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31/08/2006 - 10h34

5º aniversário do 11/9 marca boom editorial

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SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Washington

De todos os meios escolhidos para "relembrar", "homenagear", "esclarecer" os ataques de 11 de setembro de 2001 e suas conseqüências, nenhum produziu tanto material de qualidade quanto o livro. Os filmes até hoje são decepções --artísticas e de bilheteria. Há uma ou outra peça interessante, assim como telefilmes, documentários e CDs.

É na literatura, porém, que o evento histórico vem ganhando seu melhor registro. Mesmo autores consagrados como John Updike e o britânico Ian McEwan se arriscaram em boas ficções sobre o tema, com respectivamente "Terrorist" e "Sábado". Mas é a partir do importante "102 Minutos", que Jim Dwyer e Kevin Flynn lançaram em 2004, que as investigações jornalísticas sobre os eventos que levaram àquela manhã e a ela se seguiram alçaram novo patamar de qualidade.

Na esteira das homenagens, centenas de títulos chegaram às livrarias. Os melhores são "The Looming Tower - Al Qaeda and The Road to 9/11", de Lawrence Wright, em quinto na lista dos mais vendidos de não-ficção do "The New York Times"; "Fiasco --The American Military Adventure in Iraq", de Thomas E. Ricks (2º lugar); e "The One Percent Doctrine-- Deep Inside America's Pursuit in its Enemies since 9/11", de Ron Suskind (13º).

O primeiro, cujo título pode ser lido tanto como "a torre refletida" quanto como "a torre distorcida", é obra de cinco anos de pesquisas e entrevistas do jornalista da "New Yorker" e vale a leitura por ser um dos raros que faz uma espécie de autocrítica coletiva, ao perguntar-se e tentar responder por que os EUA foram afinal os escolhidos como alvo.

Termina com a queda das torres, que é onde começa "Fiasco", no qual o veterano correspondente do Pentágono do "The Washington Post" parte do encontro entre George W. Bush, Donald Rumsfeld e Paul Wolfowitz já nas horas seguintes à queda das torres para detalhar o que seria a invasão do Iraque.

Por fim, Suskind, ex-"Wall Street Journal", usa o acesso quase irrestrito que teve ao ex-diretor da CIA George Tenet para dar a dimensão da relação entre Bush e seu vice, Dick Cheney, e como ela marcou o que seria a chamada "guerra ao terror", deflagrada naquela manhã. É de Cheney, aliás, a tal "doutrina do 1%", segundo a qual qualquer ameaça terrorista, mesmo que tenha 1% de chance de ocorrer, deve ser tratada como real.

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