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28/07/2005 - 10h16

Luta armada do IRA durou mais de 30 anos no Reino Unido

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da Folha Online

Nesta quinta-feira, o IRA [Exército Republicano Irlandês, guerrilha católica], anunciou o fim de sua luta armada, que durou mais de 30 anos.

O conflito foi motivado principalmente porque protestantes unionistas [maioria da população] querem que a região continue ligada ao Reino Unido. Já os católicos [minoria] preferem a reunificação com a República da Irlanda --de maioria católica.

Conheça os principais fatos sobre o IRA:

- O nome "Exército Republicano Irlandês" surgiu como uma alternativa para os "Voluntários Irlandeses", que foram o Exército oficial do Estado irlandês e do novo Parlamento, que declarou a Irlanda uma república livre em 1919, desafiando o governo central britânico.

- A divisão da Irlanda entre um território controlado pelos britânicos (a Irlanda do Norte) e um Estado irlandês semi-autônomo, que ainda deve obediência à Coroa britânica, sob o Tratado de Londres (1921), dividiu o grupo de voluntários e a guerra civil entre o Exército do Estado Livre e os que passaram a ser chamados pelo governo de "Irregulares" --que formariam o IRA.

- O IRA foi banido pelo governo irlandês em 1936 e se tornou um grupo marginal, que ressurgiu no fim dos anos 60, quando as tensões entre os unionistas (protestantes, pró-união com o Reino Unido) e os republicanos irlandeses na Irlanda do Norte levaram à revoltas e à subseqüente mobilização de tropas britânicas no país.

- Em 1969, o IRA sofreu nova divisão. O IRA oficial declarou um cessar-fogo em 1972, mas o lado dissidente do IRA (conhecido como "Provos") lançou uma campanha militar para pôr fim ao domínio britânico sobre a Irlanda do Norte. Os dissidentes ganharam força depois que tropas britânicas abriram fogo, em 30 de janeiro de 1972, contra manifestantes católicos da Irlanda do Norte que protestavam na cidade de Londonderry (segunda maior cidade do norte da Irlanda), matando 13 pessoas, no incidente que ficou conhecido como "Domingo Sangrento" ("Bloody Sunday").

- Durante a década de 70, o IRA realizou muitos ataques, incluindo o atentado de 1979, quando um membro da família real britânica, o lorde Louis Mountbatten, morreu durante a explosão de uma bomba que foi colocada em seu barco.

- Em 1987, um atentado do IRA matou 11 civis durante o "Dia da Recordação", uma cerimônia realizada em Enniskillen, para comemorar o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O ataque foi condenado pelas autoridades, que o classificaram como um exemplo do aumento da 'selvageria' na Irlanda do Norte.

- Em 1993, o IRA já se preparava para um acordo de cessar-fogo, selado em 1994, --quebrado dois anos depois com a explosão de uma bomba no distrito comercial de Londres, em Canary Wharf. As negociações de paz prosseguiram até 1998, quando o Acordo de Paz da Sexta-Feira Santa foi assinado, estabelecendo uma divisão de poder entre a maioria protestante e a minoria católica na região.

- Em 1997, o IRA, acusado pela morte de ao menos metade das cerca de 3.600 mortes nos mais de 30 anos de conflito, declarou um cessar-fogo, mas o arsenal do grupo e o envolvimento com o crime organizado atrapalharam o processo. Dissidentes formaram então o "Real IRA" e o "Continuity IRA", que ainda têm capacidade para realizar ataques.

Com agências internacionais

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