Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/03/2006 - 20h11

Polícia prende três israelenses que atacaram templo cristão

Publicidade

da Efe, em Jerusalém

A polícia conseguiu retirar da Basílica da Anunciação, em Nazaré, e prender os três israelenses que atacaram o templo nesta tarde com explosivos e botijões de gás, informou o chefe policial Dov Lutzki.

Lutzki se recusou a explicar como os policiais conseguiram romper o círculo feito ao redor do templo por centenas de pessoas que tentavam linchar os agressores.

As autoridades informaram que os três israelenses serão levados a julgamento.

O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, e a ministra de Assuntos Exteriores, Tzipi Livni, telefonaram esta noite para a Santa Sé para lamentar o incidente e prometeram realizar uma "exaustiva investigação".

Um grupo de policiais do norte de Israel impediu centenas de indignados moradores de Nazaré de chegar aos agressores --Haim Eliahu Habibi, sua mulher, Violet, e sua filha, todos de Jerusalém. Eles foram obrigados a se refugiar no interior da basílica após cometer o ataque.

Problemas familiares

O deputado Michael Eitan afirmou aos jornalistas que conhece a família há anos, e disse que os pais tinham um "casamento com muitos problemas" e haviam perdido o pátrio poder sobre os filhos.

Os dois chegaram a pedir a proteção do líder palestino Iasser Arafat (1929-2004) por argumentar que o Estado de Israel pretendia tomar seus filhos.

A rádio pública israelense informou sobre o grave incidente, ocorrido no fim da tarde, e o canal público de TV dedicou ao caso o seu jornal semanal de informações no início do dia do descanso sabático.

Por enquanto, ainda não se sabe quais foram os motivos que levaram os três israelenses, disfarçados de peregrinos cristãos, a invadirem a Basílica da Anunciação, uma das principais na Terra Santa.

Feridos

Não foi divulgado o número de pessoas que precisaram receber atendimento médico porque entraram em pânico quando os agressores detonaram os explosivos.

Outros ficaram feridos quando tentavam invadir a basílica e enfrentaram a repressão policial. Entre eles, dez policiais e os próprios agressores, feridos pelas pessoas que cercavam o templo.

Segundo fontes policiais, as autoridades eclesiásticas da cidade pediram à população para manter a calma.

O ministro de Segurança Interna, Gideon Ezra, evitou qualificar a agressão contra a basílica de atentado terrorista, e disse que o ataque foi obra de "doentes mentais".

A polícia informou que Habibi sofre de "problemas psicológicos", mas não apresenta antecedentes criminais.

O prefeito de Nazaré, Rami Jereysi, convocou para este sábado uma marcha de protesto contra a agressão, que considerou "um crime".

Ezra e o prefeito pediram ao povo para manter a calma. "Acho que conseguiremos isso", disse o ministro israelense, pouco antes do resgate e da detenção dos agressores.

Os três agressores levavam os explosivos e os botijões de gás em um carrinho de bebê e explodiram sua carga no interior do templo, no meio de uma oração.

Segundo a tradição cristã, foi na cidade de Nazaré que a Virgem Maria recebeu a visita do arcanjo Gabriel, que anunciou a ela o nascimento de Jesus. Nesta cidade da Galiléia, ao norte de Israel, vive grande parte da minoria cristã do país.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Basílica da Anunciação
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página