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25/04/2006
-
17h50
JULIANA CARPANEZ
da Folha Online
As conseqüências da explosão da usina de Tchernobil são chocantes. Contaminadas, milhares de pessoas desenvolveram cânceres e morreram. Outras milhares tiveram de abandonar suas casas, trabalhos e círculos sociais, para recomeçar uma vida fora da área contaminada. Se os efeitos da radiação podem ser tão perigosos, por que, então, o uso de substâncias radioativas?
No caso das usinas nucleares, os radionuclídeos (nome destes elementos) são utilizados na produção de energia. Sua importância é tanta que, apesar da tragédia, o presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, continua defendendo o uso desta alternativa --o maior acidente nuclear da história aconteceu na Ucrânia, à época uma república da União Soviética.
Segundo o líder, este tipo de energia pode tornar a Ucrânia menos dependente da Rússia. "O acidente não pode marcar o uso desta tecnologia. Aprendemos algumas lições", afirmou o presidente ucraniano, referindo-se à explosão da usina.
Os elementos radioativos não estão presentes somente dentro destas estruturas gigantescas. Em 1987, o césio 137 ganhou as manchetes brasileiras depois de um acidente com uma cápsula deste elemento químico. Na ocasião, o funcionário de um ferro-velho abriu a peça a marteladas, pensando se tratar de um material valioso.
Segmentos
"Os radionuclídeos têm papel importante em diversas áreas. Muitos diagnósticos médicos, por exemplo, só podem ser feitos graças a estes elementos", diz Sandra Bellintani, pesquisadora da área de radioproteção do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).
A pesquisadora --que atuou na operação de emergência montada após o acidente de Goiânia-- fala também sobre a irradiação de alimentos, uma alternativa que pode ajudar o Brasil a exportar mais. "Esta alternativa não altera a qualidade dos produtos, não apresenta riscos à saúde e prolonga a vida dos alimentos", explica, lembrando que o uso desta tecnologia ainda é recente no país.
Bellintani afirma que o uso de radionuclídeos é seguro, inclusive nas usinas. "O reator de Tchernobil era muito antigo e apresentava condições precárias de segurança. As usinas atuais contam com várias barreiras de segurança que, em caso de acidente, impediriam o vazamento de radioatividade para o ambiente", diz. Segundo a especialista, as usinas brasileiras Angra 1 e Angra 2 se encaixam neste padrão.
Com agências internacionais
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Benefícios tornam radiação fundamental, apesar de seus perigos
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da Folha Online
As conseqüências da explosão da usina de Tchernobil são chocantes. Contaminadas, milhares de pessoas desenvolveram cânceres e morreram. Outras milhares tiveram de abandonar suas casas, trabalhos e círculos sociais, para recomeçar uma vida fora da área contaminada. Se os efeitos da radiação podem ser tão perigosos, por que, então, o uso de substâncias radioativas?
No caso das usinas nucleares, os radionuclídeos (nome destes elementos) são utilizados na produção de energia. Sua importância é tanta que, apesar da tragédia, o presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, continua defendendo o uso desta alternativa --o maior acidente nuclear da história aconteceu na Ucrânia, à época uma república da União Soviética.
Segundo o líder, este tipo de energia pode tornar a Ucrânia menos dependente da Rússia. "O acidente não pode marcar o uso desta tecnologia. Aprendemos algumas lições", afirmou o presidente ucraniano, referindo-se à explosão da usina.
Os elementos radioativos não estão presentes somente dentro destas estruturas gigantescas. Em 1987, o césio 137 ganhou as manchetes brasileiras depois de um acidente com uma cápsula deste elemento químico. Na ocasião, o funcionário de um ferro-velho abriu a peça a marteladas, pensando se tratar de um material valioso.
Segmentos
"Os radionuclídeos têm papel importante em diversas áreas. Muitos diagnósticos médicos, por exemplo, só podem ser feitos graças a estes elementos", diz Sandra Bellintani, pesquisadora da área de radioproteção do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).
A pesquisadora --que atuou na operação de emergência montada após o acidente de Goiânia-- fala também sobre a irradiação de alimentos, uma alternativa que pode ajudar o Brasil a exportar mais. "Esta alternativa não altera a qualidade dos produtos, não apresenta riscos à saúde e prolonga a vida dos alimentos", explica, lembrando que o uso desta tecnologia ainda é recente no país.
Bellintani afirma que o uso de radionuclídeos é seguro, inclusive nas usinas. "O reator de Tchernobil era muito antigo e apresentava condições precárias de segurança. As usinas atuais contam com várias barreiras de segurança que, em caso de acidente, impediriam o vazamento de radioatividade para o ambiente", diz. Segundo a especialista, as usinas brasileiras Angra 1 e Angra 2 se encaixam neste padrão.
Com agências internacionais
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