Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/07/2006 - 11h05

Após ataque de Israel, visita de Condoleezza Rice ao Líbano é cancelada

Publicidade

da Folha Online

Enfurecidas com o bombardeio de Israel à vila de Qana, autoridades libanesas cancelaram hoje a visita que a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, faria ao país. Rice resolveu, então, retornar a Washington segunda-feira, mais cedo do que o previsto.

"Estou profundamente triste com a terrível perda de vidas inocentes", afirmou ela. "Queremos um cessar-fogo o mais rápido possível."

Ela negou, entretanto, que o primeiro-ministro libanês, Fuad Siniora, tenha suspendido a sua visita. "Quero que vocês entendam uma coisa também: eu entrei em contato com ele e disse que não iria, porque sinto fortemente que meu trabalho por um cessar-fogo é realmente aqui, hoje", afirmou a jornalistas. Um oficial americano contou, depois, que ela havia decidido voltar para casa e trabalhar por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Horas após os mísseis israelenses matarem pelo menos 50 pessoas em Qana, Siniora descartou a possibilidade de qualquer negociação com Israel, pediu uma trégua imediata e incondicional, uma investigação internacional sobre o "massacre" e uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.

No entanto, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que o país não vai conceder um cessar-fogo até atingir seu objetivo de destruir o grupo terrorista libanês Hizbollah.

Reunião

Ontem, Rice se encontrou com Olmert. Ela afirmou, então, esperar que um projeto de acordo com as principais condições para um cessar-fogo entre Israel e o Hizbollah comece a ser negociado na próxima quarta-feira.

No sábado, Israel recusou uma trégua de três dias proposta pela ONU para facilitar a chegada de ajuda humanitária à região e o Hizbollah ameaçou intensificar os ataques contra cidades centrais do país.

Rice, que também conversou com a ministra israelense de Relações Exteriores, Tzipi Livni, disse a jornalistas que "as negociações serão duras", mas que ambos os lados devem ceder para conseguir alcançar seus objetivos. "Eu presumo e tenho motivos para acreditar que os líderes dos dois lados que enfrentam a crise gostariam de ver o fim dela", comentou.

O plano de Rice para findar os ataques contempla a atuação de uma força multinacional de paz no sul do Líbano, com tropas de entre 10 mil e 30 mil homens, uma trégua do Hizbollah, a libertação dos soldados israelenses seqüestrados --o estopim do conflito foi o seqüestro de dois soldados levado a cabo pelo Hizbollah, no último dia 12--, a devolução ao Líbano de uma área ocupada por Israel e a reconstrução do Líbano. As informações são de segundo um funcionário da diplomacia americana que falou sob a condição de manter-se no anonimato.

Para hoje, estava programada uma conversa de Rice com o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, e o chefe das forças armadas, Dan Halutz.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Veja cronologia dos confrontos

    Especial
  • Leia mais sobre a Guerra no Oriente Médio
  • Veja galeria de fotos sobre o ataque
  • Leia o que já foi publicado sobre a crise entre Israel e Líbano
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página