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25/04/2006
-
17h49
da Folha Online
O dia 26 de abril de 1986 foi marcado pela maior tragédia nuclear da história: o acidente na usina de Tchernobil, na ex-União Soviética, que espalhou uma nuvem carregada com centenas de substâncias radioativas por diversos países. As regiões mais afetadas foram Ucrânia, Belarus e Rússia.
A tragédia aconteceu durante uma manutenção de rotina, quando foram feitos testes de capacidade, por volta da 1h. A ação durou 20 segundos. Sete segundos depois de concluído, houve a explosão que matou 31 pessoas e causou um incêndio. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), na área formada por estes três países, 8,4 milhões de pessoas foram expostas à radiação (pouco mais que a população inteira da Áustria) que contaminou 155 mil km² (ou o equivalente à metade do território italiano).
Até o terceiro dia depois do vazamento, a antiga União Soviética não divulgou ao mundo nenhuma informação sobre o acidente. Em vez de buscar ajuda internacional, os soviéticos criaram um plano de emergência que não incluía esclarecimentos às possíveis vítimas. Foi então que a Suécia, atenta aos níveis de radiação, deu um alerta global sobre um acidente nuclear "em algum lugar da União Soviética".
Cerca de 600 mil "liquidators" -- grupo de policiais, bombeiros, funcionários da usina e outros profissionais que trabalharam no plano soviético de emergência-- foram expostos a altas doses de radiação. Assim como milhares de pessoas que viviam próximas ao local da tragédia, esses voluntários sofreram graves conseqüências, desenvolvendo câncer, problemas circulatórios e catarata. Cerca de 350 mil pessoas que moravam nas imediações da usina deixaram suas casas, contribuindo assim para a formação de verdadeiras cidades fantasmas.
Como os problemas de saúde causados pela radiação se manifestam a longo prazo, é impossível especificar o número de mortes relacionadas ao acidente. Segundo fontes da ONU, o saldo de mortes da tragédia soma 4.000 pessoas [muitas ainda morrerão de câncer]. Já a ONG (organização não-governamental) Greenpeace diz que a tragédia será responsável por 93 mil mortes.
Os países mais afetados pelo acidente ainda hoje investem para tentar minimizar o impacto na saúde das pessoas e no ambiente. Um relatório divulgado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) informa que Belarus destinou mais de US$ 13 bilhões a este fim entre 1991 e 2003. Diversas ONGs, no entanto, acusam os países da ex-União Soviética de negligência: eles rejeitariam ajuda estrangeira, além de permitir que sua população continuasse vivendo nas áreas contaminadas.
Fonte: ONU (Organização das Nações Unidas) e AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)
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O dia 26 de abril de 1986 foi marcado pela maior tragédia nuclear da história: o acidente na usina de Tchernobil, na ex-União Soviética, que espalhou uma nuvem carregada com centenas de substâncias radioativas por diversos países. As regiões mais afetadas foram Ucrânia, Belarus e Rússia.
A tragédia aconteceu durante uma manutenção de rotina, quando foram feitos testes de capacidade, por volta da 1h. A ação durou 20 segundos. Sete segundos depois de concluído, houve a explosão que matou 31 pessoas e causou um incêndio. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), na área formada por estes três países, 8,4 milhões de pessoas foram expostas à radiação (pouco mais que a população inteira da Áustria) que contaminou 155 mil km² (ou o equivalente à metade do território italiano).
Até o terceiro dia depois do vazamento, a antiga União Soviética não divulgou ao mundo nenhuma informação sobre o acidente. Em vez de buscar ajuda internacional, os soviéticos criaram um plano de emergência que não incluía esclarecimentos às possíveis vítimas. Foi então que a Suécia, atenta aos níveis de radiação, deu um alerta global sobre um acidente nuclear "em algum lugar da União Soviética".
Cerca de 600 mil "liquidators" -- grupo de policiais, bombeiros, funcionários da usina e outros profissionais que trabalharam no plano soviético de emergência-- foram expostos a altas doses de radiação. Assim como milhares de pessoas que viviam próximas ao local da tragédia, esses voluntários sofreram graves conseqüências, desenvolvendo câncer, problemas circulatórios e catarata. Cerca de 350 mil pessoas que moravam nas imediações da usina deixaram suas casas, contribuindo assim para a formação de verdadeiras cidades fantasmas.
Como os problemas de saúde causados pela radiação se manifestam a longo prazo, é impossível especificar o número de mortes relacionadas ao acidente. Segundo fontes da ONU, o saldo de mortes da tragédia soma 4.000 pessoas [muitas ainda morrerão de câncer]. Já a ONG (organização não-governamental) Greenpeace diz que a tragédia será responsável por 93 mil mortes.
Os países mais afetados pelo acidente ainda hoje investem para tentar minimizar o impacto na saúde das pessoas e no ambiente. Um relatório divulgado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) informa que Belarus destinou mais de US$ 13 bilhões a este fim entre 1991 e 2003. Diversas ONGs, no entanto, acusam os países da ex-União Soviética de negligência: eles rejeitariam ajuda estrangeira, além de permitir que sua população continuasse vivendo nas áreas contaminadas.
Fonte: ONU (Organização das Nações Unidas) e AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)
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