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22/09/2005 - 11h43

Schröder e Merkel encerram reunião sem chegar a acordo sobre governo

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da Folha Online

O chanceler alemão, Gerhard Schröder, e a líder conservadora Angela Merkel, encerraram nesta quinta-feira uma reunião para tentar formar uma grande coalizão entre os dois maiores partidos da Alemanha, o Social Democrata (PSD) e a União Democrata Cristã (CDU).

O objetivo é definir quem vai ocupar a Chancelaria do país. Até o momento, não houve consenso entre os líderes. Novo encontro foi marcado para quarta-feira (28).

Merkel disse aos repórteres, na saída do encontro, que a primeira rodada de negociações aconteceu "em um ambiente construtivo", mas que ainda há discordâncias sobre qual dos dois líderes líderes tem a legitimidade para formar o novo governo alemão.

Apesar de a coalizão de Merkel -- formada pelo CDU e a União Democrata Cristã-- ter vencido as eleições de domingo (18) por menos de um ponto percentual, não alcançou a maioria no Parlamento, ficando com 225 cadeiras no Legislativo, três a mais que o PSD, de Schröder. Por causa da pequena margem de vitória, o chanceler se recusou a reconhecer a derrota, e insiste em permanecer no cargo.

Direito

Merkel afirmou que a maioria obtida nas urnas pela sua coalizão de governo lhe dá o direito de ser a próxima chanceler alemã. Uma outra saída que Merkel tem é atrair partidos menores à sua coalizão, o que não aconteceu.

O líder do PSD Franz Muentefering disse nesta quinta-feira que o partido precisa discutir "detalhes" com os conservadores --o que certamente inclui a decisão sobre quem irá ocupar a Chancelaria-- e insistiu na permanência de Schröder no poder.

Representantes da coalizão de Merkel também se encontraram nesta quinta-feira com membros do Partido Liberal, na tentativa de aproximar o CDU ao partido, o que também não aconteceu. Membros do Parlamento alemão chegaram até mesmo a afirmar que os conservadores iriam tentar se unir aos Verdes, opção que foi descartada por Merkel.

Divisão

Membros do PSD querem que o CDU e o CSU --que formam um só bloco no Parlamento-- sejam vistos separadamente no Parlamento. Isso deixaria os social-democratas com a maioria das cadeiras no Legislativo, e garantia a permanência do atual chanceler alemão no cargo.

Sozinho, o CDU obteve apenas 27,8% dos votos, ou 179 cadeiras. O CSU conseguiu 46 cadeiras. O partido de Schröder obteve 34,3% dos votos, ou 222 acentos.

Apesar dos rumores de que o PSD entraria com um pedido formal para a mudança nas regras do Parlamento alemão, para a separação dos partidos da coalizão conservadora, Muentefering negou que a legenda ia tomar qualquer ação formal nesse sentido.

Ele afirmou, entretanto, que "não era correto" que os dois grupos conservadores, fora do Parlamento, "mostrassem suas diferenças políticas" em debates públicos "para atrair doações", e agissem como um bloco, na hora de exigir o poder.

Com agências internacionais

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