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12/04/2006
-
13h50
da Folha Online
Após o Irã tomar a mais ousada atitude em relação a seu programa nuclear, anunciando êxito no enriquecimento de urânio, os Estados Unidos exigiram nesta quarta-feira que o Conselho de Segurança (CS) da ONU tome "fortes medidas contra Teerã".
Nesta terça-feira, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou publicamente o "sucesso" do ciclo de produção de combustível nuclear, primeiro passo ao enriquecimento de urânio --que gera combustível para usinas nucleares [energia] e também pode ser usado para a criação de bombas atômicas.
Em resposta, União Européia e Rússia condenaram o anúncio iraniano. "Isso é lamentável", afirmou Emma Udwin, porta-voz da Comissão Européia. "Procuramos uma solução diplomática, mas tais declarações não ajudam". O ministro das relações exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que o uso da força não seria a solução para a questão do Irã, mas não reiterou a oposição à adoção de sanções.
Recusa
Nesta quarta-feira, após o Irã recusar um novo pedido da Rússia para suspender todas as atividades de enriquecimento de urânio --alegando que tal processo --conquistado pela primeira vez pelo governo iraniano-- representa pequeno grau e tem fins pacíficos--, o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, disse que sanções do CS da ONU "certamente são uma opção para contra-atacar a ameaça iraniana".
Em seguida, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu que o CS da ONU adote "medidas fortes" para responder à atitude do Irã. Rice, no entanto, não chegou a sugerir uma reunião de emergência dos 15 membros do conselho. A fala de Rice foi realçada pelo porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, que disse que a pressão sobre o Irã vai aumentar.
O Reino Unido também se manifestou a respeito do assunto. "O anúncio do Irã prejudica ainda mais a confiança da comunidade internacional no governo iraniano", disse o ministro das Relações Exteriores, Jack Straw, acrescentando que a declaração do Irã vai contra o pedido do CS e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que exigem a suspensão de todas as atividades de enriquecimento de urânio por parte do Irã.
As declarações agravam as tensões nas relações do Irã com os Estados Unidos e com os países ocidentais, que e dizem convencidos que o país pretende construir armas nucleares. O Irã nega.
Aviso
Na segunda-feira (10), o presidente dos EUA, George W. Bush, minimizou informações sobre um possível ataque americano contra o Irã, anunciado em uma reportagem divulgada no dia anterior pelo jornalista da revista "New Yorker" Seymour Hersh [vencedor do prêmio Pulitzer e responsável por revelar o massacre levado a cabo por soldados americanos em My Lai, durante a Guerra do Vietnã, e o escândalo dos maus-tratos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque].
O texto de Hersh sustentava que os EUA estariam preparando uma campanha de ataques contra as instalações nucleares iranianas, inclusive com o uso de armamento atômico.
O artigo, que cita um ex-responsável dos serviços secretos, afirma que o presidente Bush e outros funcionários da Casa Branca consideram o presidente iraniano como alguém que poderia se tornar um Adolf Hitler.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear iraniano
EUA pedem à ONU "fortes medidas" contra o Irã
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Após o Irã tomar a mais ousada atitude em relação a seu programa nuclear, anunciando êxito no enriquecimento de urânio, os Estados Unidos exigiram nesta quarta-feira que o Conselho de Segurança (CS) da ONU tome "fortes medidas contra Teerã".
Nesta terça-feira, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou publicamente o "sucesso" do ciclo de produção de combustível nuclear, primeiro passo ao enriquecimento de urânio --que gera combustível para usinas nucleares [energia] e também pode ser usado para a criação de bombas atômicas.
Em resposta, União Européia e Rússia condenaram o anúncio iraniano. "Isso é lamentável", afirmou Emma Udwin, porta-voz da Comissão Européia. "Procuramos uma solução diplomática, mas tais declarações não ajudam". O ministro das relações exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que o uso da força não seria a solução para a questão do Irã, mas não reiterou a oposição à adoção de sanções.
Recusa
Nesta quarta-feira, após o Irã recusar um novo pedido da Rússia para suspender todas as atividades de enriquecimento de urânio --alegando que tal processo --conquistado pela primeira vez pelo governo iraniano-- representa pequeno grau e tem fins pacíficos--, o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, disse que sanções do CS da ONU "certamente são uma opção para contra-atacar a ameaça iraniana".
Em seguida, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu que o CS da ONU adote "medidas fortes" para responder à atitude do Irã. Rice, no entanto, não chegou a sugerir uma reunião de emergência dos 15 membros do conselho. A fala de Rice foi realçada pelo porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, que disse que a pressão sobre o Irã vai aumentar.
O Reino Unido também se manifestou a respeito do assunto. "O anúncio do Irã prejudica ainda mais a confiança da comunidade internacional no governo iraniano", disse o ministro das Relações Exteriores, Jack Straw, acrescentando que a declaração do Irã vai contra o pedido do CS e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que exigem a suspensão de todas as atividades de enriquecimento de urânio por parte do Irã.
As declarações agravam as tensões nas relações do Irã com os Estados Unidos e com os países ocidentais, que e dizem convencidos que o país pretende construir armas nucleares. O Irã nega.
Aviso
Na segunda-feira (10), o presidente dos EUA, George W. Bush, minimizou informações sobre um possível ataque americano contra o Irã, anunciado em uma reportagem divulgada no dia anterior pelo jornalista da revista "New Yorker" Seymour Hersh [vencedor do prêmio Pulitzer e responsável por revelar o massacre levado a cabo por soldados americanos em My Lai, durante a Guerra do Vietnã, e o escândalo dos maus-tratos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque].
O texto de Hersh sustentava que os EUA estariam preparando uma campanha de ataques contra as instalações nucleares iranianas, inclusive com o uso de armamento atômico.
O artigo, que cita um ex-responsável dos serviços secretos, afirma que o presidente Bush e outros funcionários da Casa Branca consideram o presidente iraniano como alguém que poderia se tornar um Adolf Hitler.
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