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11/05/2008 - 02h30

Dilma Rousseff

"Parece ser unânime na mídia boa avaliação do desempenho da ministra Dilma Rousseff no interrogatório a que foi submetida no Senado, especialmente pela abordagem da sua condição de presa política nos tempos de juventude. De fato, as histórias de idealismo dos jovens sempre emocionam, e atualmente não deixa de ser uma glória alguém poder proclamar que lutou contra a ditadura naquele tempo.
Por isso, torna-se incompreensível e inaceitável a mudança radical na escala de valores demonstrada por tantos ex-guerrilheiros e ex-subversivos que hoje chegaram ao governo. Alguns optaram por mergulhar deliberadamente na lama da corrupção, esmerando-se em utilizar suas habilidades políticas nas manobras de desvio do dinheiro público e do vale-tudo pelo poder, e os demais, para preservar interesses e ambições pessoais, sufocaram a santa indignação da juventude, alinhando-se cegamente nas milícias corporativistas e partidárias, que ignoram as condutas ignominiosas perpetradas pelos ex-companheiros, em todos os níveis de governo, e até tentam minimizar e defender iguais condutas de seus antagonistas ideológicos de outrora. Assim, os supostos bravos de ontem converteram-se em rebanho de conformistas de hoje, corruptos por omissão.
É claro que há raríssimas exceções --que se insurgem e se manifestam imediatamente a qualquer sinal de roubalheira, como é o caso de Fernando Gabeira--, mas elas só confirmam a regra."

MARTÔNIO RIBEIRO (Ribeirão Preto, SP)

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Caso Isabella

"O promotor Francisco Cembranelli, que denunciou por assassinato o pai e a madrasta da menina Isabella, nas centenas de entrevistas em que apareceu, sempre citou como causa principal da sua ação o forte clamor público por justiça. Parabenizo o mesmo pelo ineditismo dessa preocupação com a opinião pública. Um promotor com essas idéias é que está faltando nas investigações sobre a roubalheira no Brasil.
Todo dia existe um clamor de revolta popular para que os ladrões dos cofres públicos sejam jogados na cadeia como aconteceu com o casal Nardoni. Os ladrões do dinheiro público assassinam milhares de Isabellas quando roubam as verbas da saúde pública e da educação. O trágico dessa história é que nunca ouvi nenhum promotor, juiz, ministro, presidente da Repúlica, dizer que os ladrões precisavam ir para a cadeia para que fosse dada uma resposta firme à opinião pública. Pelo visto, o clamor público não atinge os ladrões e assassinos de colarinho branco."

WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

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"Parabéns ao juiz Maurício Fossen pelo profundo senso de justiça e coragem, revelado ao decretar a prisão de pessoas acusadas de terem estrangulado e defenestrado uma criança de 5 anos. Em país nenhum do mundo acusados de crime hediondo responderiam soltos ao processo com tantas provas de autoria em seu desfavor. Observado, enfim, o mandamento-pilar de nossa civilização: não matar!"

JORGE ALBERTO QUADROS DE CARVALHO SILVA (São Paulo, SP)

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"É estarrecedor o que estão fazendo com o casal denunciado por, 'em tese', ter praticado o homicídio de sua filha Isabella. Infelizmente as autoridades policiais fazem-nos voltar às priscas eras medievais, em que o acusado era julgado, sentenciado, enforcado, mutilado e decapitado pela própria população, como se fosse um 'grande festival'.
Devo lembrar que os dois ainda não foram condenados. Infelizmente, porém, são a bola da vez: conseguiram trazer para si e para seus familiares a condição de 'condenados por antecipação'. Conseguiram, também, desviar a atenção da população em geral dos problemas graves e injustiças que sofrem nossas crianças brasileiras, que morrem diariamente por falta de leito em hospitais, pela dengue, por balas perdidas, discriminação e falta de oportunidades.
Chega de tanta violência!"

EDSON CHIAVEGATO (Itapetininga, SP)

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"Embora condenável, é preciso admitir que a 'pirotecnia' da polícia no caso Nardoni é o que resta para satisfazer, ainda que minimamente, o desejo de justiça da sociedade brasileira. Em nosso país, os assassinos acima da linha de pobreza não cumprem suas penas. Ficam soltos até o julgamento de todos os recursos, que nunca acabam. Enquanto algo não for feito a esse respeito, continuaremos a viver com níveis epidêmicos de violência."

GUSTAVO CARVALHO (São Paulo, SP)

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Auxílio-funeral

"Depois da notícia da proposta de mais um golpe contra o erário, proposto por parlamentares sob o título 'auxílio-funeral', passei dias refletindo a respeito e resolvi expressar minha opinião.
Desejo que o referente auxílio seja implantado imediatamente e que os beneficiários o utilizem o mais rápido possível. E se for instituído taxa de co-participação para compra de coroas de flores e para contratação de carpideiras, também estou de acordo e podem deduzir de minha vultosa aposentadoria.
Nossos parlamentares trabalham muito e merecem descansar. Pois que descansem em paz!"

GERALDO FERNANDES (Araraquara, SP)

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Impunidade

"Sem dúvida a impunidade dos criminosos é um dos maiores problemas que o Brasil enfrenta. Mas, no cipoal de leis que é a Justiça brasileira, como conciliar 'punição' com 'presunção de inocência'? É disso que se aproveita a maior parte dos bandidos que, mesmo pegos em flagrante delito, seguem impunes. Enquanto não lhes for aplicada a última das últimas condenações, sem direito a mais nenhum recurso --e sabemos quanto tempo um processo pode durar-- permanece a seu favor, ainda que gritantemente ultrajada, a 'presunção de inocência'. Parece ser um dilema sem solução."

LUIS KEHL (Piracicaba, SP)

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Aposentadoria

"Depois de aprovado no Senado por manobra da oposição e o empenho de vários senadores, o projeto do senador Paulo Paim, como era de se esperar, sofreu uma fragorosa derrota na Câmara, por manobras do governo do PT.
Parece que neste país existe dinheiro para tudo, menos para os aposentados."

JOSÉ MAURÍCIO BUNAZAR (São Paulo, SP)

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Justiça sendo feita

"Apesar de filhos de importantes membros da classe média alta carioca, quatro jovens acusados de agredirem a doméstica Sirlei Dias de Carvalho num ponto de ônibus na Barra da Tijuca, no Rio, contrariando todas as previsões, continuam presos e foram transferidos da Polinter do Grajaú para uma penitenciária do Estado.
O juiz da 38ª Vara Criminal, Jorge Luiz Le Cocq, cumpriu a resolução 19/2006, que prevê que presos condenados sejam transferidos para o sistema penitenciário.
Enfim, um dos poderes mais importantes da República deu provas de que podemos ter esperanças num mundo melhor, num mundo em que os ricos sejam punidos como os pobres.
Além disso, a manutenção da prisão dos agressores tem um caráter pedagógico, servindo para desestimular que pessoas de mesmo padrão social não cometam arruaças no trajeto de volta das baladas."

FABIO TAVARES (Rio de Janeiro, RJ)

 

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