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11/05/2006
-
14h26
da Folha Online
A Agência Nacional de Segurança (NSA) coleta secretamente registros de ligações telefônicas de milhões de americanos, usando dados de clientes das companhias telefônicas AT&T, Verizon e BellSouth, segundo informou nesta quinta-feira o jornal americano "USA Today".
O rastreamento secreto, não-autorizado pelos clientes, já havia sido informado pela imprensa em dezembro de 2005. À época, o presidente George W. Bush disse ter autorizado diretamente a interceptação --sem mandado judicial-- de telefonemas e e-mails internacionais com origem ou destino nos Estados Unidos. Nesta quinta-feira, Bush voltou a público para reafirmar sua autorização e dizer que a ação está "dentro da lei" e a privacidade dos americanos garantida. Apesar disso, a notícia causou alarme e desconforto nos EUA.
De acordo com a reportagem, a NSA recolhe os dados telefônicos de empresas e residências em todo o país --muitos deles de cidadãos comuns que não são suspeitos de nenhum crime.
A novidade da reportagem do "USA Today" é que o programa tem extensão maior que a imaginada anteriormente, e que o governo tem registro de todas as ligações domésticas [para familiares, amigos ou outros fins] realizadas pelos clientes das três companhias.
"As atividades da inteligência que autorizei são legais e foram aprovadas por vários membros do Congresso, tanto republicanos como democratas", acrescentou Bush, dizendo que o objetivo dos esforços é "chegar até a Al Qaeda e a seus afiliados". Ele nega que o programa inclua ligações domésticas.
Contrato
Segundo o "USA Today", o programa não envolve gravações ou escutas de telefonemas, mas o governo estaria utilizando as informações para atuar no combate a atividades terroristas.
A Verizon, a BellSouth e a AT&T --as três maiores empresas de telecomunicações dos EUA-- são utilizadas por mais de 200 milhões de americanos.
De acordo com o jornal, as três empresas trabalham sob contrato com a NSA, que lançou o programa em 2001, pouco depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro.
O objetivo do esforço seria identificar e localizar supostos terroristas, segundo o jornal.
Congresso
Legisladores republicanos de democratas do Congresso americano exigiram nesta quinta-feira uma "explicação" da administração de Bush a respeito da base de dados.
O líder democrata do Comitê Judiciário do Senado, Patrick Leahy, se disse "chocado" com a revelação. "Não é o governo de um só partido. É o governo americano. Aqueles a quem os americanos confiaram um poder enorme têm a obrigação de explicar à população o que fazem".
O líder republicano do comitê, Arlen Specter, disse que telefonaria para as três companhias telefônicas para "descobrir o que está acontecendo".
Nesta quinta-feira, as três empresas afirmaram que "respeitam a privacidade dos consumidores", mas que têm a obrigação de "auxiliar o governo a garantir a segurança do país".
"Nós valorizamos a confiança que nossos clientes depositam em nós. Se a AT&T for convocada a ajudar, nós o faremos dentro da lei e sob condições específicas", afirmou a companhia por meio de um comunicado.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre espionagem nos EUA
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EUA captam dados telefônicos de milhões de americanos, diz jornal
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A Agência Nacional de Segurança (NSA) coleta secretamente registros de ligações telefônicas de milhões de americanos, usando dados de clientes das companhias telefônicas AT&T, Verizon e BellSouth, segundo informou nesta quinta-feira o jornal americano "USA Today".
O rastreamento secreto, não-autorizado pelos clientes, já havia sido informado pela imprensa em dezembro de 2005. À época, o presidente George W. Bush disse ter autorizado diretamente a interceptação --sem mandado judicial-- de telefonemas e e-mails internacionais com origem ou destino nos Estados Unidos. Nesta quinta-feira, Bush voltou a público para reafirmar sua autorização e dizer que a ação está "dentro da lei" e a privacidade dos americanos garantida. Apesar disso, a notícia causou alarme e desconforto nos EUA.
De acordo com a reportagem, a NSA recolhe os dados telefônicos de empresas e residências em todo o país --muitos deles de cidadãos comuns que não são suspeitos de nenhum crime.
A novidade da reportagem do "USA Today" é que o programa tem extensão maior que a imaginada anteriormente, e que o governo tem registro de todas as ligações domésticas [para familiares, amigos ou outros fins] realizadas pelos clientes das três companhias.
"As atividades da inteligência que autorizei são legais e foram aprovadas por vários membros do Congresso, tanto republicanos como democratas", acrescentou Bush, dizendo que o objetivo dos esforços é "chegar até a Al Qaeda e a seus afiliados". Ele nega que o programa inclua ligações domésticas.
Contrato
Segundo o "USA Today", o programa não envolve gravações ou escutas de telefonemas, mas o governo estaria utilizando as informações para atuar no combate a atividades terroristas.
A Verizon, a BellSouth e a AT&T --as três maiores empresas de telecomunicações dos EUA-- são utilizadas por mais de 200 milhões de americanos.
De acordo com o jornal, as três empresas trabalham sob contrato com a NSA, que lançou o programa em 2001, pouco depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro.
O objetivo do esforço seria identificar e localizar supostos terroristas, segundo o jornal.
Congresso
Legisladores republicanos de democratas do Congresso americano exigiram nesta quinta-feira uma "explicação" da administração de Bush a respeito da base de dados.
O líder democrata do Comitê Judiciário do Senado, Patrick Leahy, se disse "chocado" com a revelação. "Não é o governo de um só partido. É o governo americano. Aqueles a quem os americanos confiaram um poder enorme têm a obrigação de explicar à população o que fazem".
O líder republicano do comitê, Arlen Specter, disse que telefonaria para as três companhias telefônicas para "descobrir o que está acontecendo".
Nesta quinta-feira, as três empresas afirmaram que "respeitam a privacidade dos consumidores", mas que têm a obrigação de "auxiliar o governo a garantir a segurança do país".
"Nós valorizamos a confiança que nossos clientes depositam em nós. Se a AT&T for convocada a ajudar, nós o faremos dentro da lei e sob condições específicas", afirmou a companhia por meio de um comunicado.
Com agências internacionais
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