Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/04/2006 - 17h43

Conseqüências de Tchernobil atingiram vários países

Publicidade

da Folha Online

O pior acidente nuclear da história aconteceu em 26 de abril de 1986, na usina deTchernobil, e causou prejuízos em grande escala, afetando a saúde de seres humanos, provocando a contaminação de vastas áreas atingidas e levando ao deslocamento de milhares de pessoas.

A explosão provocou uma nuvem radioativa de intensidade elevada que contaminou grande parte da Europa. Durante quase um mês, Moscou manteve um completo silêncio antes de decidir retirar os habitantes da região.

Em seguida, enviou cerca 600 mil pessoas --entre bombeiros, civis e soldados-- à zona afetada. Estes profissionais tinham a missão de construir uma espécie de sarcófago para fechar hermeticamente o reator danificado por 20 anos a 30 anos, pelo menos.

Veja abaixo os principais impactos causados pelo acidente deTchernobil:

Área atingida

Os quase 50 mil habitantes da cidade de Pripyat, situada a apenas três quilômetros da central nuclear, somente ficaram sabendo parcialmente da catástrofe nuclear no dia seguinte ao acidente, ao meio-dia (hora local) do dia 27 de abril, quando foram retirados da área.

Países afetados

A nuvem de elementos radioativos, carregada por ventos que sopravam em sentido noroeste, se propagou inicialmente por toda a Ucrânia, Belarus, Rússia e pelos países escandinavos. Em seguida, a radiação foi carregada em sentido sul e oeste, contaminando a Europa Central e a região dos bálcãs, Itália, França, Reino Unido e Irlanda.

Saúde

Uma das principais conseqüências do desastre deTchernobil foi o aumento da incidência do câncer de tireóide, em muitos casos, crianças que sequer haviam nascido antes do acidente. Após a explosão do reator, a radiação se espalhou pelos arredores. Mesmo com as medidas emergenciais adotadas, pessoas no sul de Belarus e norte da Ucrânia foram expostas à radiação durante as semanas seguintes ao acidente. Uma vez ingerido ou inalado, o iodo radioativo se concentra na glândula tireóide e pode causar câncer. Cerca de 4.000 casos de câncer de tireóide foram registrados nos 18 milhões de indivíduos que foram expostos à radiação do acidente emTchernobil.

O impacto da contaminação nuclear sobre a saúde mental da população afetada também foi muito grave, sobretudo porque cinco milhões de pessoas continuam morando nas zonas radiadas. O balanço exato das vítimas nunca foi estabelecido de maneira confiável e continua provocando debates depois de todos esses anos. Muitas organizações não-governamentais contestam os dados da ONU.

A ONG Greenpeace estimou cerca de 100 mil o número de mortes potenciais devido ao câncer. Um estudo científico britânico publicado este mês em Kiev mostrou que o total de mortes ligadas aTchernobil deverá ficar entre 30 mil e 60 mil.

Agricultura

Muitas das vítimas foram contaminadas ao consumir vegetais ou leite de vacas que pastavam na região atingida. Aproximadamente 350 mil pessoas foram retiradas da áreas afetada, 784 mil hectares de terras agrícolas passaram a ser zonas proibidas para o cultivo e outros 700 mil hectares tiveram vetada a produção de madeira. O custo da catástrofe chegou a centenas de milhares de dólares, segundo a ONU.

Economia

As conseqüências deTchernobil já custaram US$ 15 bilhões à Ucrânia em 20 anos, e estima-se que esse número passará a US$ 170 bilhões até 2015, de acordo com o governo ucraniano. O governo de Belarus (antiga Bielo-Rússia) gastou quase US$ 18 bilhões desde 1986, e anunciou uma nova verba de US$ 1,6 bilhão para combater as seqüelas da catástrofe. Nestes 20 anos do acidente, calcula-se que os danos causados a Belarus somam US$ 235 bilhões.

Fonte: ONU (Organização das Nações Unidas)

Leia mais
  • Após 20 anos, milhares ainda sofrem conseqüências deTchernobil
  • Greenpeace alerta para risco nuclear no aniversário deTchernobil

    Especial
  • Leia cobertura completa sobre os 20 anos deTchernobil
  • Veja galeria de imagens sobre os 20 anos de Tchernobil
  • Leia o que já foi publicado sobreTchernobil
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página