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21/07/2005 - 20h20

Polícia britânica prende dois suspeitos de explosões em Londres

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da Folha Online

A polícia britânica prendeu nesta quinta-feira dois homens suspeitos de ter ligação com uma série de explosões no sistema de transportes de Londres.

Segundo um porta-voz da polícia, um dos homens foi preso perto de Downing Street, local onde mora o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.

O segundo suspeito foi detido em um ponto próximo à estação de metrô de Warren Street-- local onde aconteceu um dos incidentes. De acordo com o porta-voz, os homens estão sendo interrogados.

O comissário de polícia de Londres, Ian Blair, afirmou que as "tentativas de ataques" contra os sistemas de transporte de Londres ocorridas nesta quinta-feira não tiveram êxito, já que a intenção dos terroristas era "matar". Além disso, alguns artefatos falharam.

A ação desta quinta-feira teve como alvo trens de metro e ônibus, a exemplo do atentado do último dia 7, quando três explosões em trens e uma em um ônibus de dois andares deixaram 52 mortos, além dos quatro suicidas autores da ação terrorista. Outras 700 pessoas se feriram.

As afirmações de Blair foram feitas durante uma coletiva de imprensa que também contou com a participação do prefeito de Londres, Ken Livingstone, depois das explosões ocorridas nesta quinta-feira. O comissário disse que alguns dos dispositivos não explodiram. "Os especialistas ainda estão analisando que parte explodiu e que parte não explodiu", afirmou, sem informa a localização desses artefatos.

Vítimas

Pouco antes, também durante entrevista coletiva ao lado do premiê australiano, John Howard, o premiê britânico, Tony Blair, disse que as explosões não deixaram vítimas e pediu que as pessoas retornassem à normalidade de suas vidas o mais rápido possível.

O comissário de polícia respaldou a informação de Blair, dizendo que o serviço de ambulâncias de Londres não reportou nenhuma vítima, mas fontes hospitalares informaram que uma pessoa ferida deu entrada em um hospital da capital. Apesar disso, até o momento, não há nenhum indício que relacione o ferido às explosões desta quinta-feira.

"Houve outra tentativa [de ataque], e isso não é surpresa", afirmou Livingstone, que pediu para os civis que tenham qualquer tipo de informação sobre o ocorrido nas últimas semanas entrarem em contato com a polícia. Investigadores ainda não têm informações claras sobre quantas pessoas teriam participado dos atentados desta quinta-feira.

Blair afirmou que a polícia ainda não sabe se as explosões ocorridas hoje têm alguma relação com os atentados realizados no último dia 7.

Estações fechadas

Três estações de metrô de Londres foram esvaziadas e fechadas nesta quinta-feira, e a região próxima à rua Hackney (oeste) foi interditada pela polícia.

As três estações afetadas foram Warren Street, Shepherd's Bush e Oval, no centro, oeste e sul da capital britânica, respectivamente.

De acordo com a agência Reuters, que cita um porta-voz da garagem da empresa de transportes de Londres, uma explosão atingiu um ônibus de dois andares na rua Hackney, quebrando as janelas do veículo, mas sem causar vítimas. O ônibus de número 26 se dirigia de Waterloo para Hackney, no oeste da cidade.

O comissário também disse que investigadores forenses estão coletando material que possa trazer indícios significantes sobre os possíveis autores, bem como definir qualquer conexão com o atentado ocorrido há duas semanas.

As autoridades londrinas se negaram a dizer se as ações desta quinta-feira podem ter qualquer ligação com a rede terrorista Al Qaeda, comandada por Osama bin Laden. Mas a semelhança dos dois ataques, o desta quinta-feira e o do início deste mês, levantam suspeitas sobre o fato de serem os mesmos autores.

Segurança

Questionado sobre uma maneira de aumentar a segurança no metrô de Londres, o prefeito Livingstone respondeu que a única tecnologia que poderia ser aplicada é a mesma usada nos aeroportos para detecção de objetos como armas e bombas.

Mas, segundo ele, o uso desse tipo de tecnologia hoje é impossível, já que, diariamente, 3 milhões de pessoas circulam pelo metrô de Londres, e algumas estações não têm infra-estrutura para instalação desse tipo de equipamento.

As autoridades também não confirmaram os relatos de testemunhas que viram homens com mochilas no metrô e no ônibus.

Com agências internacionais

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