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13/07/2006 - 20h34

Família de Foz do Iguaçu morta no Líbano passava férias no país

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ALEXANDRE PALMAR
da Agência Folha, em Foz do Iguaçu

A morte do professor libanês Akil Merhi, 34, de sua mulher, Ahlam Merhi, 28, e dos dois filhos brasileiros do casal, no ataque aéreo de Israel no sul do Líbano, chocou e deixou preocupada a comunidade árabe de Foz do Iguaçu (PR), onde a família residia. Eles estavam em férias no Oriente Médio e deveriam retornar para casa no fim de julho.

Dezenas de muçulmanos da tríplice fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina) foram ontem à casa da família orar e prestar solidariedade aos irmãos de Akil, os comerciantes Sobhi Merhi, 46, e Hussein Merhi, 33. Representantes de organizações muçulmanas, como o Centro Cultural Beneficente Islâmico, também se solidarizaram. A família era muçulmana xiita.

Além de orações na residência, a comunidade prestou uma homenagem na Mesquita Islâmica. Os árabes também passaram o dia acompanhando notícias do Oriente Médio pela televisão e pela internet. A comunidade teme pela segurança de cerca de 200 famílias árabes da região da que estão em férias no Líbano, mas agora não podem retornar por causa do ataque de Israel.

Akil chegou ao Brasil em 1990 e se naturalizou brasileiro, bem como a mulher. Seus filhos, Hadi, 8, e Fatma, 4, nasceram em Foz do Iguaçu e estudavam numa escola árabe da cidade, respectivamente, na terceira série e no jardim de infância. O libanês naturalizado brasileiro era presidente do Grupo de Escoteiros Líbano-Brasileiro, e a mulher, dona-de-casa.

Segundo os irmãos, a família costumava viajar ao Líbano em período de férias escolares a cada três anos. "Lamentamos profundamente a morte de todos. Neste momento, só queremos que os fatos sejam mostrados com veracidade para mostrar os culpados pelas mortes", disse Sobhi Merhi.

O irmão contou que o menino faleceu no hospital. Já os pais e a menina morreram no ataque ao prédio num prédio da família. Um outro parente teria escapado do bombardeio porque estaria próximo da área atingida.

Os corpos do casal e dos dois filhos brasileiros serão sepultados no Líbano, onde residem os pais de Akil e Ahlam. Segundo os irmãos, nenhum parente residente em Foz do Iguaçu ou representante da comunidade deve viajar ao Oriente por causa da destruição e conseqüente interdição do Aeroporto Internacional de Beirute.

A comunidade árabe da região da tríplice fronteira é formada por cerca de 12 mil pessoas, entre muçulmanos e cristãos.

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