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23/06/2006 - 08h33

Governo declara emergência e impõe toque de recolher em Bagdá

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da Folha Online

O governo iraquiano declarou estado de emergência e impôs um toque de recolher em Bagdá nesta sexta-feira, depois que supostos insurgentes armados bloquearam ruas no centro da cidade e abriram fogo contra tropas americanas e iraquianas.

A medida --que estará em vigor das 14h (7h de Brasília) desta sexta-feira às 6h (19h de Brasília) deste sábado-- valerá tanto para a circulação de veículos como de pessoas nas ruas da capital do Iraque.

As autoridades proíbem há várias semanas o tráfego em Bagdá e em sua região entre 11h e 15h (4h e 8h de Brasília), como parte de um plano de segurança criado pelo governo do primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nouri al Maliki, para reduzir a violência na capital.

AP
Governo decreta toque de recolher em Bagdá; fumaça é vista saindo de local de confronto
Quase diariamente, Bagdá é palco de atentados com carros-bomba e ações de violência sectária, que aumentaram consideravelmente após o ataque, em fevereiro passado, a um santuário xiita na cidade de Samarra, ao norte da capital.

Os atentados ocorrem principalmente às sextas-feiras, dia em que dezenas de milhares de muçulmanos sunitas e xiitas se dirigem às mesquitas para as orações do meio-dia.

Nesta sexta-feira, diversos atos de violência foram registrados na capital iraquiana. Após a declaração do estado de emergência, um carro-bomba explodiu em um mercado próximo de um posto de gasolina na região de Basra, matando ao menos cinco pessoas e ferindo 18.

Uma bomba atingiu uma mesquita sunita em uma cidade a nordeste de Bagdá, matando dez fiéis e ferindo outros 15. O atentado aconteceu em Hibhib, mesma cidade em que o líder da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi, foi morto em um ataque em 7 de junho.

Também nesta sexta-feira, um policial morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas em outra explosão ao sul de Bagdá, segundo fontes da segurança.

No centro da capital, um civil morreu e outros três ficaram feridos em um ataque com armas automáticas contra um carro que transportava fiéis até uma mesquita xiita em Buratha. Uma pessoa ficou ferida após o lançamento de um morteiro ao norte de Bagdá.

Confrontos

Na manhã desta sexta-feira, forças militares iraquianas e americanas entraram em confronto com supostos rebeldes armados com granadas e rifles na movimentada rua Haifa, que leva à Zona Verde, onde ficam as sedes das principais Embaixadas estrangeiras, do governo iraquiano e a base do governo americano em Bagdá.

Dois soldados iraquianos e um policial ficaram feridos. A região foi cercada e forças americanas e iraquianas realizaram buscas em casas.

Homens armados também atacaram um grupo de fiéis que vinham de Sadr, região xiita ao leste de Bagdá, e seguiam para a mesquita de Buratha para protestar contra um ataque suicida que atingiu uma mesquita xiita. Ao menos uma pessoas morreu e outras quatro ficaram feridas.

Rebeldes

Tropas dos EUA mataram quatro supostos rebeldes estrangeiros e detiveram nove iraquianos em operações ao oeste e sul de Bagdá, segundo o comando militar americano no Iraque.

Os quatro insurgentes morreram ao enfrentar militares dos EUA no norte de Fallujah, 50 quilômetros a oeste da capital, disse um comunicado, sem informar a data do incidente.

Outra nota informa a detenção de nove supostos rebeldes iraquianos em Al Yusufiya, 20 quilômetros ao sul de Bagdá. Eles foram acusados de colocar bombas nas estradas da localidade para atingir patrulhas militares.

O comunicado, que também não diz a data das detenções, acusa os detidos de implicação na derrubada de um helicóptero militar americano em maio, em Yusufiya.

Com agências internacionais

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