comentam que a imagem desgastada de Blair poderia abreviar seu mandato e fazer com que ele "saísse de cena" em favor do atual ministro das Finanças Gordon Brown.
O professor destaca a importância do Partido Democrata Liberal que, segundo ele, alcança nesta eleição uma visibilidade obtida somente na metade do século passado. Segundo Barker, os liberais-democratas são os que mais podem tirar cadeiras dos trabalhistas e alcançar projeção nas próximas eleições.
Comparecimento
O professor avalia que o comparecimento de eleitores às urnas --o voto não é obrigatório no Reino Unido-- vai ser uma peça-chave para a base de apoio ao governo de Tony Blair.
"O crucial não é apenas vencer, mas saber quantas pessoas vão às urnas", afirma.
Nas eleições passadas, 59% de eleitores votaram, o mais baixo nível de comparecimento desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Neste ano, cerca de 44,2 milhões de pessoas estão cadastradas e aptas para votar, mas, segundo pesquisa encomendada pelo jornal "The Independent", mais de um quarto do eleitorado ainda não decidiu se vai ou não votar.
No sistema britânico, cada uma das 646 zonas eleitorais na Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte elege um membro do Parlamento.
Blair vai votar em Sedgefield, no norte do país, e deve esperar pelo resultado antes de retornar a Londres.
As urnas abrem às 7h (3h de Brasília) e fecham às 22h (18h de Brasília).
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice