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Copa dos Campeões
Valencia 4x1 Barcelona
A
imprensa espanhola fala em ‘‘nó tático’’. O técnico argentino Héctor
Cúper realmente foi muito mais feliz que o holandês Louis van Gaal.
Seu time pressionou o rival desde o início, jogando em velocidade,
e fechou o jogo ainda no primeiro tempo. Van Gaal, que já perdeu
várias vezes para o Valencia, insistiu em jogar com três zagueiros
fora de casa diante do rival e viu de novo a vulnerabilidade de
sua defesa. Cúper, que levou o Mallorca à final da Recopa no ano
passado, dá show mais uma vez na Europa. O Valencia fez por merecer
o resultado e, não fosse alguns lances estranhos, como um gol anulado
e um gol contra, poderia ter feito um placar ainda maior. Tradicionalmente,
o Valencia é algoz do Barcelona. Nas duas vezes em que os times
se cruzaram em competições européias, o Valencia eliminou o rival.
O quarto gol do Valencia, marcado pelo argentino Claudio López,
um carrasco do Barcelona, tirou o time catalão da final, ao que
tudo indica. A chance de uma final Real x Barça é bem pequena.
Real
Madrid 2x0 Bayern de Munique
Um
gol do Real aos quatro minutos de jogo, em posição duvidosa, desmontou
o esquema do Bayern de Munique, que foi a Madri para jogar nos contra-ataques.
Com 2 a 0 a favor ainda no primeiro tempo, o Real tratou de administrar
sua vantagem e o Bayern temeu perder a vaga ainda na primeira partida
com uma goleada. Vicente del Bosque, técnico do Real, vem arrumando
o time espanhol desde o Mundial de Clubes da Fifa. Além de recuperar
a equipe no Espanhol e sair invicto do torneio no Brasil, deixou
o time à beira do oitavo título europeu. Mais que a vantagem de
dois gols, o Real conseguiu não tomar nenhum em casa. Assim, marcando
uma vez que seja em Munique, só não vai à final se tomar uma goleada
histórica. O Real mais uma vez está se unindo em um momento decisivo.
A reabilitação de Anelka é o grande exemplo disso agora. Dessa forma,
poucas equipes conseguem bater o Real Madrid em uma decisão. O Bayern
terá que ousar bastante no jogo de volta para ir à final.
Libertadores
da América
A
rodada de ida das oitavas-de-final não teve nenhuma grande surpresa.
Talvez a vitória do Atlas, do México, sobre o Junior Barranquilla,
da Colômbia, por dois gols de diferença foi o que de mais inesperado
aconteceu. Corinthians, Boca Juniors e América de Cali, os principais
candidatos ao título, não venceram fora de casa, mas devem passar,
talvez até com tranquilidade, às quartas-de-final. A situação do
Palmeiras e dos dois Atléticos brasileiros é mais indefinida. A
hegemonia brasileira na Libertadores na década de 90, porém, tem
tudo para continuar, pois Boca e River Plate, por exemplo, se encontram
(se passarem de fase) nas quartas-de-final. Os dois bons Américas,
o do México e o de Cali, já se enfrentam agora nas oitavas.
Copa
Mercosul
Foram
definidos os sete times brasileiros na competição. Corinthians,
Palmeiras, São Paulo, Flamengo e Vasco já estavam garantidos por
ordem da Traffic, empresa de marketing parceira da Sul-Americana
que entende serem esses os cinco ‘‘gigantes’’ do país, os times
com maior penetração e estrutura. Nas duas vagas restantes, estão
dois mineiros: o Atlético, vice-campeão do Brasileiro, foi indicado
por critério técnico pela CBF, e o Cruzeiro, parceiro do fundo norte-americano
HMTF, foi convidado da Confederação Sul-Americana. O Grêmio ficou
de fora.
E-mail: rbueno@folhasp.com.br
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30/04/2000 - Presente e Passado
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