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Magaly Prado
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  3 de fevereiro de 2001
  Clube das Mulheres volta
segunda com novidades
 

Calma! Os ouvintes estão afoitos, me escrevendo "Cadê o Clube das Mulheres? Entrou fevereiro e nada... As meninas que se apresentam das 7h às 11h, na Brasil 2000 FM (SP), estão de volta na segunda-feira, dia 5. Elas só estavam de férias. Merecem, né? Fabiana Ferraz e Marcela Rocha trazem novo quadro das 9h às 10h. Agora elas contam com a participação do psiquiatra Isaac Efraim para discutir junto alguns temas comportamentais e, claro, sexuais. Exemplo, tipo assim: "Tô com preguiça de transar" e por aí vai. Obviamente, para esquentar as manhãs da rádio roqueira.

Fabi conta que o DDO, que é o Discagem Direta do Ouvinte, entra nesse horário e continua até às 11h. "É o DD uó." O programa faz sucesso há um ano e meio. Fabi já trabalha na Brasil 2000 há sete anos e Marcela há três. Fabi gostou da entrada do Lélio Teixeira, o novo coordenador da emissora. "A princípio fiquei apreensiva, mas continuamos com liberdade". É isso que importa.



"Porque hoje é sábado" sob novo comando

A partir de hoje, a Rádio Bandeirantes (AM 840 e FM 90,9) terá programação ao vivo nas noites de sábado.

"Porque hoje é sábado" intercala notícias e músicas. Hoje a atração traz os temas musicais de filmes estrelados por Tom Hanks, como Filadelphia, Forrest Gump e Náufrago – atualmente em cartaz nos cinemas.

No comando, Lourival Pacheco, o mesmo apresentador que há mais de 40 anos empresta sua voz ao noticiário matutino "Primeira Hora".

"Porque Hoje é Sábado" vai ao ar das 20h à meia-noite. Dicas de lazer para a noite do próprio sábado, resultados de partidas de futebol, notícias sobre a situação das principais rodovias e a previsão do tempo para o dia seguinte são alguns itens do novo formato do programa.


Para não perder bons momentos de rachar o bico!

"Chuchu Beleza", o programa de humor de Felipe Xavier que vai ao ar diariamente na MIX FM (SP), está disponível também na Internet. Quem perdeu algum quadro ou quer escutar novamente alguma história, pode entrar no site da MIX. Todos os quadros que foram ao ar estão disponíveis.


Mulherada é maioria dos ouvintes da Band FM durante o dia

Entre o último trimestre de 99 e o último trimestre de 2000, a participação da Band FM no mercado registrou crescimento de 40%, passando de 5,2% do share para 7,3%. Os dados constam da última pesquisa Ibope/Easy Media/Grande São Paulo e se referem ao horário das 6h às 19h, de segunda-feira a domingo.

Com base na mesma pesquisa, o diretor-geral da emissora, Acácio Luiz Costa, conta que 63% dos ouvintes da Band FM nesse horário são mulheres. A emissora, sediada no bairro do Morumbi, em São Paulo, agrada a uma faixa da população que tem grande concentração de pessoas economicamente ativas, já que 47% (86.800 pessoas/minuto) dos seus ouvintes têm entre 20 e 39 anos.

E tem mais: com 3,2 milhões de ouvintes/mês na Grande São Paulo, a Band FM está em 2º lugar em cobertura, atrás apenas da Cidade, com 3,7 milhões.

Cidade Alerta reprisa entrevista com a prefeita de SP

O programa apresentado por José Luiz Datena, na Rádio Record AM, estreou segunda-feira com a presença da Prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, que respondeu perguntas do apresentador e dos ouvintes. Hoje, o programa Cidade Alerta reprisa os melhores momentos da entrevista.

A prefeita elogiou os programas de rádio, principalmente pela prestação de serviços que as emissoras vêm fazendo.

O programa de Datena é focado em notícias de última hora com a participação do jornalista Marcus Barreto, reportagens externas com a jornalista Sandra Cabral e prestação de serviços sendo um canal de desabafo para os ouvintes.

Vai ao ar de segunda a sábado, das 7h30 às 8h30 pelos 1000 kHz da Record AM.

Terça houve protesto por morte de radialista

Jornalistas paraguaios fizeram manifestação, diante do prédio da Corte Suprema de Justiça, na capital Assunção. Querem que seja rapidamente esclarecida a morte do colega Salvador Medina, diretor da rádio comunitária Nemity de Capiibary, assassinado no início do ano. O movimento foi organizado pelo Sindicato de Jornalistas do Paraguai. De acordo com a Sociedade Interamericana de Imprensa, a morte de Medina estaria relacionada às denúncias do jornalista contra o crime local.

