Publicidade
Publicidade
12/06/2006
-
08h54
da Folha Online
As forças de coalizão lideradas pelos EUA no Iraque mataram sete altos membros da Al Qaeda nesta segunda-feira, em uma operação realizada perto da área onde o líder terrorista Abu Musab al Zarqawi, foi morto na última quinta-feira (8), informou o Exército em um comunicado.
"As forças de coalizão receberam disparos de metralhadora vindos de cima de um telhado", diz o anúncio. "Aviões e tropas terrestres responderam ao fogo inimigo, matando sete", acrescenta.
De acordo com o Exército, ao menos duas crianças que estavam no local também morreram. "Após o ataques, nossas tropas descobriram que duas crianças também morreram. Uma terceira criança ficou ferida e foi levada a um hospital para receber tratamento".
Três insurgentes ficaram feridos na operação --que ocorreu perto de Baquba, 65 km ao norte de Bagdá-- e outros dois foram presos. O local fica próximo do bombardeio que matou o jordaniano Al Zarqawi --líder da Al Qaeda no Iraque-- na semana passada.
Neste domingo, a Al Qaeda ameaçou realizar novos ataques em larga escala no país que iriam "sacudir o inimigo", em represália à morte do líder terrorista.
Em um comunicado divulgado na internet, o grupo afirma que seus líderes se reuniram após a morte de Al Zarqawi para discutir uma nova estratégia e renovar a fidelidade ao líder da Al Qaeda, o terrorista saudita Osama bin Laden.
"Nós planejamos operações em larga escala que irão sacudir o inimigo, em coordenação com outra facções, como o Conselho dos Mujahidin", diz o anúncio divulgado em um site islâmico.
"Nós reiteramos a lealdade ao líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, que Deus o proteja, e ele ficará satisfeito com as ações de seus soldados no Iraque", diz ainda o comunicado.
A autenticidade do anúncio atribuído à rede terrorista não pode ser comprovada.
Morte
Al Zarqawi foi morto após um ataque aéreo de dois aviões F16, que lançaram uma bomba de 227 kg sobre o esconderijo onde ele estava.
Segundo o porta-voz do Exército americano, William Caldwell, o líder terrorista não morreu de imediato após o bombardeio e 'balbuciou algumas palavras' para policiais iraquianos, que foram os primeiros a entrar no local.
Outras sete pessoas, supostamente ligadas a Al Zarqawi, também morreram no bombardeio.
Neste domingo, especialistas forenses do Exército dos EUA concluíram a autópsia nos restos mortais de Al Zarqawi iniciada ontem, como parte de uma investigação para determinar a causa de sua morte e reconstruir seus últimos minutos de vida, segundo o Comando do Exército.
No entanto, os resultados do exame ainda não foram divulgados. Além da autópsia, o Exército americano espera o exame de DNA que confirme a identidade do terrorista jordaniano --o resultado está previsto para sair na segunda-feira (12).
Irã
O Irã se disse "satisfeito" com a morte do líder da Al Qaeda, mas negou as acusações de que tenha ajudado os EUA a matar o rebelde insurgente. O governo iraniano têm ligações com os partidos xiitas à frente do governo iraquiano e que Al Zarqawi --que é sunita-- tentava derrubar.
"É natural que nós, assim como o povo iraquiano, estejamos felizes com este fato', afirmou o porta-voz do Ministério iraniano de Relações Exteriores, Hamid Reza Asefi. 'Isso não significa, no entanto, que tenhamos cooperado com os Estados Unidos em sua captura. Nós não trocamos informações com a inteligência dos EUA a esse respeito", afirmou.
Segundo o comandante Thomas Fisher, da 68ª Cavalaria Armada do 1º Batalhão do Exército dos EUA, suas tropas chegaram ao local cerca de cinco minutos após o bombardeio e cercaram o local. Os soldados já realizavam uma patrulha na região.
"Nós não sabíamos que Al Zarqawi estava lá, sabíamos apenas que era um alvo importante", afirmou Fisher neste sábado. "Mas suspeitávamos de quem fosse".
Ataques
Ao menos catorze pessoas morreram --entre elas, seis funcionários do setor petroleiro-- em ataque ocorridos nesta segunda-feira no país, segundo fontes da segurança.
Uma carro-bomba explodiu perto de um posto de gasolina em Talafar, no noroeste do Iraque, matando quatro civis e ferindo outros 42, segundo informações da polícia.
Em Bagdá, seis funcionários do setor petroleiro morreram após a explosão de uma bomba em um ônibus perto da refinaria de Dora. Outras 12 pessoas ficaram feridas na explosão.
Em Kirkuk (norte do Iraque), dois trabalhadores a serviço do Exército dos EUA e do governo iraquiano foram assassinados por homens armados, segundo a polícia.
Um policial foi morto a tiros quando dirigia seu veículo e um ex-membro do partido Baas, de Saddam Hussein, foi assassinado na cidade xiita de Amara, 365 km ao sul de Bagdá.
