Publicidade
Publicidade
27/04/2006
-
17h00
da France Presse, em Roma
Três soldados italianos e um militar romeno foram mortos nesta quinta-feira pela manhã em Nassiriah, no sul do Iraque --um atentado que reforçou a pressão da esquerda sobre o primeiro-ministro eleito, Romano Prodi, para a retirada imediata das tropas italianas no país.
Prodi rejeitou os apelos, declarando que o atentado "não muda" a posição de sua coalizão de governo, que defende a saída do Iraque até o final do ano.
O atentado ocorreu num momento de plena transição política na Itália, após a derrota nas eleições legislativas de 9 e 10 de abril do atual premiê, Silvio Berlusconi --fiel aliado do presidente americano, George W. Bush--, para a aliança de centro-esquerda conduzida por Prodi.
Berlusconi havia prometido retirar todas as tropas italianas do Iraque antes do final de 2006.
"Nossa posição não é diferente daquela manifestada hoje por grande parte da opinião pública americana, e nem está tão distante da expressada pelo governo [atual], quando decidiu por uma retirada até o fim de 2006", ressaltou Prodi nesta quinta-feira.
Diversos pequenos partidos da coalizão de esquerda exigem uma retirada imediata, como foi reiterado nesta quinta-feira por Nichi Vendola, governador comunista (PRC) da região da Puglia (sul), e por Marco Rizzo, líder dos eurodeputados do outro partido comunista (PDCI).
"Todo mundo deve entender claramente que o cronograma italiano no Iraque jamais foi e jamais será determinado ou modificado pelas ações criminosas de terroristas", declarou Francesco Rutelli, líder da Margherita (centro), o segundo partido da União.
Piero Fassino, secretário-geral dos Democratas de Esquerda (DS, ex-comunistas), principal partido da coalizão, pediu "um grande senso de responsabilidade" para que "um momento tão doloroso não seja utilizado para fins políticos".
Ataque
O atentado ocorreu nesta quinta-feira pela manhã no sudoeste de Nassiriah, na passagem de um comboio de quatro veículos militares, de acordo com o Ministério da Defesa italiano.
Um dos veículos foi atingido em cheio pela explosão de um artefato instalado na estrada. Dois militares italianos e um soldado romeno da força multinacional morreram na hora, um terceiro militar italiano perdeu a vida no hospital e um outro ficou gravemente ferido.
O contingente italiano no Iraque, mobilizado em Nassiriah, conta atualmente com 2.600 militares após a recente saída de 300 soldados prevista pelo plano de retirada do governo Berlusconi.
Este contingente foi alvo de um primeiro atentado no dia 12 de novembro de 2003. A explosão de um caminhão-bomba contra a base italiana em Nassiriah deixou 28 mortos, dos quais 19 eram italianos (17 soldados e dois civis).
Em três anos, 29 soldados italianos morreram nesta guerra rejeitada desde o início pela grande maioria da opinião pública italiana.
O presidente da República, Carlo Azeglio Ciampi, manifestou nesta quinta-feira o "seu imenso pesar e sofrimento" após o anúncio do atentado. O papa Bento 16 também compartilhou a "grande dor" dos italianos.
O atentado foi reivindicado em um site islâmico pela Brigada Imã Hussein, um grupo ligado ao chefe da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi, e pelo Exército Islâmico no Iraque, anunciou a agência de notícias italiana Ansa, citando fontes de informação militares italianas.
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre soldados mortos no Iraque
Morte de três soldados italianos no Iraque pressiona Prodi
Publicidade
Três soldados italianos e um militar romeno foram mortos nesta quinta-feira pela manhã em Nassiriah, no sul do Iraque --um atentado que reforçou a pressão da esquerda sobre o primeiro-ministro eleito, Romano Prodi, para a retirada imediata das tropas italianas no país.
Prodi rejeitou os apelos, declarando que o atentado "não muda" a posição de sua coalizão de governo, que defende a saída do Iraque até o final do ano.
O atentado ocorreu num momento de plena transição política na Itália, após a derrota nas eleições legislativas de 9 e 10 de abril do atual premiê, Silvio Berlusconi --fiel aliado do presidente americano, George W. Bush--, para a aliança de centro-esquerda conduzida por Prodi.
Berlusconi havia prometido retirar todas as tropas italianas do Iraque antes do final de 2006.
"Nossa posição não é diferente daquela manifestada hoje por grande parte da opinião pública americana, e nem está tão distante da expressada pelo governo [atual], quando decidiu por uma retirada até o fim de 2006", ressaltou Prodi nesta quinta-feira.
Diversos pequenos partidos da coalizão de esquerda exigem uma retirada imediata, como foi reiterado nesta quinta-feira por Nichi Vendola, governador comunista (PRC) da região da Puglia (sul), e por Marco Rizzo, líder dos eurodeputados do outro partido comunista (PDCI).
"Todo mundo deve entender claramente que o cronograma italiano no Iraque jamais foi e jamais será determinado ou modificado pelas ações criminosas de terroristas", declarou Francesco Rutelli, líder da Margherita (centro), o segundo partido da União.
Piero Fassino, secretário-geral dos Democratas de Esquerda (DS, ex-comunistas), principal partido da coalizão, pediu "um grande senso de responsabilidade" para que "um momento tão doloroso não seja utilizado para fins políticos".
Ataque
O atentado ocorreu nesta quinta-feira pela manhã no sudoeste de Nassiriah, na passagem de um comboio de quatro veículos militares, de acordo com o Ministério da Defesa italiano.
Um dos veículos foi atingido em cheio pela explosão de um artefato instalado na estrada. Dois militares italianos e um soldado romeno da força multinacional morreram na hora, um terceiro militar italiano perdeu a vida no hospital e um outro ficou gravemente ferido.
O contingente italiano no Iraque, mobilizado em Nassiriah, conta atualmente com 2.600 militares após a recente saída de 300 soldados prevista pelo plano de retirada do governo Berlusconi.
Este contingente foi alvo de um primeiro atentado no dia 12 de novembro de 2003. A explosão de um caminhão-bomba contra a base italiana em Nassiriah deixou 28 mortos, dos quais 19 eram italianos (17 soldados e dois civis).
Em três anos, 29 soldados italianos morreram nesta guerra rejeitada desde o início pela grande maioria da opinião pública italiana.
O presidente da República, Carlo Azeglio Ciampi, manifestou nesta quinta-feira o "seu imenso pesar e sofrimento" após o anúncio do atentado. O papa Bento 16 também compartilhou a "grande dor" dos italianos.
O atentado foi reivindicado em um site islâmico pela Brigada Imã Hussein, um grupo ligado ao chefe da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi, e pelo Exército Islâmico no Iraque, anunciou a agência de notícias italiana Ansa, citando fontes de informação militares italianas.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice