Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/08/2006 - 08h27

Começa cessar-fogo entre Israel e Hizbollah

Publicidade

da Folha Online

As forças de Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah deram início nesta segunda-feira a um cessar-fogo que visa acabar com a guerra iniciada há mais de mês, e que já deixou mil mortos no Líbano e mais de cem em Israel.

O cessar-fogo, aprovado por ambos os lados, faz parte da resolução 1.701 da ONU (Organização das Nações Unidas) --adotada por unanimidade pelo Conselho de Segurança (CS) na última sexta-feira. A interrupção da violência também permite que agências humanitárias possam agir mais efetivamente na região.


Nesta segunda-feira, ao menos 24 caminhões comandados pela ONU, carregados com medicamentos, água e mantimentos, partiram da cidade de Saida em direção a Tiro, que fica no sul do Líbano e foi duramente bombardeada durante o conflito.

Apesar do cessar-fogo, o fim dos ataques deve ser gradual, e Israel só retirará seus soldados [cerca de 10 mil] após 15 mil solados libaneses --apoiados por uma força multinacional-- assumirem o controle da região. Essa substituição de controle de tropas também faz parte do acordo, e visa afastar o Hizbollah do sul do Líbano e interromper os ataques de foguetes e mísseis contra o norte de Israel.

De acordo com informações de agências internacionais, desde o início do cessar-fogo, às 8h desta segunda-feira (2h de Brasília), o clima no Líbano é mais tranqüilo e já há pessoas andando nas ruas, outras tentam voltar para o que restou de suas casas.

Desde o início dos confrontos, em 12 de julho, quando dois soldados israelense foram seqüestrados pelo Hizbollah --a ação deixou ainda oito soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos--, Israel vem castigando o território libanês por terra, ar e mar. O Hizbollah também lançou mais de 3.000 foguetes contra o norte de Israel.

O resultado da violência é alarmante. Cidades inteiras no Líbano foram destruídas e cerca de 900 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. A fim de barrar a movimentação do Hizbollah, Israel destruiu grande parte da infra-estrutura do país, e teve como alvo pontes e estradas que davam acesso à Síria --único local para onde os civis podiam fugir antes de se chegar a locais seguros, como a Turquia.

Os brasileiros que escaparam da região tiveram de atravessar o país [correndo o risco de ser alvo de ataques israelenses] em ônibus até Damasco, para depois seguir até a Turquia e embarcar em aviões para o Brasil.

Na manhã desta segunda-feira, pouco antes do início do cessar-fogo, aviões israelenses sobrevoaram o Líbano, e houve confrontos por terra no sul do país. Há registro de sete mortos, todos vítimas de bombardeios de Israel ocorridos na madrugada de hoje, quando bombas acertaram uma van que passava pela cidade de Baalbek. Também foram disparadas sirenes de alerta no norte de Israel, mas não houve registro de queda de foguetes na região.

Nesta segunda-feira, emissoras de TV libanesas emitiram muitos alertas para que a população tome cuidado com os artefatos lançados pelas forças israelenses que não explodiram no momento do ataque, mas que podem ser ativados a qualquer momento.

Vitória

O Hizbollah proclamou vitória sobre Israel nesta segunda-feira, distribuiu cartazes e exibiu suas bandeiras no subúrbio sul de Beirute e em outras regiões xiitas do Líbano.

Os cartazes, distribuídos aos habitantes que voltavam para suas casas para constatar os destroços, têm a frase "Vitória divina", sob uma foto sorridente do líder do Hizbollah, xeque Hassan Nasrallah.

Outros cartazes mostravam combatentes do grupo com um lança-foguetes. Cenas similares foram vistas no vilarejo de Haruf, perto de Nabatiyeh, sul do Líbano, de maioria xiita.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Ouça relatos de brasileiros no Líbano e em Israel
  • Veja cronologia dos confrontos

    Especial
  • Leia mais sobre a Guerra no Oriente Médio
  • Veja fotos da atual onda de violência entre Israel e Líbano
  • Enquete: Israel e Hizbollah cumprirão a resolução de cessar-fogo da ONU?
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página