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04/10/2005 - 11h12

Conservadores pressionam Schröder a deixar cargo de chanceler alemão

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da Folha Online

Conservadores alemães continuaram nesta terça-feira a pressão sobre o chanceler alemão, Gerhard Schröder, e seu partido, o Social Democrata (SPD), para que ele deixe o cargo. Pouco mais de duas semanas após as eleições legislativas, realizadas em 18 de setembro último, a Alemanha continua paralisada ante à indefinição política, mas Schröder deu os primeiros sinais ontem de que pode abrir mão do governo.

Nesta segunda-feira, Schröder disse que colocava o seu futuro "nas mãos do SPD" e afirmou que não seria um obstáculo a um governo estável.

As eleições legislativas deram uma margem muito pequena de vitória à líder conservadora Angela Merkel, que representa a coalizão entre a União Democrata Cristã (CDU) e pela União Social Cristã (CSU). Os conservadores conseguiram ficar com 226 cadeiras no Parlamento, enquanto que o partido de Schröder obteve 222 assentos. Isso permitiu que o atual chanceler alemão reivindicasse a vitória, já que a oposição não conseguiu garantir uma ampla maioria no Legislativo alemão.

As negociações entre o CDU e o SPD pouco avançaram; a questão sobre quem deve ocupar a Chancelaria alemã permanece em aberto. Membros do CSU afirmam que Merkel tem o direito de ocupar o posto, e que a saída de Schröder do poder é indispensável para o começo formal das negociações sobre uma possível coalizão entre os dois partidos.

Schröder e Merkel já tiveram dois encontros, mas nas duas ocasiões não conseguiram chegar a nenhum resultado.

"Não haverá negociações se o SPD não aceitar que a nossa candidata se converta em chanceler (...) o SPD deve reconhecer a realidade, com as eleições em Dresden [distrito onde o pleito foi realizado neste domingo, por causa da morte de uma candidata], afirmou Volker Kauder, secretário-geral do CDU, em entrevista à rede de TV alemã ARD.

Pior resultado

Já membros do SPD afirmam justamente o contrário: que as eleições não deram um claro mandato à direita. Merkel registrou o terceiro pior resultado nas urnas para os democrata-cristãos desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A declaração de Schröder feita nesta segunda-feira --que abriu especulações sobre sua saída-- não deve ser vista como uma renúncia a sua vontade de permanecer no cargo, afirmou o presidente do SPD, Franz Mütefering.

Os dois partidos devem se reencontrar nesta quarta-feira para uma terceira rodada de "discussões exploratórias", prévias ao início formal das negociações, com uma agenda que vai incluir o sistema de trabalho alemão, a previdência social, e as finanças da Alemanha e dos Estados.

Com agências internacionais

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