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28/03/2006 - 21h12

Olmert cita Sharon e diz que quer negociar com ANP

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da Efe, em Jerusalém
da France Presse, em Jerusalém

O primeiro-ministro interino de Israel e líder do Kadima, Ehud Olmert, homenageou nesta terça-feira o primeiro-ministro e fundador do partido, Ariel Sharon, após a vitória do grupo nas eleições e expressou seu desejo de chegar a um acordo com os palestinos por meio da negociação.

"Neste momento, dirijo meus olhos e meu coração para o hospital Hadassah, onde está o homem que começou tudo isto, o primeiro-ministro Ariel Sharon", afirmou Olmert. Sharon está internado em coma desde o dia 4 de janeiro em razão de um derrame.

Olmert declarou que "não há alternativa melhor que um acordo que se fundamenta em uma negociação baseada no reconhecimento mútuo, no plano de paz internacional e, certamente, no fim do terrorismo e no desarmamento dos grupos terroristas".

No entanto, o premiê interino afirmou que, se não for alcançado um acordo, Israel tomará a iniciativa de fixar unilateralmente as suas fronteiras.

Olmert se dirigiu ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, ao dizer que Israel está disposto a renunciar a parte da "terra amada" com a qual sonhou durante milênios e que espera "escutar uma declaração similar da palestina".

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O primeiro-ministro interino proclamou sua vitória nas eleições de hoje, após as quais pretende fixar as fronteiras definitivas e estáveis do Estado. "A democracia falou. Israel quer ir para frente", celebrou Olmert, referindo-se ao nome do Kadima, que em hebraico significa "adiante".

"Hoje se abre uma nova página da história de Israel", avaliou ele, ressaltando que chegou a hora de "deixar de lado as divisões internas".

Além do estrondoso fracasso do Likud e do inesperado avanço da extrema direita, a surpresa foi o resultado do partido criado pelos aposentados, que conquistou oito cadeiras.

De acordo com as projeções da TV israelense, o Kadima conquistou entre 32 e 29 cadeiras; os trabalhistas, 22; o partido de extrema direita russo Israel Beiteinu, 14; o Likud, 11; o partido ortodoxo sefardita Shas, 11; e a lista dos aposentados, 8.

Os resultados oficiais da votação deverão ser conhecidos nesta quarta-feira e anunciados pela Comissão Eleitoral do Knesset (Parlamento).

A eleição foi marcada por um nível de abstenção recorde de cerca de 40%, o mais elevado da história de Israel.

A vitória limitada do partido de Olmert exigirá acordos para a formação de uma maioria que permita levar adiante seus projetos de retirada da Cisjordânia.

"Apesar de tudo, somos o primeiro partido [Kadima] de Israel", frisou Tzipi Livni, ministra das Relações Exteriores. "Pretendemos constituir uma coalizão estável por quatro anos para concretizar nossas iniciativas políticas."

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