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Domingo,
3 de dezembro de 2000
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Na verdade, não é uma informação concreta. Não tenho dados ou números que comprovem o que escrevi, assim como ninguém tem. Mas é fato que o futsal não é olímpico porque ainda não tem grande competitividade. O Brasil deita e rola na modalidade, e os outros países estão bem atrasados (a Espanha é uma exceção, pois importou muitos brasileiros). O basquete é olímpico há muito tempo e por muito tempo os norte-americanos utilizaram amadores. Além disso, o resto do mundo teve boa evolução no basquete, esporte número um ou número dois em muitos países. No entanto, o vôlei de praia virou olímpico mesmo sem ter grande dimensão global. Ainda vai chegar a vez do futsal. Abraço. ‘‘Ao
ler sua coluna de 26/11, me deparei com um fato que me intriga e
que envolve não só você, mas todo o nosso jornalismo
esportivo. O fato de até hoje a Copa Intercontinental ser
chamada de Mundial interclubes, costume que estranhamente ocorre
somente aqui no Brasil. Parece-me que apenas o ato de mencionar
isso pode soar como uma forma de depreciar os feitos de São
Paulo, Santos, Grêmio e Flamengo. A verdade é que a
imprensa nacional, desde a primeira vitória da Intercontinental
pelo Santos, decidiu superestimar a taça, talvez como uma
forma de engrandecer mais o feito ou apenas como marketing mesmo,
mas desde então criou-se o mito do ‘Mundial Interclubes‘.
Novamente, não quero tirar do título seu valor, mas
sim dar a ele o valor devido. Que é ótimo, pois é,
como o nome diz, um título intercontinental! Mas não
é um título mundial... O mundo é bem maior
do que apenas Europa e América do Sul. Abraços...’’ Você tocou no assunto bem (o e-mail dele era gigantesco). Na verdade, a nomenclatura do Mundial interclubes é mesmo confusa. Eu escrevo Mundial interclubes porque trabalho na Folha (são quase seis anos). É um padrão antigo do jornal tratar a disputa em Tóquio assim, bem mais antigo que o Mundial de Clubes da Fifa. Da mesma forma, cada veículo decidiu tratar de uma maneira a disputa. A maioria dos órgãos de imprensa trata o jogo de Tóquio como um digno Mundial de clubes, secularmente. Isso não é so Brasil. Agências internacionais, jornais expressivos, redes de TV de grande impacto (como a Globo, que transmite o evento tradicionalmente) chamam a disputa de Mundial. O nome mesmo é European/South American Cup, que foi sintetizado em Copa Intercontinental. Copa Toyota é a forma que alguns encontraram para desvalorizar o jogo, que virou tradição no futebol mundial. Lembro a você que os primeiros Mundiais de futebol tinham só seleções da Europa e da América. Nem por isso contestamos os títulos de Uruguai e Itália nos anos 30 e 50, por exemplo. Mesmo com o Mundial de Clubes da Fifa, o Mundial interclubes sobreviveu. Isso é uma prova de que ele foi bem aceito no planeta. Sua importância é mundialmente reconhecida, seja pelos times que o conquistaram, como Real Madrid, Santos, Ajax, Milan, Peñarol etc.
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