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08/07/2005
-
11h50
da Folha Online
Os líderes do G8 [grupo que reúne os sete países mais ricos do mundo e a Rússia] anunciaram nesta sexta-feira que irão "dobrar" a ajuda aos países em desenvolvimento --em especial à África-- até 2010, aumentando as doações anuais em US$ 25 bilhões, na tentativa de atenuar a condição de pobreza que assola vários países africanos.
O valor total da ajuda para os países em desenvolvimento deve chegar a US$ 50 bilhões ao ano, até 2010.
Haverá também o cancelamento das dívidas externas dos países mais pobres, no valor de US$ 40 bilhões. O grupo também se comprometeu a trabalhar pela criação de regras de comércio mais favoráveis aos países em desenvolvimento.
"Nós [os líderes do G8] e nossos parceiros africanos concordamos sobre a necessidade do progresso para construir uma África forte e pacífica", afirmou o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que exerce esse ano a presidência rotativa do grupo, em coletiva de imprensa que marcou o fim da cúpula de três dias, nesta sexta-feira.
Mas as agências de ajuda internacional que defendiam, além desse valor, o cancelamento da dívida dos países pobres e a reformulação das regras comerciais entre os países do G8 e os que são considerados em desenvolvimento, afirmaram que a ajuda "é pouca", e chega "muito tarde" ao continente africano, onde "uma criança morre por causa da pobreza a cada dez segundos".
"O aumento da ajuda do G8 poderia salvar as vidas de 5 milhões de pessoas até 2010 --mas a vida de 50 milhões de crianças serão perdidas porque o G8 não foi tão longe quanto deveria", afirmou Jo Leadbeater, diretor de ajuda do grupo Oxfam.
Blair, que descreveu a África como "uma cicatriz na consciência do mundo", colocou a pobreza do continente como principal assunto das discussões da cúpula do G8, realizada esse ano em Gleneagles, Escócia.
Palestinos
Blair também anunciou um pacote de ajuda aos palestinos, que deve totalizar US$ 3 bilhões, e auxiliar no processo de paz do Oriente Médio.
A ajuda será fornecida à Autoridade Nacional Palestina (ANP), nos próximos anos.
"O pacote de ajuda está destinado para que israelenses e palestinos, dois povos e duas religiões, possam viver lado a lado e em paz", afirmou Blair no final da cúpula de três dias na Escócia.
Clima
Blair confirmou também um acordo do G8 para lutar contra a mudança climática e o início de um diálogo sobre esse assunto com os países emergentes, algo que começará, segundo anunciou, no dia 1º de novembro com uma reunião no Reino Unido.
A conferência de novembro deve reunir --Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia [que integram o G8], países como China, Brasil, Índia, México e África do Sul.
Além disso, os líderes do G8 concordaram em "começar a frear a emissão de gases", de acordo com o comunicado prévio sobre os resultados do G8 divulgado nesta sexta-feira.
Terrorismo
Blair afirmou nesta sexta-feira em nome do G8 que "não há nem esperança nem futuro para o terrorismo", após os atentados perpetrados nesta quinta-feira em Londres. Os líderes se comprometeram em proteger meios de transporte na Europa, para evitar ataques terroristas.
A série de quatro explosões em trens e ônibus que atingiu Londres matou mais de 50 pessoas e deixou 700 feridos.
O primeiro-ministro britânico deixou o encontro do G8 --que acontece no hotel em Gleneagles (70 quilômetros da capital escocesa, Edimburgo)-- logo após os ataques a Londres, que aconteceram entre 8h51 e 9h47 da manhã [o fuso horário na Inglaterra é de quatro horas a mais], e retornou à noite, para finalizar as discussões com os outros líderes.
A reunião terminou mais cedo nesta sexta-feira, já que Blair precisou retornar a Londres, para acompanhar as investigações sobre os atentados.
