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29/06/2006
-
19h02
da France Presse, em Paris
A luta contra a gripe aviária, que pode causar uma pandemia, precisa da coordenação dos esforços e de uma melhor vigilância da evolução do vírus nas aves e nos seres humanos, advertiram especialistas mundiais de saúde reunidos em Paris.
Em referência às três pandemias de gripe do século passado --gripe espanhola, em 1918, gripe asiática, em 1957, e gripe de Hong Kong, em 1968--, Albert Osterhaus, virologista do Centro Médico Erasmo de Roterdã, na Holanda, disse que há possibilidades de que ocorra uma pandemia.
"Quais são os riscos que podem advir do H5N1? Não sabemos, mas se não for o H5N1, será outro vírus", resumiu, convidando a reforçar a vigilância e a "compartilhar as informações o quanto antes, o que não acontece atualmente".
Para avaliar o risco de epidemia humanitária, os especialistas devem investigar a evolução do H5N1, do qual há duas ou três variações.
"Há variações genéticas e dois grupos principais do vírus H5N1", lembrou o doutor Guenael Rodier, diretor regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para Sylvie van de Werf, do Instituto Pasteur, a transmissão sucessiva do vírus entre vários doentes da mesma família na Indonésia, fato confirmado pela OMS, não tem "nada de alarmante", já que a cadeia de transmissão se deteve posteriormente.
Outros casos suspeitos de transmissão entre humanos foram registrados em 2004 no Vietnã e na Tailândia.
O vírus H5N1 tem chances limitadas de se propagar entre as pessoas porque não dispõe, com algumas exceções, das características para infectar as células situadas na parte superior do aparelho respiratório, pelo menos por enquanto.
Segundo um estudo apresentado durante o congresso, em Paris, pelo doutor Erich Hoffmann, do St. Jude Children's Hospital de Memphis (Estados Unidos), embora o vírus seja capaz de infectar estas células, "não se transmite de forma eficaz" entre humanos.
Existem outros fatores que determinam a capacidade do vírus de se multiplicar, particularmente a temperatura, mais baixa perto da garganta do que no fundo dos pulmões, acrescentou a especialista Van de Werf.
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A luta contra a gripe aviária, que pode causar uma pandemia, precisa da coordenação dos esforços e de uma melhor vigilância da evolução do vírus nas aves e nos seres humanos, advertiram especialistas mundiais de saúde reunidos em Paris.
Em referência às três pandemias de gripe do século passado --gripe espanhola, em 1918, gripe asiática, em 1957, e gripe de Hong Kong, em 1968--, Albert Osterhaus, virologista do Centro Médico Erasmo de Roterdã, na Holanda, disse que há possibilidades de que ocorra uma pandemia.
"Quais são os riscos que podem advir do H5N1? Não sabemos, mas se não for o H5N1, será outro vírus", resumiu, convidando a reforçar a vigilância e a "compartilhar as informações o quanto antes, o que não acontece atualmente".
Para avaliar o risco de epidemia humanitária, os especialistas devem investigar a evolução do H5N1, do qual há duas ou três variações.
"Há variações genéticas e dois grupos principais do vírus H5N1", lembrou o doutor Guenael Rodier, diretor regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para Sylvie van de Werf, do Instituto Pasteur, a transmissão sucessiva do vírus entre vários doentes da mesma família na Indonésia, fato confirmado pela OMS, não tem "nada de alarmante", já que a cadeia de transmissão se deteve posteriormente.
Outros casos suspeitos de transmissão entre humanos foram registrados em 2004 no Vietnã e na Tailândia.
O vírus H5N1 tem chances limitadas de se propagar entre as pessoas porque não dispõe, com algumas exceções, das características para infectar as células situadas na parte superior do aparelho respiratório, pelo menos por enquanto.
Segundo um estudo apresentado durante o congresso, em Paris, pelo doutor Erich Hoffmann, do St. Jude Children's Hospital de Memphis (Estados Unidos), embora o vírus seja capaz de infectar estas células, "não se transmite de forma eficaz" entre humanos.
Existem outros fatores que determinam a capacidade do vírus de se multiplicar, particularmente a temperatura, mais baixa perto da garganta do que no fundo dos pulmões, acrescentou a especialista Van de Werf.
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