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15/08/2006 - 19h41

Ex-ditador paraguaio Stroessner continua em estado grave

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da Efe, em Brasília
da Ansa, em Assunção

O ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner, 93, e que continua internado em "estado grave" em um hospital de Brasília, perdeu cinco quilos desde o dia 29 de julho e agora pesa 45 quilos, informaram nesta terça-feira a equipe médica que o atende.

Marcelo Maia, diretor da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Santa Luzia, e Sergio Tamura, diretor clínico do mesmo centro médico, romperam hoje o silêncio imposto pela família de Stroessner e deram as primeiras informações oficiais sobre seu estado.

Os médicos, que atendem diretamente o general, disseram que o paciente está respirando com a ajuda de aparelhos e encontra-se sedado desde o dia 29 de julho, quando deu entrada no hospital para ser operado por uma hérnia inguinal, embora depois seu estado tenha se complicado devido a uma pneumonia que, desde então, o mantém na UTI.

Sem honras

O advogado Martín Almada, defensor dos direitos humanos e vítima do regime militar de Alfredo Stroessner, afirmou nesta terça-feira não concordar em render honras de chefe de Estado ao ex-ditador em caso de morte. A posição de Almada é a mesma assumida pelo governo paraguaio.

Em Washington, a ministra de Relações Exteriores do Paraguai, Leila Rachid, afirmou à rádio Primeiro de Março que "o senhor Stroessner não morrerá em exercício, não é um chefe de Estado e está sendo perseguido pela Justiça".

A chanceler afirmou ter recebido indicações do presidente Nicanor Duarte Frutos de não programar homenagens ao ex-ditador, que foi derrocado em 1989, após 34 anos de ditadura e desde então está exilado no Brasil.

Almada considera óbvio que a família do ex-ditador queira repatriar seu corpo em caso de morte, mas segundo disse à Ansa "isso não corresponde em absoluto que se renda honras militares como chefe de Estado".

O advogado recordou que Stroessner está sendo processado por crimes contra a humanidade durante a operação Condor na Argentina, Chile, Espanha, França, Itália e Paraguai, sendo que o general é responsável pelo desaparecimento de ao menos 120 paraguaios durante o período ditatorial.

"É impensável render algum tipo de homenagem a quem violou os direitos humanos", ressaltou Almada.

Especial
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