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Luiz Caversan
caversan@uol.com.br
  13 de janeiro de 2001
 

O Rio é uma cidade boa pra cachorro

 

Começamos bem o ano em termos de besteirol. E logo na Cidade Maravilhosa, que, sim, continua ainda e sempre deslumbrante em sua beleza natural, muito bem desfrutada por este colunista, ora em período de "vacanza".

O besteirol desta vez é canino e parte de assessora do prefeito-maluquinho César Maia, aquele que já varreu o Sambódromo e pediu picolé num açougue, e agora reassume o posto em grande estilo: arrumou uma auxiliar que de cara nomeou um cão pastor alemão para "trabalhar" como seu oficial de gabinete.

Tudo bem, o cão, chamado Doca, já era funcionário público e dava expediente na Guarda Municipal. Apenas transferiu seus afazeres para uma nova repartição, totalmente dedicada à proteção dos animais.

Por isso que afirmei e repito: o Rio é uma cidade boa pra cachorro.

Vale aqui o trocadilho, porque é uma cidade bacana mesmo, excelente para se viver, desde que não seja em uma favela ou na linha de tiro das balas perdidas, e generosa a não mais poder com nossos fiéis amigos caninos. Quem não se lembra, por exemplo, da exemplar atitude da dona de padaria e "socialite" Vera Loyola, aquela que não era ninguém e hoje é uma ninguém famosa, que deu uma belíssima festa de aniversário para sua cadelinha?

Um amor de atitude com os bichinhos, todos reunidos em torno de farta mesa montada na mansão daquela senhora, na Barra da Tijuca, com direito a bolo, caldo de carne etc. Nada de mal nisso, levando-se em conta a célebre frase do dublê de filósofo e ex-ministro Rogério Magri: "Cachorro também é gente".

Em alguns casos é mais que isso. Quantas criancinhas do nordeste comem a quantidade de proteínas que um au au da zona sul do Rio ingere por dia? Aqui dirá o leitor: lá vem o colunista com proselitismo barato.

Que mal há, afinal, em tratar o cães bem dessa maneira. Por que não desobedecer a lei e passear por aí com uma gracinha de um pitbul, sem guia ou focinheira? Quem liga para a sucessão de excrementos que se encontram nas belas calçadas desta cidade, porque os donos dos produtores das fezes se julgam no direito de não recolhê-las?

Os que ficam indignados com essas coisas não sabem o que traz um cãozinho em seu coração: fidelidade, amor ao dono, alerta e disciplina. Valores, deve-se reconhecer, cada vez mais raros entre nós humanos, certo?

Então, deixa lá o Doca trabalhar tranqüilo em seu gabinete.

Se o imperador romano Calígula mandou um cavalo para o senado, porque o nosso Cesar aqui não pode trocar continências por latidos?

Besteirol da Internet

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