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13/06/2006
-
15h17
da Efe
A viagem do presidente dos EUA, George W. Bush, ao Iraque foi planejada por seis pessoas na Casa Branca no mais absoluto sigilo, ao ponto de o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, só saber da visita minutos antes de cumprimentar o presidente americano, segundo fontes oficiais.
O governo tinha organizado uma reunião do "gabinete de guerra" na residência presidencial em Camp David, em Maryland, para ontem e hoje, mas na verdade era uma forma de facilitar a viagem de Bush sem que viesse à tona na Casa Branca.
Apenas um grupo de 14 repórteres, com responsabilidade de compartilhar a informação com toda a imprensa, recebeu uma chamada para estar na noite desta segunda-feira no aeroporto da base militar de Andrews, em Maryland, sem mais instruções.
Os jornalistas foram informados que Bush deveria participar de uma reunião no norte do Estado da Virgínia.
Sono
Após se ausentar de um jantar com membros de seu gabinete, aos quais disse que estava com sono, Bush saiu de Camp David rumo a Andrews por volta das 20h (21h de Brasília) em um helicóptero especial, que não era o avião verde e branco que usa normalmente.
Usando roupas informais, sem gravata e com um boné de beisebol, Bush entrou no Air Force One pela parte de trás, em vez de pela frente --como é habitual-- e disse: "'Potus' está a bordo". "Potus" é um acrônimo que significa Presidente dos Estados Unidos, em inglês.
O avião viajou por 11 horas e chegou nesta terça-feira às 9h de Brasília ao aeroporto de Bagdá, que tinha sido fechado ao tráfego e à movimentação de pessoas, com o argumento da chegada de uma importante personalidade.
Do aeroporto iraquiano, Bush foi de helicóptero à Embaixada temporária dos EUA em Bagdá, trajeto que durou cerca de seis minutos e que é considerado a parte mais perigosa da viagem.
Maliki já estava nesse complexo. O primeiro-ministro iraquiano participaria da reunião do "gabinete de guerra" dos EUA através de videoconferência, e soube que encontraria Bush pessoalmente minutos antes do encontro de fato.
Boas-vindas
"Fico feliz em vê-lo", disse Maliki a Bush, que respondeu: "Obrigado por me receber".
Além de se encontrar com Maliki, com o presidente iraquiano, Jalal Talabani, e com os ministros iraquianos, Bush se reunirá com o general George Casey, comandante das forças americanas no Iraque, e falará com cerca de 800 soldados reunidos para a ocasião.
Segundo Dan Bartlett, conselheiro político do presidente, que também foi a Bagdá, Bush queria ir ao Iraque logo após terminar a formação do novo governo iraquiano.
Na última quinta-feira (8), Maliki nomeou os titulares do Interior, da Defesa e da Segurança Nacional, e com isso colocou fim às disputas --que se arrastavam por meses-- entre diversas forças políticas pelos cargos.
Além de Bartlett, estão em Bagdá o chefe de Gabinete da Casa Branca, Josh Bolten; o conselheiro de Segurança Nacional, Stephen Hadley, e o porta-voz de Bush, Tony Snow.
A videoconferência entre os gabinetes americano e iraquiano ainda acontecerá, mas Bush estará do lado iraquiano.
Do lado de Camp David estarão, entre outros, o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, que estavam informados sobre a viagem de Bush, segundo fontes da Casa Branca.
O Governo informou que Bush ficará no Iraque por mais de cinco horas, e chegará a Washington na quarta-feira de madrugada.
Amanhã, Bush deve ter um encontro no Salão Oval da Casa Branca com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, às 11h55 de Brasília.
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A viagem do presidente dos EUA, George W. Bush, ao Iraque foi planejada por seis pessoas na Casa Branca no mais absoluto sigilo, ao ponto de o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, só saber da visita minutos antes de cumprimentar o presidente americano, segundo fontes oficiais.
O governo tinha organizado uma reunião do "gabinete de guerra" na residência presidencial em Camp David, em Maryland, para ontem e hoje, mas na verdade era uma forma de facilitar a viagem de Bush sem que viesse à tona na Casa Branca.
Apenas um grupo de 14 repórteres, com responsabilidade de compartilhar a informação com toda a imprensa, recebeu uma chamada para estar na noite desta segunda-feira no aeroporto da base militar de Andrews, em Maryland, sem mais instruções.
Os jornalistas foram informados que Bush deveria participar de uma reunião no norte do Estado da Virgínia.
Sono
Após se ausentar de um jantar com membros de seu gabinete, aos quais disse que estava com sono, Bush saiu de Camp David rumo a Andrews por volta das 20h (21h de Brasília) em um helicóptero especial, que não era o avião verde e branco que usa normalmente.
Usando roupas informais, sem gravata e com um boné de beisebol, Bush entrou no Air Force One pela parte de trás, em vez de pela frente --como é habitual-- e disse: "'Potus' está a bordo". "Potus" é um acrônimo que significa Presidente dos Estados Unidos, em inglês.
O avião viajou por 11 horas e chegou nesta terça-feira às 9h de Brasília ao aeroporto de Bagdá, que tinha sido fechado ao tráfego e à movimentação de pessoas, com o argumento da chegada de uma importante personalidade.
Do aeroporto iraquiano, Bush foi de helicóptero à Embaixada temporária dos EUA em Bagdá, trajeto que durou cerca de seis minutos e que é considerado a parte mais perigosa da viagem.
Maliki já estava nesse complexo. O primeiro-ministro iraquiano participaria da reunião do "gabinete de guerra" dos EUA através de videoconferência, e soube que encontraria Bush pessoalmente minutos antes do encontro de fato.
Boas-vindas
"Fico feliz em vê-lo", disse Maliki a Bush, que respondeu: "Obrigado por me receber".
Além de se encontrar com Maliki, com o presidente iraquiano, Jalal Talabani, e com os ministros iraquianos, Bush se reunirá com o general George Casey, comandante das forças americanas no Iraque, e falará com cerca de 800 soldados reunidos para a ocasião.
Segundo Dan Bartlett, conselheiro político do presidente, que também foi a Bagdá, Bush queria ir ao Iraque logo após terminar a formação do novo governo iraquiano.
Na última quinta-feira (8), Maliki nomeou os titulares do Interior, da Defesa e da Segurança Nacional, e com isso colocou fim às disputas --que se arrastavam por meses-- entre diversas forças políticas pelos cargos.
Além de Bartlett, estão em Bagdá o chefe de Gabinete da Casa Branca, Josh Bolten; o conselheiro de Segurança Nacional, Stephen Hadley, e o porta-voz de Bush, Tony Snow.
A videoconferência entre os gabinetes americano e iraquiano ainda acontecerá, mas Bush estará do lado iraquiano.
Do lado de Camp David estarão, entre outros, o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, que estavam informados sobre a viagem de Bush, segundo fontes da Casa Branca.
O Governo informou que Bush ficará no Iraque por mais de cinco horas, e chegará a Washington na quarta-feira de madrugada.
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