Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/06/2005 - 17h56

EUA acusam ex-professor universitário de liderar grupo terrorista

Publicidade

da Folha Online

Um ex-professor universitário de origem palestina foi apontado como líder do grupo extremista palestino Jihad Islâmico durante o início de seu julgamento nos Estados Unidos, nesta segunda-feira.

Sami al Arian, 47, e três outros réus de origem palestina são acusados de financiar ataques suicidas no Oriente Médio e dar apoio ao grupo-- apontado pelos EUA como responsável pelas mortes de mais de cem pessoas em Israel, entre elas, dois americanos.

"As evidências irão mostrar que o Jihad Islâmico é um dos mais perigosos grupos terroristas do mundo, dedicado a eliminar Israel", afirmou o promotor Walter Furr, na abertura de um dos maiores julgamentos por terrorismo nos EUA desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

O promotor disse ainda que Al Arian --que, antes de ser preso, era professor de Ciências da Computação na Universidade do Sul da Flórida, em Tampa-- é um dos principais líderes do grupo. "Por um período, ele pode ter sido o homem mais poderoso da organização", afirmou Furr.

Fundo

Os quatro réus negaram as acusações e afirmaram que estariam sendo julgados devido ao seu apoio político aos palestinos.

Grande parte das evidências apresentadas pelo governo têm por base milhares de horas de conversas telefônicas grampeadas e mensagens de fax enviadas pelo grupo.

Os quatro réus podem ser condenados à prisão perpétua pelas acusações de conspiração, extorsão, lavagem de dinheiro e apoio a organizações terroristas estrangeiras.

Al Arian foi um dos criadores, em 1990, de um fundo para ajudar na criação de um Estado palestino independente. O governo dos EUA o acusa de usar os recursos arrecadados para fornecer dinheiro a terroristas.

Julgamento

Do julgamento, que deve durar pelo menos seis meses, devem participar centenas de testemunhas chamadas pela promotoria--muitas delas de Israel.

Oficiais do Exército formaram barreiras ao redor da Corte Federal em Tampa e policiais armados se colocaram nas escadas do prédio. Segundo o juiz James Moody, responsável pelo caso, a segurança extra é um procedimento padrão nos EUA em grandes julgamentos.

Al Arian pediu que o julgamento fosse feito fora de Tampa, devido à extensa cobertura jornalística do caso na cidade e por medo de represálias contra árabes e muçulmanos, mas o pedido foi negado por Moody.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Jihad Islâmico
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página