O presidente americano, George W. Bush adiantou sua partida de Gleneagles em meia hora, e não participou da coletiva de imprensa.
Com agências internacionais
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Os líderes do G8 [grupo que reúne os sete países mais ricos do mundo e a Rússia] anunciaram nesta sexta-feira que irão "dobrar" a ajuda aos países em desenvolvimento --em especial à África-- até 2010, aumentando as doações anuais em US$ 25 bilhões, na tentativa de atenuar a condição de pobreza que assola vários países africanos.
O valor total da ajuda para os países em desenvolvimento deve chegar a US$ 50 bilhões ao ano, até 2010.
Haverá também o cancelamento das dívidas externas dos países mais pobres, no valor de US$ 40 bilhões. O grupo também se comprometeu a trabalhar pela criação de regras de comércio mais favoráveis aos países em desenvolvimento.
"Nós [os líderes do G8] e nossos parceiros africanos concordamos sobre a necessidade do progresso para construir uma África forte e pacífica", afirmou o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que exerce esse ano a presidência rotativa do grupo, em coletiva de imprensa que marcou o fim da cúpula de três dias, nesta sexta-feira.
Mas as agências de ajuda internacional que defendiam, além desse valor, o cancelamento da dívida dos países pobres e a reformulação das regras comerciais entre os países do G8 e os que são considerados em desenvolvimento, afirmaram que a ajuda "é pouca", e chega "muito tarde" ao continente africano, onde "uma criança morre por causa da pobreza a cada dez segundos".
"O aumento da ajuda do G8 poderia salvar as vidas de 5 milhões de pessoas até 2010 --mas a vida de 50 milhões de crianças serão perdidas porque o G8 não foi tão longe quanto deveria", afirmou Jo Leadbeater, diretor de ajuda do grupo Oxfam.
Blair, que descreveu a África como "uma cicatriz na consciência do mundo", colocou a pobreza do continente como principal assunto das discussões da cúpula do G8, realizada esse ano em Gleneagles, Escócia.
Palestinos
Blair também anunciou um pacote de ajuda aos palestinos, que deve totalizar US$ 3 bilhões, e auxiliar no processo de paz do Oriente Médio.
A ajuda será fornecida à Autoridade Nacional Palestina (ANP), nos próximos anos.
"O pacote de ajuda está destinado para que israelenses e palestinos, dois povos e duas religiões, possam viver lado a lado e em paz", afirmou Blair no final da cúpula de três dias na Escócia.
Clima
Blair confirmou também um acordo do G8 para lutar contra a mudança climática e o início de um diálogo sobre esse assunto com os países emergentes, algo que começará, segundo anunciou, no dia 1º de novembro com uma reunião no Reino Unido.
A conferência de novembro deve reunir --Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia [que integram o G8], países como China, Brasil, Índia, México e África do Sul.
Além disso, os líderes do G8 concordaram em "começar a frear a emissão de gases", de acordo com o comunicado prévio sobre os resultados do G8 divulgado nesta sexta-feira.
Terrorismo
Blair afirmou nesta sexta-feira em nome do G8 que "não há nem esperança nem futuro para o terrorismo", após os atentados perpetrados nesta quinta-feira em Londres. Os líderes se comprometeram em proteger meios de transporte na Europa, para evitar ataques terroristas.
A série de quatro explosões em trens e ônibus que atingiu Londres matou mais de 50 pessoas e deixou 700 feridos.
O primeiro-ministro britânico deixou o encontro do G8 --que acontece no hotel em Gleneagles (70 quilômetros da capital escocesa, Edimburgo)-- logo após os ataques a Londres, que aconteceram entre 8h51 e 9h47 da manhã [o fuso horário na Inglaterra é de quatro horas a mais], e retornou à noite, para finalizar as discussões com os outros líderes.
A reunião terminou mais cedo nesta sexta-feira, já que Blair precisou retornar a Londres, para acompanhar as investigações sobre os atentados.
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