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23/04/2006 - 13h27

Rei da Jordânia é pró-Ocidente e prioriza solução aos palestinos

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da Efe, em Amã

O rei Abdullah 2º da Jordânia, 44, é um dos líderes mais pró-Ocidente do mundo árabe e pertence a uma nova geração de dirigentes do Oriente Médio, atentos ao desenvolvimento econômico sustentável de seus países e à solução do conflito árabe-israelense, ambos problemas inseparáveis.

A Jordânia tem mais da metade de sua população formada por árabes de origem palestina. O reinado de Abdullah 2º no país ainda é curto: apenas sete anos, em comparação com os 47 que seu pai, Hussein, permaneceu no trono.

20.abr.2006/Reuters
Abdullah 2º, rei da Jordânia
Em 25 de janeiro de 1999, 13 dias antes de morrer devido a um câncer linfático, Hussein nomeou Abdullah 2º príncipe herdeiro, substituindo seu tio, o príncipe Hassan, que ostentava o título desde 1965.

A escolha o fez mudar de carreira militar, na qual chegou à categoria de general das Forças Especiais, pelo cargo de soberano, com o juramento como regente em 26 de janeiro e a coroação, após a morte de seu pai, em 7 de fevereiro de 1999.

Assim, Abdullah bin Hussein, nascido em 30 de janeiro de 1962 --o primeiro filho homem do rei Hussein, fruto de seu segundo casamento com a britânica Toni Gardiner--, transformou-se em um dos dirigentes mais jovens do mundo árabe.

Reino Unido

Da mesma forma que seu pai, formou-se na academia militar britânica de Sandhurst e depois prosseguiu sua formação com estudos de Política Internacional na Universidade de Oxford, também no Reino Unido.

Em 1986, formou-se em Relações Internacionais pela Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.

Após sua coroação, em 9 de junho de 1999, no Palácio de Raghadan, nomeou herdeiro da coroa hachemita seu meio-irmão, o príncipe Hamza, filho da rainha Noor, quarta e última esposa de seu pai.

Mas em 28 de novembro de 2004, Abdullah 2º, em uma decisão surpreendente, retirou o título de herdeiro de seu meio-irmão e não nomeou ninguém em seu lugar.

Um dos aspectos nos quais o rei concentra seus esforços, no pequeno país de 91,7 mil km² e pouco mais de 5 milhões de habitantes, é a luta contra o desemprego, que se transformou no principal fator de frustração entre os jovens.

Após os atentados de 9 de novembro contra três hotéis em Amã, que deixaram 60 mortos e aproximadamente cem feridos, o rei pediu a colaboração a todos os jordanianos para enfrentar a chantagem dos grupos extremistas.

Al Zarqawi

A autoria do atentado foi assumida pela organização da Al Qaeda na Mesopotâmia (Iraque), comandada pelo dissidente jordaniano Abu Musab al Zarqawi, foragido de seu país, condenado várias vezes a morte à revelia e que ameaça assassinar o monarca hachemita.

Na política externa, Abdullah 2º mantém excelentes relações com os Estados Unidos, país que considera fundamental para a solução do conflito no Oriente Médio.

Em janeiro de 2002, foi o primeiro líder árabe a visitar os EUA após os atentados de 11 de Setembro do ano anterior.

Abdullah 2º é um dos governantes árabes que mais defendem uma distensão com Israel. Jordânia, Egito e Mauritânia são os únicos países árabes que têm relações diplomáticas plenas com o Israel.

No dia 4 de junho de 2003, o rei foi o anfitrião da cúpula palestino-israelense realizada na cidade portuária de Ácaba, ao lado do balneário israelense de Eilat, para promover o plano de paz conhecido como plano de paz internacional do quarteto [EUA, Rússia, união Européia e ONU], que prevê o cumprimento de diferentes etapas para resolver o conflito. À época, a reunião teve a participação do presidente George W. Bush, de Mahmoud Abbas (presidente da ANP), e Ariel Sharon (ex-premiê de Israel).

Em 10 de junho de 1993, quando ainda era príncipe, Abdullah 2º se casou com a princesa Rania al Yassin, de origem palestina nascida no Kuait, com a qual tem quatro filhos [Hussein, Iman, Salma e Hashim] e à que deu o título de rainha.

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