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09/02/2006
-
09h56
da France Presse, em Argel
da Folha Online
O jornal dinamarquês "Jyllands Posten" pediu desculpas aos muçulmanos pela publicação das charges do profeta Maomé em carta enviada à imprensa argelina por intermédio da embaixada da Dinamarca na Argélia.
"Nós nos desculpamos pelo grande mal-entendido provocado pela publicação das charges que representaram o profeta Maomé e alimentaram sentimentos hostis em relação à Dinamarca", diz a carta redigida em árabe e traduzida pelo jornal "La Tribuna".
"Nós não compreendemos em momento algum a extrema sensibilidade dos muçulmanos que vivem na Dinamarca e a de outros muçulmanos no mundo em relação a esta questão", explica o texto, assinado pelo chefe da redação do jornal, Karsten Juste, que também foi citado pelo "Le Quotidien de Orán".
"É evidente que essas charges afetaram milhões de muçulmanos no mundo. É por essa razão que apresentamos nossas desculpas e lamentamos profundamente o que acaba de ocorrer e que, de maneira alguma, era a intenção do jornal".
Ofensa
O jornal dinamarquês afirma ainda que "as charges não queriam de maneira alguma ofender a figura do profeta, ou diminuir seu valor, e foram, ao contrário, propostas como preâmbulo a um diálogo sobre a liberdade de expressão da qual estamos orgulhosos em nosso país".
A carta também diz, embora "as charges tenham sido apresentadas como uma campanha feroz contra os muçulmanos", elas não tinham essa intenção, pois o jornal "considera sagrada a liberdade de todas as religiões e a liberdade dos indivíduos no exercício de seus cultos religiosos'.
"Lamentamos ter sido mal compreendidos e afirmamos que o objetivo jamais foi ofender alguém", conclui Karsten Juste, afirmando sua "total desaprovação de todo ato que vise a atentar contra qualquer religião, qualquer nacionalidade ou qualquer povo".
O jornal dinamarquês já havia apresentado suas desculpas em 30 de janeiro, em uma carta dirigida à agência jordaniana Petra, e o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, elogiou a iniciativa.
Publicação
As charges foram publicadas pela primeira vez em 30 de setembro no "Jyllands Posten".
Posteriormente, os desenhos foram reproduzidos em jornais da África do Sul, Alemanha, Austrália, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Fiji, Holanda, Hungria, Iêmen, Itália, Japão, Jordânia, Malásia, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Suíça e Ucrânia.
A publicação causou violentos protestos em países muçulmanos, como no Afeganistão, em Bangladesh, no Egito, na Índia, na Indonésia, em Gaza, no Paquistão e na Turquia.
Na terça-feira (7), diretores e jornalistas da televisão argelina foram demitidos por terem exibido as charges de Maomé durante o noticiário.
Nesta quarta-feira, o presidente americano, George W. Bush, pediu aos governos de todo o mundo que "reprimam as respostas violentas às caricaturas do profeta Maomé" e advertiu que os meios de comunicação têm "a responsabilidade de ser prudentes".
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Jornal dinamarquês pede desculpas aos muçulmanos por charges
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da Folha Online
O jornal dinamarquês "Jyllands Posten" pediu desculpas aos muçulmanos pela publicação das charges do profeta Maomé em carta enviada à imprensa argelina por intermédio da embaixada da Dinamarca na Argélia.
"Nós nos desculpamos pelo grande mal-entendido provocado pela publicação das charges que representaram o profeta Maomé e alimentaram sentimentos hostis em relação à Dinamarca", diz a carta redigida em árabe e traduzida pelo jornal "La Tribuna".
"Nós não compreendemos em momento algum a extrema sensibilidade dos muçulmanos que vivem na Dinamarca e a de outros muçulmanos no mundo em relação a esta questão", explica o texto, assinado pelo chefe da redação do jornal, Karsten Juste, que também foi citado pelo "Le Quotidien de Orán".
"É evidente que essas charges afetaram milhões de muçulmanos no mundo. É por essa razão que apresentamos nossas desculpas e lamentamos profundamente o que acaba de ocorrer e que, de maneira alguma, era a intenção do jornal".
Ofensa
O jornal dinamarquês afirma ainda que "as charges não queriam de maneira alguma ofender a figura do profeta, ou diminuir seu valor, e foram, ao contrário, propostas como preâmbulo a um diálogo sobre a liberdade de expressão da qual estamos orgulhosos em nosso país".
A carta também diz, embora "as charges tenham sido apresentadas como uma campanha feroz contra os muçulmanos", elas não tinham essa intenção, pois o jornal "considera sagrada a liberdade de todas as religiões e a liberdade dos indivíduos no exercício de seus cultos religiosos'.
"Lamentamos ter sido mal compreendidos e afirmamos que o objetivo jamais foi ofender alguém", conclui Karsten Juste, afirmando sua "total desaprovação de todo ato que vise a atentar contra qualquer religião, qualquer nacionalidade ou qualquer povo".
O jornal dinamarquês já havia apresentado suas desculpas em 30 de janeiro, em uma carta dirigida à agência jordaniana Petra, e o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, elogiou a iniciativa.
Publicação
As charges foram publicadas pela primeira vez em 30 de setembro no "Jyllands Posten".
Posteriormente, os desenhos foram reproduzidos em jornais da África do Sul, Alemanha, Austrália, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Fiji, Holanda, Hungria, Iêmen, Itália, Japão, Jordânia, Malásia, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Suíça e Ucrânia.
A publicação causou violentos protestos em países muçulmanos, como no Afeganistão, em Bangladesh, no Egito, na Índia, na Indonésia, em Gaza, no Paquistão e na Turquia.
Na terça-feira (7), diretores e jornalistas da televisão argelina foram demitidos por terem exibido as charges de Maomé durante o noticiário.
Nesta quarta-feira, o presidente americano, George W. Bush, pediu aos governos de todo o mundo que "reprimam as respostas violentas às caricaturas do profeta Maomé" e advertiu que os meios de comunicação têm "a responsabilidade de ser prudentes".
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