Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/09/2006 - 14h01

EUA são mais seguros hoje do que antes do 11 de Setembro, diz Rice

Publicidade

da Folha Online

Os EUA "golpearam duramente" a rede terrorista Al Qaeda e o país é claramente um lugar mais seguro hoje do que era cinco anos atrás, quando o movimento perpetrou seus ataques contra Nova York e Washington, afirmou a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.

As declarações de Rice vão na contramão das avaliações de diversos analistas, que afirmam que hoje os EUA estão mais fracos.

Rice declarou à rede de TV Fox News que a chave dos progressos realizados pelos EUA na dita "guerra contra o terrorismo" foi uma maior colaboração entre os serviços de inteligência americanos e os de outros países a partir do dia 11 de setembro de 2001.

"Acredito que está claro que estamos mais seguros, mas ainda não estamos totalmente seguros", acrescentou a secretária de Estado durante uma das muitas entrevistas que concedeu antes do quinto aniversário dos ataques perpetrados pela Al Qaeda, que mataram cerca de 3.000 pessoas.

"Fizemos muito. Em termos de nosoo território, estamos mais seguros. Nossos portos estão mais seguros. Nossos aeroportos estão mais seguros. Temos uma operação muito mais forte de partilha de informações de inteligência", enumerou Rice --que era conselheira para Segurança Nacional do presidente George W. Bush em seu primeiro mandato (2001-2004).

Ela defendeu a invasão do Iraque por forças da coalizão liderada pelos EUA em 2003 e a derrubada do então presidente do país, Saddam Hussein. O Iraque enfrenta "tempos muito difíceis", disse Rice, mas acrescentou que é preciso criar no país um ambiente que não favoreça ataques de terroristas.

Sobre o relatório do Senado divulgado na sexta-feira (8), que afirma que Saddam não tinha ligações com a Al Qaeda ou com Abu Musab al Zarqawi antes da Guerra no Iraque --contradizendo o presidente George W. Bush, que utilizava justamente esse argumento para justificar a invasão do país--, Rice disse não lembrar de ter visto tal documento.

Ela sustentou, no entanto, que "havia laços entre o Iraque e a Al Qaeda". "Estamos descobrindo mais agora que temos acesso a pessoas como as ligadas aos serviços de inteligência de Saddam Hussein? É claro, e vamos decobrir mais."

Taleban

Rice reconheceu que o Taleban (grupo extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do país) está "mais organizado" hoje, mas disse que os membros do regime não representam uma ameaça para o presidente afegão, Hamid Karzai.

Ela afirmou que, apesar de os talebans "estarem contra as cordas", está claro que eles pretendem responder aos ataques das forças de coalizão no país.

"E sim, de algum modo voltaram mais organizados e com mais recursos (...) mas a idéia de que isso represente uma ameaça estratégica para o governo de [Hamid] Karzai, para mim está errada", afirmou.

Um ataque suicida matou 16 pessoas --sendo nove estrangeiros-- em Cabul (capital do Afeganistão) na sexta-feira (6). Foi o pior em Cabul desde a queda do regime Taleban.

As forças militares britânicas, que integram a coalizão que está no país, os atuais combates no sul do Afeganistão são mais violentos do que os registrados no Iraque.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia cobertura completa sobre os cinco anos do 11/9
  • Leia o que já foi publicado sobre o Afeganistão
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página