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Em
meio à mesmice musical que assola o dial, sintonize às 20h (só neste
horário, hein! antes disso, dá-lhe pagodinho o dia todo) a 105 FM,
de Jundiaí (SP) e pasme: ouça rap. Nu e cru. Raridade nas programações
das emissoras brasileiras, é o único gênero que tem dito algo que
se preste nesses tempos bicudos de breguice poética musical.
Só não consegui descobrir se "Espaço do Rap" é realmente diário
(parece que sim), pois os telefones (0/xx/11-7397-7777 ou 7397-7097)
da rádio só dão ocupado. A interatividade é boa. A estação é repleta
daqueles programetes que contam com a participação dos ouvintes.
Fora desse horário, quem gosta de hip hop pode acessar um sintonizador
de rádios e ir atrás de algumas estações especializadas pelo
mundo. Vale a pena ouvir The
Radio 1 Rap Show , de Tim Westwood, às sextas, das 23h às 2h
da manhã ou sábados das 21h à meia-noite. O DJ nº 1 do rap é figura
influente no hip hop europeu e o pioneiro na cena inglesa, tanto
que arrebata um milhão de ouvintes por semana.
Só pra dar mais duas dicas, direto de Sidney, sintonize no programa
The Mothership Connection (às terças-feiras), que toca o rap underground
comandado pelos DJs Mark Pollard e Crazy Mike, das 2h30 às 4 da
madrugada, nos 107,3 mhz. Para os mais notívagos, aos domingos da
meia-noite às 6 da manhã, seis horas seguidas com o programa "Underground
Sound", na FM 88.9 mhz. Quem encabeça a discotecagem é Chris Dounis,
que conta com voluntários para ajudá-lo. Entre nas
rádios australianas para dar uma espiada.
Fora do computador, no dial do carro, só mesmo esperando cair a
noite para ouvir a 105 com o mais genuíno rap nas ondas do rádio
convencional.
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