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30/06/2006 - 23h20

Entenda a nova onda de violência no Oriente Médio

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da Folha Online

Tanques e tropas israelenses entraram na faixa de Gaza na noite de terça-feira (27) para resgatar um soldado seqüestrado no domingo (25), em uma ação de extremistas palestinos contra uma base militar perto da fronteira de Israel.

Os palestinos invadiram o território israelense por meio de um túnel escavado sob a cerca que o separa da faixa de Gaza, na primeira ação deste tipo desde a retirada das forças de Israel da região, em setembro do ano passado.

Depois do início da incursão, ao menos outros dois israelenses foram seqüestrados por grupos armados, sendo que o colono judeu Eliyahu Pinchas Asheri, 18, foi morto pelos seqüestradores e seu corpo encontrado em Ramallah, na Cisjordânia.

Como começou?

Grupos extremistas palestinos invadiram o território israelense por meio de um túnel escavado sob a cerca que o separa da faixa de Gaza e atacaram uma base militar perto da passagem de Kerem Shalom. Na ação foram mortos dois soldados de Israel; um terceiro militar, identificado como o soldado Gilad Shalit, 19, foi seqüestrado. Dois terroristas palestinos também morreram na ação e outros quatro soldados israelenses ficaram feridos.

Qual foi o contexto político?

As relações entre Israel e a ANP (Autoridade Nacional Palestina) se deterioraram após a eleição do movimento islâmico radical Hamas, no início do ano. A tensão na região aumentou após a intensificação dos ataques aéreos israelenses promovidos contra extremistas que lançam foguetes de fabricação caseira em alvos judaicos. O clima de confronto aumentou depois que ao menos 14 civis palestinos, incluindo crianças, foram mortos por mísseis israelenses.

O que dizem os palestinos?

O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, classificou a incursão israelense nos territórios palestinos como "crime contra a humanidade". O premiê palestino, Ismail Haniyeh, disse que as ações em Gaza não visam apenas resgatar o soldado seqüestrado, mas fazem parte de um "plano premeditado" para derrubar o governo do Hamas.

O que diz Israel?

O governo israelense alega que a operação visa pressionar o governo do Hamas pela libertação do soldado Gilad Shalit e responsabiliza o gabinete do premiê palestino e a presidência da ANP de maneira indistinta.

Qual é a reação internacional?

A Casa Branca pediu moderação a ambos os lados, mas apoiou o direito de defesa de Israel, pedindo cuidado com a preservação dos civis. O Irã condenou a "bárbara incursão" nos territórios palestinos e pediu a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. O secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, alertou para o risco de que o conflito entre palestinos e israelenses se espalhe para outros países na região, após aviões militares de Israel terem invadido o espaço aéreo sírio. O Líbano condenou a operação militar e o "silêncio" da comunidade internacional perante o que chamou de "massacres". Egito, Jordânia e França tentam intermediar uma solução diplomática para a escalada.

Qual o impacto da ação militar na população civil?

O Programa Mundial de Alimentos da ONU lançou um alerta sobre a crise humanitária e alimentícia que afeta a população palestina, como conseqüência da escalada de violência na faixa de Gaza. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha apelou a Israel para permitir a entrada de medicamentos em Gaza. A organização está cada vez mais preocupada com as conseqüências da escalada de violência e com o fechamento das fronteiras de Gaza.

Com agências internacionais

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