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21/09/2005 - 15h15

Itália organiza treinamento antiterror em Milão

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da France Presse, em Milão

Milão, a capital econômica da Itália, organiza nesta sexta-feira os primeiros exercícios de defesa antiterrorista da península, durante os quais serão realizadas simulações de atentados em estações de trens e de metrô, assim como a tomada de reféns no aeroporto de Linate.

A simulação inclui a explosão de dois artefatos que farão as vezes de bombas: o primeiro deve ocorrer na estação central de trens de Piazza Cardona, em pleno centro da cidade e, dois minutos depois, outra "bomba" será detonada dentro de um vagão do metrô, onde funcionários da Cruz Vermelha e da Defesa Civil vão simular o resgate de vítimas.

Para Paolo Scarpis, chefe da polícia de Milão, vão ser testados vários planos de intervenção, entre eles a condução da ordem pública, a coordenação dos socorros, a transmissão de informações corretas e o início rápido das investigações.

Na mesma hora, as forças de segurança deverão interceptar um suposto "terrorista" nos guichês do aeroporto de Linate.

O terrorista fictício vai tentar fugir em um ônibus público, e tomar como reféns seus passageiros.

No total, os exercícios durarão 90 minutos e serão mobilizadas centenas de militares, veículos e civis.

Agentes de segurança, bombeiros, ambulâncias, hospitais, administração local, empresas de transporte, eletricidade e gás serão coordenadas por uma unidade de crise dirigida pelo Ministério do Interior, em Roma.

"O objetivo do exercício é de empregar todos os recursos disponíveis existentes em um dia normal. Se algo não funcionar perfeitamente, os exercícios nos permitirão corrigir os erros", explicou o chefe de polícia.

"Próximo alvo"

Depois dos ataques a Londres, a imprensa italiana tem publicado diversas reportagens apontando o país como "o próximo alvo" dos terroristas islâmicos.

Simulações de defesa antiterrorista em importantes lugares de Roma, entre eles no célebre Coliseu, um dos monumentos mais visitados da Itália, serão realizados no início do próximo mês, segundo o Ministério do Interior.

A Itália, como o Reino Unido, é país aliado dos Estados Unidos e mantém 3.000 soldados no Iraque, por isso é alvo de ameaça dos extremistas islâmicos.

A vigilância de todas as estações de metrô e monumentos, entre eles a basílica de São Pedro no Vaticano, foi reforçada desde julho passado, e cerca de 800 câmeras de vídeo foram instaladas.

Um guia com as dez regras que a serem seguidas em caso de emergência será distribuído à população, enquanto que cães treinados estão sendo usados na entrada dos tribunais, igrejas e museus.

Uma rede telefônica de emergência para evitar riscos de "apagões" está sendo instalada e será autorizada a compra de mais ambulâncias para fazer frente a um eventual ataque em grande escala.

Especial
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