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08/06/2006
-
13h43
da Folha Online
Iraque e Estados Unidos anunciaram hoje a morte do violento chefe da rede Al Qaeda no Iraque, Abu Musab Al Zarqawi --homem mais procurado pelos EUA naquele país, e por quem o Pentágono oferecia US$ 25 milhões, mesmo valor imposto a Osama bin Laden, que até hoje não foi capturado.
O jordaniano Al Zarqawi era responsável pela maioria das ações terroristas, seqüestros e decapitações de estrangeiros no Iraque. A morte do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, em agosto de 2003, é uma das ações atribuídas ao jordaniano.
Após o anúncio do premiê iraquiano, Nouri al Maliki, com a frase "hoje Al Zarqawi foi eliminado", TVs mostraram pessoas comemorando nas ruas e vários líderes comentaram a conquista dos EUA [entre eles o presidente George W. Bush, o secretário americano da Defesa, Donald Rumsfeld, e o premiê britânico, Tony Blair]. O bombardeio dos EUA foi levado a cabo em cooperação com forças iraquianas, que agiram por terra.
Bush disse que a morte do terrorista é "um duro golpe contra a rede Al Qaeda, e uma vitória para a luta dos EUA contra o terrorismo".
O premiê iarquiano fez o anúncio em uma entrevista coletiva televisionada, da qual também participaram o embaixador norte-americano no Iraque, Khalzalmi Zad, e o comandante-em-chefe das tropas dos EUA George Cassey.
Em seguida, a morte do sunita Al Zarqawi foi confirmada pelo Exército dos Estados Unidos e pela própria rede terrorista Al Qaeda, que divulgou um comunicado na internet. O texto ainda não teve sua autenticidade comprovada.
Al Zarqawi morreu em um ataque aéreo a oito quilômetros da cidade de Baquba, que fica a 65 km ao norte de Bagdá e é considerada um dos redutos da insurgência iraquiana. No bombardeio, também morreram outras sete pessoas que seriam ligadas ao jordaniano.
Plano
Horas depois do anúncio da morte de Al Zarqawi, o Exército americano deu detalhes da operação de bombardeio e exibiu imagens do terrorista morto.
"Dois aviões F16 focaram o alvo e lançaram uma bomba de 227 kg sobre o local. Em seguida, eles se certificaram de que haviam acertado o alvo e lançaram outra bomba no mesmo lugar", disse um porta-voz norte-americano.
A identificação de Al Zarqawi foi feita por meio de suas digitais, de seu rosto e de suas cicatrizes.
Os primeiros a chegar ao local bombardeado foram policias iraquianos, que recuperaram o corpo do jordaniano. Há informações de que a inteligência iraquiana também teve participação na ação para matar Al Zarqawi.
"Cada vez que um Al zarqawi aparecer, nós o mataremos. Continuaremos enfrentado qualquer um que siga o caminho dele. É uma guerra aberta entre nós", disse Maliki.
Repercussão
A ministra britânica das Relações Exteriores, Margaret Beckett, foi cautelosa em seu comentário, dizendo que "ainda é muito cedo para dizer que a morte de Al Zarqawi constitui um ponto de mudança definitivo na situação do Iraque".
Pouco antes, o premiê Tony Blair afirmou que a morte do líder dos rebeldes no Iraque era uma ótima notícia, que representa um golpe contra a Al Qaeda no território iraquiano e em todas as partes do mundo.
"É muito importante para o Iraque, porque um golpe contra a Al Qaeda no Iraque é um golpe contra a Al Qaeda em todas as partes", acrescentou Blair, segundo seu porta-voz.
Com agências internacionais
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Iraque e Estados Unidos anunciaram hoje a morte do violento chefe da rede Al Qaeda no Iraque, Abu Musab Al Zarqawi --homem mais procurado pelos EUA naquele país, e por quem o Pentágono oferecia US$ 25 milhões, mesmo valor imposto a Osama bin Laden, que até hoje não foi capturado.
O jordaniano Al Zarqawi era responsável pela maioria das ações terroristas, seqüestros e decapitações de estrangeiros no Iraque. A morte do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, em agosto de 2003, é uma das ações atribuídas ao jordaniano.
Arquivo/Reuters |
Abu Musab al Zarqawi, líder da Al Qaeda no Iraque morto nesta quinta-feira. Veja mais fotos |
Bush disse que a morte do terrorista é "um duro golpe contra a rede Al Qaeda, e uma vitória para a luta dos EUA contra o terrorismo".
O premiê iarquiano fez o anúncio em uma entrevista coletiva televisionada, da qual também participaram o embaixador norte-americano no Iraque, Khalzalmi Zad, e o comandante-em-chefe das tropas dos EUA George Cassey.
Em seguida, a morte do sunita Al Zarqawi foi confirmada pelo Exército dos Estados Unidos e pela própria rede terrorista Al Qaeda, que divulgou um comunicado na internet. O texto ainda não teve sua autenticidade comprovada.
Al Zarqawi morreu em um ataque aéreo a oito quilômetros da cidade de Baquba, que fica a 65 km ao norte de Bagdá e é considerada um dos redutos da insurgência iraquiana. No bombardeio, também morreram outras sete pessoas que seriam ligadas ao jordaniano.
Plano
Horas depois do anúncio da morte de Al Zarqawi, o Exército americano deu detalhes da operação de bombardeio e exibiu imagens do terrorista morto.
"Dois aviões F16 focaram o alvo e lançaram uma bomba de 227 kg sobre o local. Em seguida, eles se certificaram de que haviam acertado o alvo e lançaram outra bomba no mesmo lugar", disse um porta-voz norte-americano.
A identificação de Al Zarqawi foi feita por meio de suas digitais, de seu rosto e de suas cicatrizes.
Os primeiros a chegar ao local bombardeado foram policias iraquianos, que recuperaram o corpo do jordaniano. Há informações de que a inteligência iraquiana também teve participação na ação para matar Al Zarqawi.
"Cada vez que um Al zarqawi aparecer, nós o mataremos. Continuaremos enfrentado qualquer um que siga o caminho dele. É uma guerra aberta entre nós", disse Maliki.
Repercussão
A ministra britânica das Relações Exteriores, Margaret Beckett, foi cautelosa em seu comentário, dizendo que "ainda é muito cedo para dizer que a morte de Al Zarqawi constitui um ponto de mudança definitivo na situação do Iraque".
Pouco antes, o premiê Tony Blair afirmou que a morte do líder dos rebeldes no Iraque era uma ótima notícia, que representa um golpe contra a Al Qaeda no território iraquiano e em todas as partes do mundo.
"É muito importante para o Iraque, porque um golpe contra a Al Qaeda no Iraque é um golpe contra a Al Qaeda em todas as partes", acrescentou Blair, segundo seu porta-voz.
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