Leia mais
Após morte de líder, Al Qaeda ameaça fazer novos ataques no Iraque
Corpo do jordaniano Al Zarqawi é submetido a autópsia
Bombardeio dos EUA mata líder da Al Qaeda no Iraque
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre a Al Qaeda
EUA fazem nova operação contra Al Qaeda no Iraque
Publicidade
As forças de coalizão lideradas pelos EUA no Iraque mataram sete altos membros da Al Qaeda nesta segunda-feira, em uma operação realizada perto da área onde o líder terrorista Abu Musab al Zarqawi, foi morto na última quinta-feira (8), informou o Exército em um comunicado.
"As forças de coalizão receberam disparos de metralhadora vindos de cima de um telhado", diz o anúncio. "Aviões e tropas terrestres responderam ao fogo inimigo, matando sete", acrescenta.
De acordo com o Exército, ao menos duas crianças que estavam no local também morreram. "Após o ataques, nossas tropas descobriram que duas crianças também morreram. Uma terceira criança ficou ferida e foi levada a um hospital para receber tratamento".
Três insurgentes ficaram feridos na operação --que ocorreu perto de Baquba, 65 km ao norte de Bagdá-- e outros dois foram presos. O local fica próximo do bombardeio que matou o jordaniano Al Zarqawi --líder da Al Qaeda no Iraque-- na semana passada.
Neste domingo, a Al Qaeda ameaçou realizar novos ataques em larga escala no país que iriam "sacudir o inimigo", em represália à morte do líder terrorista.
Em um comunicado divulgado na internet, o grupo afirma que seus líderes se reuniram após a morte de Al Zarqawi para discutir uma nova estratégia e renovar a fidelidade ao líder da Al Qaeda, o terrorista saudita Osama bin Laden.
"Nós planejamos operações em larga escala que irão sacudir o inimigo, em coordenação com outra facções, como o Conselho dos Mujahidin", diz o anúncio divulgado em um site islâmico.
"Nós reiteramos a lealdade ao líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, que Deus o proteja, e ele ficará satisfeito com as ações de seus soldados no Iraque", diz ainda o comunicado.
A autenticidade do anúncio atribuído à rede terrorista não pode ser comprovada.
Morte
Al Zarqawi foi morto após um ataque aéreo de dois aviões F16, que lançaram uma bomba de 227 kg sobre o esconderijo onde ele estava.
Segundo o porta-voz do Exército americano, William Caldwell, o líder terrorista não morreu de imediato após o bombardeio e 'balbuciou algumas palavras' para policiais iraquianos, que foram os primeiros a entrar no local.
Outras sete pessoas, supostamente ligadas a Al Zarqawi, também morreram no bombardeio.
Neste domingo, especialistas forenses do Exército dos EUA concluíram a autópsia nos restos mortais de Al Zarqawi iniciada ontem, como parte de uma investigação para determinar a causa de sua morte e reconstruir seus últimos minutos de vida, segundo o Comando do Exército.
No entanto, os resultados do exame ainda não foram divulgados. Além da autópsia, o Exército americano espera o exame de DNA que confirme a identidade do terrorista jordaniano --o resultado está previsto para sair na segunda-feira (12).
Irã
O Irã se disse "satisfeito" com a morte do líder da Al Qaeda, mas negou as acusações de que tenha ajudado os EUA a matar o rebelde insurgente. O governo iraniano têm ligações com os partidos xiitas à frente do governo iraquiano e que Al Zarqawi --que é sunita-- tentava derrubar.
"É natural que nós, assim como o povo iraquiano, estejamos felizes com este fato', afirmou o porta-voz do Ministério iraniano de Relações Exteriores, Hamid Reza Asefi. 'Isso não significa, no entanto, que tenhamos cooperado com os Estados Unidos em sua captura. Nós não trocamos informações com a inteligência dos EUA a esse respeito", afirmou.
Segundo o comandante Thomas Fisher, da 68ª Cavalaria Armada do 1º Batalhão do Exército dos EUA, suas tropas chegaram ao local cerca de cinco minutos após o bombardeio e cercaram o local. Os soldados já realizavam uma patrulha na região.
"Nós não sabíamos que Al Zarqawi estava lá, sabíamos apenas que era um alvo importante", afirmou Fisher neste sábado. "Mas suspeitávamos de quem fosse".
Ataques
Ao menos catorze pessoas morreram --entre elas, seis funcionários do setor petroleiro-- em ataque ocorridos nesta segunda-feira no país, segundo fontes da segurança.
Uma carro-bomba explodiu perto de um posto de gasolina em Talafar, no noroeste do Iraque, matando quatro civis e ferindo outros 42, segundo informações da polícia.
Em Bagdá, seis funcionários do setor petroleiro morreram após a explosão de uma bomba em um ônibus perto da refinaria de Dora. Outras 12 pessoas ficaram feridas na explosão.
Em Kirkuk (norte do Iraque), dois trabalhadores a serviço do Exército dos EUA e do governo iraquiano foram assassinados por homens armados, segundo a polícia.
Um policial foi morto a tiros quando dirigia seu veículo e um ex-membro do partido Baas, de Saddam Hussein, foi assassinado na cidade xiita de Amara, 365 km ao sul de Bagdá.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice