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10/09/2006 - 10h41

Prefeito de Nova York compara ataques à 2ª Guerra

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VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha de S.Paulo, em Nova York

Para o prefeito de Nova York, o republicano Michael R. Bloomberg, os ataques ao World Trade Center "só podem ser comparados à Segunda Guerra Mundial".

Em entrevista concedida à Folha e a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros na última sexta-feira, Bloomberg defendeu a tese de que o terror age contra a civilização e as idéias ocidentais.

"Em 11 de setembro de 2001 Nova York foi profundamente ferida. Vivemos uma tragédia a que os EUA sempre pensaram estar imunes: a morte em massa de civis inocentes. Isso só pode ser comparado à Segunda Guerra Mundial. Os ataques foram devastadores, essa é a única palavra que pode ser usada", disse o prefeito.

"Os ataques não foram contra os EUA, mas contra a civilização. Nossos valores, que levaram os terroristas a nos atacar, são compartilhados por vários países. O World Trade Center foi apenas um alvo simbólico. Os atentados foram contra idéias", completou.

Hoje, Nova York acredita ter superado o trauma (ou faz questão de não lembrar). Moradores, sobretudo os que estavam na cidade naquela terça-feira, desconversam quando o assunto é 11 de Setembro.

Preocupação

Segundo pesquisa divulgada nesta semana pelo jornal "The New York Times", em parceria com a rede de TV CBS, 66% dos moradores de Nova York ainda estão muito preocupados com a possibilidade de outro atentado à cidade. O nível de temor é apenas um pouco menor que o registrado pouco depois dos ataques. Mas Bloomberg acredita que a segurança hoje seja maior: "Nossa recuperação demonstra que o plano mortal da Al Qaeda contra a cidade fracassou. Em vez de experimentar o colapso econômico que a Al Qaeda havia imaginado e que muitos temeram, hoje somos mais fortes e estamos mais seguros do que nunca".

Em três meses, o FBI (a polícia federal americana) disse ter desbaratado cinco planos terroristas na iminência de serem executados na cidade, como a explosão do túnel Holland, que liga Manhattan a Nova Jersey.

"A prioridade é proteger Nova York e depois descobrir um meio de pagar as contas. Estamos fazendo todo o possível para manter esta cidade segura. E até agora, desde o 11 de Setembro, graças a Deus, não tivemos outros ataques. Agora, não posso garantir que nada venha a acontecer. Vivemos num mundo perigoso", avalia o prefeito.

Segundo Bloomberg, Nova York viu o índice de criminalidade cair 22% desde 2001. "Mudamos a percepção de Nova York de uma cidade em que se temia estar para uma cidade em que se deve estar."

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