A MIX FM vai sortear uma guitarra autografada pelos músicos do Red Hot Chilli Peppers. Para participar é muito fácil: o ouvinte deve acessar o site da MIX e citar o nome de três músicas do CD Californication. O resultado rola no dia 16 de fevereiro.



TRIBUNA DO LEITOR-OUVINTE

Virou um fórum

Dois leitores respondem ao leitor Rodrigo. A pergunta é: "Por que é mais fácil divulgar Zezé Di Camargo & Luciano ao invés do IRA! ". Leia a resposta de César Grafietti e de Marcelo de Valécio.





Olá Magaly!

Como sempre, sua coluna vem recheada de boas informações e participações interessantes dos leitores. Aproveitando isso, gostaria de fazer alguns comentários sobre o que li na última coluna.

O Rodrigo comenta um ponto bem interessante sobre "o fim do rock" e "por que é mais fácil divulgar Zezé de Camargo e não Ira!".

Bem, o "fim do rock" vem sendo anunciado desde seu nascimento. Confesso que nos últimos anos ele vem se apresentando combalido, meio amarelado, precisando de um pouco de vitamina. Reflexo disso são as rádios que a cada dia tocam menos rock (mesmo as rádios-rock). Por que? Ora, a cada dia o rock repete os ritmos-moda. Li em algum lugar que o rock e o axé são irmãos gêmeos e confesso que concordo. Não se vê diversidade de estilos nas rádios-rock. Gravadoras e programadores procuram o "sucesso fácil". E tome Charlie Brown Jr, que é copiado pelo Tihuana, que é copiado pelo Rumbora que gerou um filhote chamado O Surto e assim vai. Sem falarmos nos estrangeiros, pois o Offspring é irmão do Green Day, que parece com o Blink 182, que lembra o Rage Against the Machine, que...bom, por aí vai. Isto cansa. A cada dia ouço menos música nas rádios e mais nos meu toca-CD (o rádio tem sido uma excelente fonte de informação e entretenimento não relacionado a música.

Estádio 97, Transamérica E.C., Agito Geral, No Pique da Pan, CBN, Bandeirantes Am e coisas assim).

As rádios-rock têm se mostrado extremamente personalistas e voltadas para aquilo que os produtores e programadores (e jornalistas amigos) gostam. A impressão que dá é que ninguém se tocou que brasileiro gosta mesmo é de rock bem tocado, é de Iron Maiden, de Rush, de Van Halen. Claro que não se faz rádio apenas com um tipo de música, mas o que a galera quer ouvir é isto.

Por que as novidades em estilos "underground" são bem vindas, enquanto grandes bandas lançando grandes albuns de Hard Rock são desprezadas? As rádios brasileiras passarram os anos 80 e 90 deixando de lado bandas fantásticas que até hoje fazem grandes albuns, como Dokken, Ratt, Lynch Mob, Badlands e outros. E nem por isso as rádios cresceram. A última vez que uma rádios-rock apresentou bons índices de audiência foi no início dos anos 90, quando a 89 FM tocava Guns n Roses, Van Halen, Skid Row, Aerosmith e coisas parecidas. Falta vasculhar, falta ousar e falta pesquisar, pra ver o que a gente quer ouvir nas rádios.

Agora, por que é mais fácil divulgar Zezé di Camargo? Numa coluna anterior eu escrevi dizendo que o crescimento deste tipo de música, junto com o Axé e o Pagode era reflexo do aumento no poder de consumo do brasileiro no período pós-Real. E esse pessoal consumiu pacas. O problema é que, ao mesmo tempo, quem gosta de rock pode se voltar para a compra de importados, reduzindo a venda de produtos nacionais e deixando uma falsa impressão de que o mercado de rock tinha se restringido a poucas bandas nacionais. E o fenômeno é um círculo vicioso: as gravadoras vendem mais música popular, que toca mais nas rádios, que crescem em audiência e enchem os bolsos das gravadoras e dos artistas. Por fim, mata-se o bom gosto. É assim que funciona.

Para se ter uma idéia de como isto funciona assim, quando foi o último CD de Rock fabricado no Brasil que você (amigo leitor) comprou? O meu último foi há 1 ano (Capital Inicial Acústico). Os outros10 ou 12 que eu comprei foram importados, pagando mais caro, mas ouvindo o que eu gosto. Por isso, se as pessoas não têm condição de comprar e buscar o importado, acaba não comprando, o que reduz os investimentos das gravadoras e diminui a exposição delas ao rock.

