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14/04/2006 - 14h18

Chade rompe relações diplomáticas com o Sudão

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da Efe, em Johanesburgo

O governo do Chade anunciou nesta sexta-feira a ruptura de suas relações diplomáticas com o Sudão, alegando que o país estaria por trás dos ataques rebeldes registrados nas últimas horas, segundo emissoras de rádio.

A emissora sul-africana SABC disse que o anúncio foi feito pelo presidente do Chade, Idriss Deby, diante de centenas de partidários políticos que se reuniram em frente à residência do líder, na capital chadiana, Ndjamena.

O governo de Deby acusa o Sudão de estar por trás das forças rebeldes que tentam derrubá-lo e de armar e treinar tropas rebeldes, dirigidas por políticos de oposição, chefes militares que desertaram e parentes do próprio governante.

O presidente disse que todos os diplomatas sudaneses que estão no Chade devem sair do país nas próximas horas.

Além disso, o presidente chadiano ameaçou expulsar cerca de 200 mil refugiados sudaneses que estão no Chade, que fugiram da guerra de Darfur, se a comunidade internacional não conseguir uma solução para esse conflito antes do final de junho.

"Se depois de junho não pudermos garantir a segurança de nossos cidadãos e refugiados, então depende da comunidade internacional encontrar outro país para colocá-los", disse o governante.

As declarações de Deby, 54, no poder desde a rebelião que liderou e que em 1990 depôs o ditador Hissene Habré, acontecem um dia depois de o Exército rejeitar uma tentativa rebelde de ocupar a capital.

Duas colunas rebeldes da Frente Unida para a Mudança (FUC) tentaram tomar a cidade após vários dias de ofensiva lançada da área oriental do país, perto do Sudão.

Nos combates, mais de 350 rebeldes e cerca de trinta soldados morreram, informou hoje o ministro de Administração Territorial, general Mahamat Ali Abdallah Nassour.

Além das vítimas fatais, houve cerca de cem rebeldes que ficaram feridos e outros 271 que foram detidos. Muitos destes últimos participaram hoje de um desfile organizado pelo governo perto da sede do Parlamento, em Ndjamena.

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