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07/05/2005
-
12h21
da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, afirmou neste sábado que o governo de Belarus (ex-república soviética) é a última ditadura da Europa. Ele faz uma visita de cinco dias ao continente, por ocasião das comemorações da vitória das forças aliadas sobre os nazistas, no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
"As pessoas naqueles país vivem merecem [um governo] melhor", disse, durante seu discurso em Riga, capital da Letônia, onde se reuniu com líderes desse país, e também da Estônia e Lituânia.
Esses países foram anexados pela Rússia ao fim da Segunda Guerra, e ficaram sob o comando do Kremlin por décadas. O presidente americano afirmou que o fim do conflito "significou a paz" para muitos lugares do mundo, mas trouxe "ocupação e repressão comunista" ao leste europeu.
Questionado sobre as críticas que o presidente russo, Vladimir Putin, fez à sua visita à Letônia, Bush respondeu que vai "continuar falando claramente ao presidente Putin que deve ser um interesse de seu país [da Rússia] que haja democracia em suas fronteiras".
Belarus
Em janeiro, a secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, chegou a afirmar que Belarus, entre outros países, como Cuba e Irã eram a "vanguarda da tirania".
O país é presidido por Aleksandr Lukashenko, um ex-administrador agrícola. O desaparecimento de oposicionistas e jornalistas é comum no país, e recentemente o presidente foi reeleito com quase 80% do apoio popular.
A eleição foi considerada fraudulenta, segundo observadores internacionais.
Agenda
Após fazer uma escala na Holanda neste domingo, a fim de visitar o cemitério militar americano de Margraten, Bush viaja a Moscou [capital russa] para se reunir com Putin, e participar, nesta segunda-feira, das cerimônias de comemoração da vitória na guerra.
A celebração dos 60 anos do fim da guerra gerou certa tensão entre os três países bálticos e as autoridades russas, que se recusaram a se desculpar oficialmente pela ocupação depois da Segunda Guerra, tal como pediram os presidentes da Estônia e Lituânia, que não viajarão a Moscou.
A presidente da Letônia será a única dos países bálticos em Moscou.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Steve Hadley, disse na última quarta-feira (4) que a Rússia deve renunciar de maneira oficial ao pacto germano-soviético de 1939, conhecido como Molotov-Ribbentrop, que permitiu à antiga União Soviética ocupar os países bálticos antes que eles fossem invadidos pelos nazistas em junho de 1941.
As exigências dos Estados Unidos, e também da União Européia (UE), foram rejeitadas por Putin. Para ele, o país já se desculpou por esse pacto em 1989, e a Rússia não tem motivo para voltar a fazê-lo.
Letônia, Estônia e Lituânia se tornaram independentes em 1991, em meio ao desmantelamento da ex-União Soviética.
Em 2003, os três países se tornaram estreitos aliados dos EUA, ao decidirem apoiar a coalizão que empreendeu a Guerra no Iraque para derrubar o ditador Saddam Hussein.
A Estônia prolongou até o fim de 2005 a presença no Iraque de seu contingente mínimo de 32 soldados, enquanto Letônia e Lituânia mantêm cerca de cem homens no Iraque.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Segunda Guerra Mundial
Leia o que já foi publicado sobre Belarus
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Bush diz que governo em Belarus é a "última ditadura da Europa"
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O presidente americano, George W. Bush, afirmou neste sábado que o governo de Belarus (ex-república soviética) é a última ditadura da Europa. Ele faz uma visita de cinco dias ao continente, por ocasião das comemorações da vitória das forças aliadas sobre os nazistas, no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
"As pessoas naqueles país vivem merecem [um governo] melhor", disse, durante seu discurso em Riga, capital da Letônia, onde se reuniu com líderes desse país, e também da Estônia e Lituânia.
Esses países foram anexados pela Rússia ao fim da Segunda Guerra, e ficaram sob o comando do Kremlin por décadas. O presidente americano afirmou que o fim do conflito "significou a paz" para muitos lugares do mundo, mas trouxe "ocupação e repressão comunista" ao leste europeu.
Questionado sobre as críticas que o presidente russo, Vladimir Putin, fez à sua visita à Letônia, Bush respondeu que vai "continuar falando claramente ao presidente Putin que deve ser um interesse de seu país [da Rússia] que haja democracia em suas fronteiras".
Belarus
Em janeiro, a secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, chegou a afirmar que Belarus, entre outros países, como Cuba e Irã eram a "vanguarda da tirania".
O país é presidido por Aleksandr Lukashenko, um ex-administrador agrícola. O desaparecimento de oposicionistas e jornalistas é comum no país, e recentemente o presidente foi reeleito com quase 80% do apoio popular.
A eleição foi considerada fraudulenta, segundo observadores internacionais.
Agenda
Após fazer uma escala na Holanda neste domingo, a fim de visitar o cemitério militar americano de Margraten, Bush viaja a Moscou [capital russa] para se reunir com Putin, e participar, nesta segunda-feira, das cerimônias de comemoração da vitória na guerra.
A celebração dos 60 anos do fim da guerra gerou certa tensão entre os três países bálticos e as autoridades russas, que se recusaram a se desculpar oficialmente pela ocupação depois da Segunda Guerra, tal como pediram os presidentes da Estônia e Lituânia, que não viajarão a Moscou.
A presidente da Letônia será a única dos países bálticos em Moscou.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Steve Hadley, disse na última quarta-feira (4) que a Rússia deve renunciar de maneira oficial ao pacto germano-soviético de 1939, conhecido como Molotov-Ribbentrop, que permitiu à antiga União Soviética ocupar os países bálticos antes que eles fossem invadidos pelos nazistas em junho de 1941.
As exigências dos Estados Unidos, e também da União Européia (UE), foram rejeitadas por Putin. Para ele, o país já se desculpou por esse pacto em 1989, e a Rússia não tem motivo para voltar a fazê-lo.
Letônia, Estônia e Lituânia se tornaram independentes em 1991, em meio ao desmantelamento da ex-União Soviética.
Em 2003, os três países se tornaram estreitos aliados dos EUA, ao decidirem apoiar a coalizão que empreendeu a Guerra no Iraque para derrubar o ditador Saddam Hussein.
A Estônia prolongou até o fim de 2005 a presença no Iraque de seu contingente mínimo de 32 soldados, enquanto Letônia e Lituânia mantêm cerca de cem homens no Iraque.
Com agências internacionais
Especial
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