É isso. Depende da gente "brigar" com as rádios, principalmente agora que as duas maiores rádios-rock (de verdade) de S.Paulo estão de comando novo (Brasil 2000 e 89FM), para tentar acordá-las.

Abraço a Todos!

Cesar Grafietti
São Paulo, SP


Magaly,

Se você me permite, eu gostaria de responder à pergunta do Rodrigo: "Por que é mais fácil divulgar Zezé de Camargo e Luciano ao invés de Ira! ?"

Simples, é mais fácil trabalhar a mediocridade. Dá trabalho investir em qualidade: conteúdo, técnica, profissionalismo, tudo isso requer enorme esforço e competência. As gravadoras querem isso? Pra quê? Já pensou o trabalho que dá o João Gilberto?

E, para completar, te digo com certeza se você, como dentista, e eu, como jornalista, se formarmos uma dupla sertaneja, um grupo de pagode ou uma banda pop amanhã cedo, com uma grana preta de alguma gravadora afim de investir em nós, estaríamos no topo da parada em pouco tempo. Sem precisar saber cantar ou tocar nada. A mídia levanta qualquer coisa, mesmo!

É isso.

Desculpe-me se você é também músico, só estou dando o exemplo pela sua profissão. Grande abraço, Rodrigo.


Beijo, Magaly

Marcelo de Valécio
São Paulo



Avaliação

O leitor Rodrigo Neves Lucas pergunta: "Será que perdemos a noção de estilo musical?"


Olá Magaly.

Essa semana fiz uma pequena avaliação sobre os e-mail's que os leitores da sua coluna fazem. São enviadas dial sobre as rádios de certos locais no Brasil. O que mais temos são rádios que funcionam a base de "jabá", mesmo ainda que, as rádios e tevês insistem em dizer que não ocorre tal procedimento. A partir do momento que falamos em cifra, maravilha, pode tocar!

A maioria toca música a base de sertanejo, axé e pagode, aonde o que mais se vê é a palavra "promover", deixando claro que há um produto, onde o seu inventor precisa ganhar pela "obra prima".

Nos E.U.A. o rock gera muito milhões de dólares, apesar da TV Globo taxar a Britney Spears de "adolescente do rock".

Será que perdemos a noção de estilo musical?

Um fundo de guitarra caracteriza como rock?

Aonde foi parar a nossa MPB?

Afinal, qualquer grupo ou pessoa que não sabe o que canta, é classificado como MPB.

Vai uma dica, visite o site www.portaldorock.com.br , são de uns amigos de São Paulo. É um excelente site, aonde tudo está voltado para a boa música, principalmente com várias opções de bares e casas noturnas.

Obrigado





Para esclarecer

Semana passada a nota sobre uma rádio de Americana (SP) ficou confusa. O leitor André Luis Mariano explica direitinho.


Olá Magaly

Vc colocou meu e-mail na sua coluna, eu agradeço, mas acredito que ouve um problema de comunicação entre você e eu, eu disse que o rádio que causa interferência toca basicamente o que aparece no Domingo Legal do SBT, não que ela o retransmita, e sim coloca o tipo de música que é apresentado lá.

Não se trata de uma Rádio Pirata, é uma Rádio que opera oficialmente na
legalidade, tirando o fato da interferência.


Desculpe pela falha em me expressar,
André Luis Mariano

DIAL

Faça como o Matheus, mande o dial de sua cidade com o estilo de programação de cada rádio. Nós agradecemos. Pode enviar por aqui.

Dial das emissoras FM de Ribeirão Preto

Regional FM (90,5) - variada, sertanejo, mpb e baladas
Difusora FM (91,3) - teen, pop, dance, rock e tecno
Mega FM (92,3) - variada, pop, sertanejo e baladas internacionais
Independência FM (93,5) - música ambiente
Melody FM (94,1) - música ambiente
Conquista FM (97,7) - música sertaneja e pagode
Diario FM (99,7)- música ambiente
Clube FM (100,5) - variada, pop, sertanejo e baladas internacionais
Lider FM (103,5) - variada, pop, sertanejo, e baladas internacionais
Jovem Pan (106,7) - teen, pop, dance, rock e tecno

***

Dial

Confira aqui o dial das emissoras (AM e FM) da Grande São Paulo. E confira também o dial de Curitiba, o de Piracicaba, o de Campinas, o de Londres e o de Fortaleza. Clique nos nomes das cidades.


Boca no trombone

Telefones das rádios de alguns Estados, para quem quiser reclamar da programação. Ligue e proteste. Só assim poderemos mudar a pasmaceira em que se encontra o dial. Já estão disponíveis os números das emissoras de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul,Teresina e Vitória. E semana que vem tem mais.


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