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11/05/2006 - 16h16

Al Qaeda faz autocrítica em documento apresentado pelos EUA

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da France Presse, em Bagdá

O Exército americano apresentou nesta quinta-feira documentos supostamente escritos por membros da rede terrorista da Al Qaeda, nos quais a organização critica suas próprias operações em Bagdá, e relata falta de "influência" e "organização entre os grupos irmãos".

"Os documentos foram apreendidos durante uma operação dirigida contra esconderijos da Al Qaeda, no último dia 16, em Jusufiya, 25 km a sudoeste de Bagdá", informou em entrevista coletiva o general Rick Lynch, porta-voz do Exército dos Estados Unidos.

Em um deles, intitulado "Uma análise da realidade em Bagdá à luz dos recentes acontecimentos", o autor ou autores lamentam o êxito das forças de segurança iraquianas e americanas.

"Cada ano é pior que o anterior em relação ao controle e a influência exercida pelos mujahidin (guerreiros) na capital iraquiana, diz o texto. "Há claramente uma ausência de organização entre os grupos irmãos em Bagdá, seja em nível dos altos comandos na cidade, dos chefes das brigadas ou dos grupos", acrescenta.

O texto também faz críticas às operações de impacto e atentados, que se tornaram freqüentes no Iraque, "organizados para chamar a atenção dos meios de comunicação", mas que não obtiveram um impacto de longo prazo sobre o controle dos insurgentes na capital do país árabe.

Já o fortalecimento do papel dos chefes sunitas, tanto no seio do Comitê dos Ulemás Muçulmanos como no Partido Islâmico, é visto com receio pelos autores dos documentos. "A investida americana no seio do Partido e no Comitê não foi em vão. Apesar da gravidade dos acontecimentos, permitiu acalmar a comunidade sunita."

Os textos defendem as tentativas de impedir a entrada dos sunitas nas forças de segurança, alegando que isto atrapalha os ataques dos mujahidin contra sunitas.

O documento informa ainda que os insurgentes contam apenas com 110 combatentes na cidade de Bagdá, um número que parece indicar que existem outros grupos em ação, o que explicaria as mortes confirmadas de 1.100 pessoas em ataques na capital durante o mês de abril.

Autoridades americanas consideram que a Al Qaeda e seu líder no Iraque, o jordaniano Abu Musab al Zarqawi, são os principais responsáveis pela violência cotidiana no país, desde a invasão liderada por Washington em março de 2003.

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