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04/02/2006 - 17h08

Presidente da ANP inicia diálogo com o grupo Hamas

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da Efe, em Gaza

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, recebeu neste sábado, em seu escritório de Gaza, uma delegação do grupo extremista islâmico Hamas para iniciar o diálogo para a formação do novo governo palestino.

A delegação é presidida pelo dirigente máximo dos fundamentalistas na faixa de Gaza, Mahmoud al Zahar, que chegou em companhia de outro dirigente do Hamas, Ismail Haniyeh, e de mais duas pessoas.

Haniyeh encabeçou a lista do Hamas nas eleições legislativas de 25 de janeiro, nas quais o movimento obteve 74 das 132 cadeiras da Câmara Legislativa e, portanto, o direito a liderar o novo governo da ANP.

Abbas, que chegou ontem a Gaza, também deve se reunir com representantes de seu partido, o Fatah, provavelmente amanhã, com a intenção de persuadi-los a aceitar um convite do Hamas para formar um governo de "união nacional".

A reunião desta noite entre Abbas e os representantes do Hamas é a primeira desde o pleito de janeiro, e o começo de uma série de encontros até a formação do governo, que tem até fins de março para pedir o voto de confiança do Parlamento.

O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuheiri, informou hoje que Al Zahar e Haniyeh farão amanhã uma viagem à Síria para reunir-se em Damasco com os líderes do Hamas no exílio, antes de seguirem em uma jornada a várias capitais árabes e do mundo muçulmano.

Em uma de seus missões mais difíceis desde que assumiu a presidência da ANP após as eleições de janeiro do ano passado, Abbas deseja uma coalizão entre o Fatah e o Hamas para obter uma "moderação" dos dirigentes islâmicos, cujas posições são diametralmente opostas às do presidente palestino e sua legenda.

Entre as principais diferenças, está o fato de o Hamas se negar a desarmar-se e a reconhecer o Estado israelense, com o qual Abbas deseja negociar agora o estabelecimento de um Estado palestino soberano na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, segundo o plano de paz internacional promovido pelo Quarteto (Estados Unidos, União Européia, Nações Unidas e Rússia).

Caso os dirigentes islâmicos persistam em sua negativa, a ANP pode perder a ajuda financeira do Ocidente. A ANP conta com 130 mil funcionários, sendo 70 mil funcionários somente do aparelho de segurança.

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