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  04 de setembro
  Ciência em dia
 
Bem-vindo ao mundo dos autorrobôs e dos Golems










Tetra, um dos robôs do Projeto Golem; Clique aqui para vê-lo em vídeo (download)


Não é um brinquedo, não é uma pirâmide esotérica mecanizada, não é uma obra de arte conceitual. O que você está vendo acima é Tetra, espécime de uma nova geração de robôs concebidos por robôs, sem (muita) interferência humana. Máquinas projetadas por máquinas, enfim, um dos pesadelos-padrão da ficção científica, mas essas engenhocas desengonçadas ainda estão longe de conquistar o mundo.
Mudos, como convém a um Golem.


Tudo que sabem fazer é andar em linha reta num plano. Este foi o desafio básico apresentado ao computador-Criador pelos malucos do Projeto Golem, ao lado de elementos estruturais mínimos (bastões e junções). Um programa de computador gerava legiões de robôs virtuais, multiplicando pequenas alterações ("mutações"), e depois os testava, selecionando os melhores designs par a tarefa. A boa e velha evolução à Darwin.

Seiscentas gerações depois, havia "organomecanismos" os mais estranhos, dos quais seis foram efetivamente construídos. Surgiram espontaneamente características como simetria (melhor para locomoção em linha reta) e redundância na construção (diminuindo assim a chance de mutações aleatórias arruinarem a funcionalidade).

Os autores dizem que não fizeram o estudo -publicado na revista "Nature" e noticiado pela Folha em reportagem de Salvador Nogueira- para se divertir, mas porque essa automatização darwiniana pode tornar mais eficiente a atividade de projetar robôs.

Sei.










Flecha (Arrow), outro robô-Golem, anda na areia; Clique aqui para vê-lo em vídeo (download)


Transgênicos em baixa

Europeus são contra a biotecnologia por princípio e americanos, consensualmente a favor, certo? Errado, como mostram quatro artigos da revista "Nature Biotechnology" em sua edição de setembro, baseados me extensas pesquisa de opinião pública.

Leia reportagem da Folha, que também noticiou ser iminente o anúncio pelo governo federal de regras para a rotulagem de alimentos com ingredientes transgênicos.


Você compraria comida transgênica, se houvesse indicação no rótulo? Ciência em Dia quer saber sua opinião.

Feedback
Recebi do leitor Aristides um questionamento do uso do termo "matar" na coluna da semana passada, ao referir-me ao uso em pesquisas de células-tronco embrionárias:


"A afirmação 'matar' os embriões excedentes de clínicas de fertilidade (...) é no mínimo polêmica", escreveu ele, para quem as células-tronco "são uma grande promessa".

" É claro que representam uma esperança (e não dá para fazer omeletes sem quebrar ovos), mas cabe à sociedade decidir quais critérios (éticos) devem ser utilizados nessas pesquisas. A decisão do governo americano é realmente no estilo 'politicamente correto', mas a questão ética não foi nem ao menos levantada. Hipocrisia."

O leitor deve ter notado que usei aspas na expressão "matar", porque é de fato discutível se há naquele punhado de células algo que se possa chamar de pessoa.

Documentos
Manifesto da Sociedade Genética dos EUA sobre organismos transgênicos

Diretrizes dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) sobre células-tronco

Site da semana















Cadeira vibratória Battle Creek, por volta de 1900


É instrutiva uma visita ao site do Museu de Dispositivos Médicos Questionáveis (The Museum of Questionable Medical Devices), mantido pela poderosa FDA (agência de fármacos e alimentos dos EUA). Do duvidoso ao aterrorizador, há de tudo -a começar por essa cadeira vibratória criada num famoso spa do começo do século administrado pelos irmãos Kellogg, onde foram inventados também os sucrilhos de milho. Suas sacudidas violentas curariam dores de cabeça e da coluna, além de estimular o intestino.

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