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  3 de junho
  Cadê as rádios realmente livres?
 

Enquanto a Polícia Federal dá uma "rapa" nas rádios piratas, quem luta por espaço livre nas ondas do dial?
Quem é quem por trás das estações ilegais? O comando é realmente de comunidades despretensiosas que só querem o bem do cidadão do bairro? Quantas têm liberdade mesmo? Será que o número de rádios que são dirigidas por políticos ou religiosos não domina? E a experiência de emissoras como a Rádio Favela (BH), e o movimento hip hop, que virou inspiração para filme? Existem outras no mesmo esquema? Rádio de Heliópolis...e quantas mais? Apelo para que as rádios ilegais com intuito único de servir à comunidade se expressem. Quero montar o dial das rádios livres de fato, apesar de ilegais. Haverá quórum para uma briga em Brasília para pleitear o direito de veiculação? Procuro as respostas.

Uma onda no ar
O próximo filme de Helvécio Ratton, mineiro e apaixonado por rádio, é inspirado na Rádio Favela, ex-ilegal, hoje uma emissora educativa. Trata-se de "Uma Onda no Ar", história de um grupo de jovens negros, criadores de uma rádio comunitária (e ilegal).
Atualmente, o projeto está na fase de testes. A seleção será em Belo Horizonte. Se estiver interessado, clique
aqui. O elenco terá 80 personagens, e a procura é entre jovens de 17 a 25 anos ligados no movimento hip hop ou pelo menos "gente com atitude".
Sobre a Rádio Favela FM, modelo de sua inspiração, Ratton é taxativo ao dizer que eles são de tamanha ousadia e falam o que querem com total independência. Destaca o programa "Fala Corno", no qual só corno pode pedir música. Se o ouvinte vem com o papo de que é um amigo que está pedindo e coisa e tal, não vale. Só corno tem direito.
Outro detalhe importante é que a estação, que existe há 20 anos, não toca axé. O diretor acha uma porcaria grupos como É o Tchan ou músicas no estilo "Boquinha da Garrafa" e, como postura ética, baniu da programação qualquer som alusivo a baixaria. Tocam tudo de música negra, mas são democráticos e mostram outros gêneros também. Cita outro programa bacana: "Bolero do Lero Lero" transmitido durante a Hora do Brasil.

Atenção letristas de rap
Helvécio Ratton está atrás de um letrista de rap. São quatro jovens protagonistas, e um dos personagens é o inspirador, um precursor do gênero surgido no início dos anos 80, quando o rap estava desembarcando por aqui. Atenção, letristas! Quem quiser se candidatar é só enviar algumas letras (com clima da época) para umaondanoar@uol.com.br e torcer para ser escolhido. Corram, porque o assunto já ganhou comentários. Ratton falou publicamente sobre o filme na segunda-feira e ficou perplexo com a repercussão. No teatro lotado com 700 pessoas (metade com os manos), um dos presentes desabafou "acho que morri e tô no céu" sobre o simples fato de existir um projeto de cinema que aborda o movimento hip hop.
Não se esqueça: se você participa de uma rádio não-oficial (e ilegal) sem a tutela de políticos ou religiosos, mande-me um recado.

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USP promove curso para radiocomunicadores
Começa hoje (3 de junho), o módulo 2 do 2º Curso de Informação sobre Saúde Pública para Radiocomunicadores, promovido pela Faculdade de Saúde Pública da USP e pelo Centro de Educação Permanente, com patrocínio do Ministério da Saúde. Concebido a partir da idéia de que as rádios podem se tornar valiosas para a saúde pública, divulgando notícias e prestando serviços, principalmente à população menos favorecida, o curso tem por objetivo qualificar os comunicadores de rádios, com informações sobre temas importantes ligados à Saúde Pública. Conheça o programa do segundo módulo, denominado "Enfrentando os Problemas de Saúde". O curso começa às 9h, no Auditório Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública. av. Dr. Arnaldo, 715.

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