Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/09/2006 - 13h17

Ameaça da Al Qaeda persiste 5 anos após ataques, dizem analistas

Publicidade

da France Presse, em Paris

Cinco anos após os atentados do 11 de Setembro, a ameaça do terrorismo evoluiu, mudou de forma e, segundo analistas, continua extremamente perigosa.

O desmantelamento no Reino Unido de uma rede que planejava, de acordo com investigadores britânicos, detonar aviões com destino aos EUA em pleno vôo mostrou que, apesar da mobilização das polícias do mundo todo e de uma repressão sem precedentes, grupos terroristas continuam na ativa e, eventualmente, têm ligações com a rede Al Qaeda.

Na Alemanha, uma tragédia nos trens foi evitada em 31 de julho apenas porque os detonadores de duas bombas escondidas nos vagões falharam. Cinco suspeitos libaneses foram presos.

"A ameaça mudou, mas a luta se tornou mais difícil", avalia o sueco Magnus Ranstorp, especialista em terrorismo do Defense National College, de Estocolmo. "Aprendemos muito. Os serviços de inteligência, em várias frentes, coletaram muitas informações, mas isso não quer dizer que nos aproximamos de uma solução", acrescenta.

Segundo ele, o terrorismo é "um adversário que pensa em termos de séculos e não de um mandato político comum". "Será uma longa luta, sem um verdadeiro fim. Certamente ainda haverá outros ataques como o de Londres ou o de Madri", afirmou.

Em uma gravação de áudio divulgada recentemente na internet, o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden afirmou que operações similares na América são "uma questão de tempo".

Al Qaeda

Desde os atentados contra o World Trade Center e o lançamento da "guerra contra o terrorismo", a Al Qaeda evoluiu e apresenta agora uma dupla face: um núcleo duro de combatentes experientes, batizados nos EUA de "Al Qaeda Central", e uma nebulosa de pequenos grupos autônomos, que se radicalizam e se motivam sozinhos.

Após avaliar, durante algum tempo, que os golpes recebidos pela Al Qaeda no Afeganistão e em outras investidas tinham enfraquecido seus chefes, a ponto de colocá-los na categoria de simples autoridades morais, os meios de inteligência ocidentais perceberam que eles conservaram uma real capacidade de ação e de direção, e que operações de grande envergadura estavam, sem dúvida, em preparação.

É o que acredita o pesquisador francês Dominique Thomas, especialista em redes islâmicas e autor de "Hommes d'al Qaeda" (Homens da Al Qaeda), que qualifica de "pequeno clã, aguerridos em sua maioria no Afeganistão, que conseguiu reconstituir um núcleo ativo e faz a máquina funcionar".

"É uma outra forma de configuração, com uma forte presença na internet. Há os de reputação indestrutível, como Bin Laden e Al Zawahiri, e alguns responsáveis que gravitam ao redor".

Ao ser perguntado sobre o complô desbaratado em Londres, o americano Richard Clarke, chefe dos serviços antiterroristas no governo Clinton e, por um breve período, na administração Bush, achou "muito preocupante o fato de que isso se pareça com o estilo antigo da Al Qaeda.

"Má notícia. Isso quer dizer que eles continuam aí. É como um jogo sem fim. É quase como se quando matamos ou capturamos um, três aparecem no lugar".

Leia mais
  • Nova-iorquinos relembram tragédia em 5º aniversário de ataques
  • Veja a seqüência dos ataques de 11 de setembro de 2001
  • Cinco anos depois de 11/9, EUA mantém "guerra" contra o terror

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre os ataques de 11 de Setembro
  • Leia o que já foi publicado sobre Osama bin Laden
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página