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01/07/2010 - 02h30

Saúde, hepatite, educação, greve na USP, Correios

da Folha.com

Saúde

A reportagem "Médicos resistem a similares e genéricos" mostra o descompasso entre aqueles que são responsáveis pelo cuidado com o adoecer da população, mais precisamente com o restabelecimento da saúde de quem fica doente.
As opiniões desencontradas entre médicos, professores de medicina e autoridades sanitárias a respeito da qualidade dos medicamentos que são vendidos no país já são motivos para que a população brasileira fique seriamente preocupada.
Se não podemos confiar na seriedade do trabalho da Anvisa, a agência responsável pela fiscalização dos medicamentos, isso significa a falência do Estado brasileiro em uma questão fundamental: a saúde de seus habitantes.
Quanto a afirmação do professor Gilberto de Nucci, professor de farmacologia da USP e da Unicamp, de que "92% dos médicos receberam brindes da indústria farmacêutica; e os outros 8% são mentirosos", deixo aqui meu repúdio a ela, pois faço parte dos 8% que não aceitam a relação promíscua com tais empresas. Mesmo porque, não recebo seus representantes em meu consultório há mais de uma década e não frequento congressos que recebem seus patrocínios.

JOSÉ ELIAS AIEX NETO, médico psiquiatra (Foz do Iguaçu, PR)

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Hepatite

A reportagem "Hepatite C é ligada a número de parceiros" gerou grandes questionamentos por parte de pacientes e familiares.
A Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) esclarece:
1) A hepatite C não pode ser considerada uma doença sexualmente transmissível (DST) a luz dos conhecimentos científicos atuais.
2) Vários trabalhos publicados em revistas médicas de reconhecido rigor científico não confirmam a transmissão sexual da hepatite C como um fator importante.
3) Os trabalhos que lidam com este assunto podem ter fatores confusos que repercutem na clareza das conclusões.
4) Até o presente momento, as Sociedades Europeia e Americana para Estudos das Doenças do Fígado, assim como a SBH, não reconhecem a hepatite C como DST.
5) O sexo seguro deve ser praticado por todos, independente da suspeita do parceiro ter ou não ter hepatite C, sobretudo entre parceiros não fixos.

RAYMUNDO PARANÁ, presidente da SBH (São Paulo, SP)

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Educação

A gratuidade do ensino superior será sempre tema polêmico. A questão fundamental é não haver condições para todos estudarem com qualidade. Pagar mensalidade não resolve a questão, pois grande parte das escolas privadas cobram e não oferecem qualidade. Uma reestruturação do ensino superior público paulista seria bem-vinda, se não fosse atrelada apenas a interesses eleitoreiros, como mostrado pelo empresário-candidato Paulo Skaf (Poder, 28/6).
As universidades públicas paulistas (não apenas a USP) são o reduto do bom ensino combinado com excelência em pesquisa, mesmo com todos os entraves administrativos com que convivem. Um patrimônio público que nem Maluf, Quércia e tucanos conseguiram destruir, ainda.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

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Lecionando na escola pública estadual por 44 anos, agora aposentada, estou de acordo com o leitor Enio Borba Carli ("Painel do Leitor", 30/6). Só não sei se metade do professorado tem recursos para assinar um jornal, uma revista, comprar livros (não didáticos) ou ler de alguma forma. Enfim, preparar suas aulas de modo que sejam agradáveis e prazerosas. Deve, principalmente, amar aquilo que faz como em qualquer profissão.

MARIA LÚCIA CÓSER SILVA (Mogi Mirim, SP)

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Greve na USP

Se, por um lado, o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo) peca em sua tática histórica de greves cíclicas (todas mais do que justas) e pela truculência e falta de foco de suas ações, por outro lado a Folha presta um desserviço a população em não noticiar, com o devido destaque em sua reportagem, a inconstitucionalidade das ações da reitoria.
A Constituição de nosso país garante o direito a greve e proíbe, para isso, a suspensão dos salários dos grevistas, atitude tomada pela reitoria da USP que deflagrou ações como as recentes na creche central.

WADY ISSA FERNANDES (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Rogério Pagnan - A Folha noticiou, em reportagem do dia 10 de junho, que os juristas Ives Gandra da Silva Martins e Dalmo Dallari afirmaram que não há irregularidade no corte de salários, já que a paralisação não foi notificada ao Tribunal Regional do Trabalho e, portanto, a greve é ilegal.

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Correios

No editorial "Correio político", sobre a questão do monopólio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, a Folha afirma desconhecer iniciativas por parte do Congresso Nacional para a quebra do monopólio estatal no setor.
Esclareço que tramita no Congresso o projeto de lei 3.677/2008 de minha autoria, que propõe alteração da lei nº 6.538, de 22 de junho de 1978, excluindo do regime de monopólio da União o transporte e a entrega de carta e cartão postal para localidades ou horários não atendidos pela ECT e quando executados para endereços não fixos.
Na justificativa do projeto de lei, afirmo que a ideia de que somente uma única empresa, controlada pela União, deva ter exclusividade absoluta na entrega de correspondência de qualquer natureza, seja pessoal ou mercantil, doméstica ou internacional, constitui um aspecto jurídico que não é compatível com as economias modernas, competitivas, livres e globalizadas do século 21.

REGIS DE OLIVEIRA, deputado federal pelo PSC-SP (São Paulo, SP)

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Baleias

Muito me admira o Japão , tendo alta tecnologia em robótica, celulares, TVs, máquinas fotográficas etc., ter cientistas totalmente "ignorantes".
Passados 24 anos, ainda querem continuar caçando baleias para fins científicos !
Até quando continuaremos aceitando isso?

VICTOR NICOLA ARDITO (São Paulo, SP)

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Ferreira Gullar

Olavo Bilac, Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, Drummond, Vinicius, Érico Veríssimo, João Cabral de Melo Neto, Jorge Amado... É grande a lista de importantes escritores brasileiros que foram perseguidos por governos ou se levantaram contra a censura. Mas não há notícias de que algum deles tenha criticado, sistematicamente e com tanta raiva, um presidente da República, eleito democraticamente, como o senhor Ferreira Gullar faz com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acredito que nem os ditadores foram tão satanizados por algum escritor brasileiro como Gullar tem feito com Lula.
Mas talvez esse poeta, que não tem um verso sequer que as pessoas recitem nas ruas e que já concorreu ao Prêmio Nobel, precise dar uma olhada em si mesmo e, antes de candidatar-se outra vez ao prêmio máximo da literatura, lembrar-se deste trocadilho atribuído a Camões: "É melhor merecer as honras sem tê-las do que tê-las sem merecê-las".

WASHINGTON RAMOS (Teresina, PI)

 

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