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29/09/2005 - 16h34

Companhia de trens da Holanda pede desculpas por deportação de judeus

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da Folha Online

A Companhia Nacional de Trens da Holanda pediu desculpas nesta quinta-feira por ajudar na deportação de dezenas de milhares de judeus para campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

O gesto coincide com o início de uma campanha publicitária do Conselho Central Judaico da Holanda, que promove a tolerância religiosa e social.

Cartazes em 66 estações de trem de todo o país afirmam: "Trens para Auschwitz costumavam partir daqui." e "Judeus foram forçados a sair entre 1940-1945. Quem serão os próximos?"

Segundo o Conselho, a campanha pretende "informar os passageiros de que eles estão utilizando rotas usadas pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, a caminho de campos de concentração como Westerbork e Auschwitz.

A maioria dos cerca de 100 mil judeus holandeses enviados para campos de concentração na Alemanha durante a guerra foram transportados em trens da Companhia Nacional holandesa --na época, uma estatal.

Cerca de 70% da comunidade judaica foi deportada, enquanto centenas de milhares de cidadãos holandeses foram enviados para campos de trabalhos forçados na Alemanha --onde cerca de 30 mil morreram.

Abertura

O diretor da Companhia Nacional de Trens, Aad Veenman, abriu a campanha publicitária na estação de Muiderpoort, em Amsterdã, de onde mais de 11 mil judeus foram deportados entre outubro de 1942 e maio de 1944 --o maior número registrado no país.

Ele pediu desculpas pelo "papel desempenhado no passado por funcionários da Companhia Estatal nas deportações."

"Reconhecendo nosso papel, nós esperamos superar este doloroso capítulo de nossa história", afirmou Veenman, em comentários publicados no site da empresa na internet. "Eu peço desculpas, do fundo do meu coração, em nome da Companhia Nacional de Trens à comunidade judaica."

Ronny Naftaniel --diretor do Centro de Informações e Documentação sobre Israel, afirmou que as desculpas vieram "tarde, mas ainda são bem-vindas."

"Os funcionários da companhia, na época, não pararam para pensar nem por um segundo. Eles estavam apáticos e se tornaram parte da máquina nazista," afirmou. "Os judeus deportados pagavam por suas passagens."

Com agências internacionais

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