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Domingo, 7 de maio de 2000

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Rodrigo Bueno
     


Copa dos Campeões

Valencia 4x1 Barcelona

A imprensa espanhola fala em ‘‘nó tático’’. O técnico argentino Héctor Cúper realmente foi muito mais feliz que o holandês Louis van Gaal. Seu time pressionou o rival desde o início, jogando em velocidade, e fechou o jogo ainda no primeiro tempo. Van Gaal, que já perdeu várias vezes para o Valencia, insistiu em jogar com três zagueiros fora de casa diante do rival e viu de novo a vulnerabilidade de sua defesa. Cúper, que levou o Mallorca à final da Recopa no ano passado, dá show mais uma vez na Europa. O Valencia fez por merecer o resultado e, não fosse alguns lances estranhos, como um gol anulado e um gol contra, poderia ter feito um placar ainda maior. Tradicionalmente, o Valencia é algoz do Barcelona. Nas duas vezes em que os times se cruzaram em competições européias, o Valencia eliminou o rival. O quarto gol do Valencia, marcado pelo argentino Claudio López, um carrasco do Barcelona, tirou o time catalão da final, ao que tudo indica. A chance de uma final Real x Barça é bem pequena.

Real Madrid 2x0 Bayern de Munique

Um gol do Real aos quatro minutos de jogo, em posição duvidosa, desmontou o esquema do Bayern de Munique, que foi a Madri para jogar nos contra-ataques. Com 2 a 0 a favor ainda no primeiro tempo, o Real tratou de administrar sua vantagem e o Bayern temeu perder a vaga ainda na primeira partida com uma goleada. Vicente del Bosque, técnico do Real, vem arrumando o time espanhol desde o Mundial de Clubes da Fifa. Além de recuperar a equipe no Espanhol e sair invicto do torneio no Brasil, deixou o time à beira do oitavo título europeu. Mais que a vantagem de dois gols, o Real conseguiu não tomar nenhum em casa. Assim, marcando uma vez que seja em Munique, só não vai à final se tomar uma goleada histórica. O Real mais uma vez está se unindo em um momento decisivo. A reabilitação de Anelka é o grande exemplo disso agora. Dessa forma, poucas equipes conseguem bater o Real Madrid em uma decisão. O Bayern terá que ousar bastante no jogo de volta para ir à final.

 

Libertadores da América

A rodada de ida das oitavas-de-final não teve nenhuma grande surpresa. Talvez a vitória do Atlas, do México, sobre o Junior Barranquilla, da Colômbia, por dois gols de diferença foi o que de mais inesperado aconteceu. Corinthians, Boca Juniors e América de Cali, os principais candidatos ao título, não venceram fora de casa, mas devem passar, talvez até com tranquilidade, às quartas-de-final. A situação do Palmeiras e dos dois Atléticos brasileiros é mais indefinida. A hegemonia brasileira na Libertadores na década de 90, porém, tem tudo para continuar, pois Boca e River Plate, por exemplo, se encontram (se passarem de fase) nas quartas-de-final. Os dois bons Américas, o do México e o de Cali, já se enfrentam agora nas oitavas.

 

Copa Mercosul

Foram definidos os sete times brasileiros na competição. Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Flamengo e Vasco já estavam garantidos por ordem da Traffic, empresa de marketing parceira da Sul-Americana que entende serem esses os cinco ‘‘gigantes’’ do país, os times com maior penetração e estrutura. Nas duas vagas restantes, estão dois mineiros: o Atlético, vice-campeão do Brasileiro, foi indicado por critério técnico pela CBF, e o Cruzeiro, parceiro do fundo norte-americano HMTF, foi convidado da Confederação Sul-Americana. O Grêmio ficou de fora.




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