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08/09/2006
-
14h58
da France Presse, em Nova York
Cinco anos após os ataques terroristas de 11 de setembro, muitos nova-iorquinos ainda não conseguiram esquecer a tragédia que matou quase 3.000 e marcou para sempre a cidade.
"Continua sendo difícil", explica Tovah Klein, professora de psicologia da Universidade de Barnard College e autora de um estudo sobre o impacto dos ataques nas famílias.
"Para a maioria, as lembranças perdem força, mas voltam a recuperá-la no quinto aniversário, incluindo aqueles que não perderam pessoas próximas", acrescentou.
Os sinais de um retorno à normalidade são mais numerosos a cada ano. Na noite de 11 de setembro de 2006, a Broadway abrirá seus teatros, o Madison Square Garden será palco de um campeonato de luta e os Yankees [time de beisebol da cidade] enfrentarão os Orioles de Baltimore. A semana de moda, suspensa em 2001, superará de novo suas marcas.
No entanto, o vigor da cidade não pode dar margens a enganos: o dia continua sendo especial para muitos. "As pessoas voltam a falar muito. Uma senhora me disse 'tenho a impressão de que se reproduz. É impossível pensar em outra coisa'", conta Klein.
"Tenho certeza de que muitos se perguntam o que vão fazer neste 11 de Setembro", acrescenta, antes de lembrar que uma amiga decidiu adiar a festa de aniversário do filho. "É um dia difícil para fazer festas".
Festas
O jornal "The New York Times" constatou que cada vez mais nova-iorquinos saem à noite no dia 11/9, mas que continua existindo uma espécie de etiqueta '11 de Setembro' que impede a celebração de casamentos na data, por exemplo.
Amy Hui, 34, viveu a catástrofe de perto. Diretora de uma companhia de seguros, trabalhou durante anos nas Torres Gêmeas. No dia 11 de setembro de 2001, o segundo avião atingiu a torre sul diante de seus olhos.
"Cada vez esqueço mais o que aconteceu", confessa, embora admita que levanta o rosto ao ouvir um avião voar baixo sobre a cidade.
No dia do aniversário dos ataques terroristas, acompanhará a cerimônia pela internet e não terá encontros de trabalho "por respeito".
Lembrança
A recordação dos ataques ganhou força um mês antes do previsto, por causa da estréia do filme "As Torres Gêmeas", de Oliver Stone, dos atentados frustrados de Londres e da cobertura da imprensa. "O longo funeral", foi a manchete da revista "New Yorker" recentemente para citar um luto interminável.
No aniversário dos atentados, Christine Huhn viajará para Utah (oeste), onde visitará um dos parques naturais que seu marido, morto nos atentados, tanto adorava.
"É sereno, tenho a impressão de estar mais perto dele", explicou a viúva, que não suporta a idéia de rever as imagens dos edifícios destruídos e os cartazes publicitários do filme de Stone.
"É difícil superar acontecimentos de tal magnitude", afirma Marianne Yoshioka, professora na Universidade de Columbia, que instruiu psicólogos, assistentes sociais e outros especialistas sobre os efeitos do 11 de Setembro.
"Sempre existem recordações, questões não resolvidas, como o debate sobre o monumento, o julgamento, a questão dos seguros. Não acaba nunca".
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Cinco anos após os ataques terroristas de 11 de setembro, muitos nova-iorquinos ainda não conseguiram esquecer a tragédia que matou quase 3.000 e marcou para sempre a cidade.
"Continua sendo difícil", explica Tovah Klein, professora de psicologia da Universidade de Barnard College e autora de um estudo sobre o impacto dos ataques nas famílias.
"Para a maioria, as lembranças perdem força, mas voltam a recuperá-la no quinto aniversário, incluindo aqueles que não perderam pessoas próximas", acrescentou.
Os sinais de um retorno à normalidade são mais numerosos a cada ano. Na noite de 11 de setembro de 2006, a Broadway abrirá seus teatros, o Madison Square Garden será palco de um campeonato de luta e os Yankees [time de beisebol da cidade] enfrentarão os Orioles de Baltimore. A semana de moda, suspensa em 2001, superará de novo suas marcas.
No entanto, o vigor da cidade não pode dar margens a enganos: o dia continua sendo especial para muitos. "As pessoas voltam a falar muito. Uma senhora me disse 'tenho a impressão de que se reproduz. É impossível pensar em outra coisa'", conta Klein.
"Tenho certeza de que muitos se perguntam o que vão fazer neste 11 de Setembro", acrescenta, antes de lembrar que uma amiga decidiu adiar a festa de aniversário do filho. "É um dia difícil para fazer festas".
Festas
O jornal "The New York Times" constatou que cada vez mais nova-iorquinos saem à noite no dia 11/9, mas que continua existindo uma espécie de etiqueta '11 de Setembro' que impede a celebração de casamentos na data, por exemplo.
Amy Hui, 34, viveu a catástrofe de perto. Diretora de uma companhia de seguros, trabalhou durante anos nas Torres Gêmeas. No dia 11 de setembro de 2001, o segundo avião atingiu a torre sul diante de seus olhos.
"Cada vez esqueço mais o que aconteceu", confessa, embora admita que levanta o rosto ao ouvir um avião voar baixo sobre a cidade.
No dia do aniversário dos ataques terroristas, acompanhará a cerimônia pela internet e não terá encontros de trabalho "por respeito".
Lembrança
A recordação dos ataques ganhou força um mês antes do previsto, por causa da estréia do filme "As Torres Gêmeas", de Oliver Stone, dos atentados frustrados de Londres e da cobertura da imprensa. "O longo funeral", foi a manchete da revista "New Yorker" recentemente para citar um luto interminável.
No aniversário dos atentados, Christine Huhn viajará para Utah (oeste), onde visitará um dos parques naturais que seu marido, morto nos atentados, tanto adorava.
"É sereno, tenho a impressão de estar mais perto dele", explicou a viúva, que não suporta a idéia de rever as imagens dos edifícios destruídos e os cartazes publicitários do filme de Stone.
"É difícil superar acontecimentos de tal magnitude", afirma Marianne Yoshioka, professora na Universidade de Columbia, que instruiu psicólogos, assistentes sociais e outros especialistas sobre os efeitos do 11 de Setembro.
"Sempre existem recordações, questões não resolvidas, como o debate sobre o monumento, o julgamento, a questão dos seguros. Não acaba nunca".
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