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Superliga
foi tanto projeto como realidade na semana que passou.
Algumas das melhores partidas de futebol dos últimos anos em torneios
interclubes aconteceram na terça e na quarta-feira.
A Copa dos Campeões e a Libertadores foram modificadas para esta
temporada. Cresceram em participantes e em nteresse.
A mudança em ambos os torneios tornou quase todos os jogos decisivos,
mais atraentes.
Sorte dos amantes do futebol internacional e desta coluna, que
ganhará esta semana uma requintada versão na Internet.
Na Europa, um projeto ambicioso para uma Superliga foi lançado.
Isso em meio às quartas-de-final da Copa dos Campeões, já uma autêntica
Superliga.
Três dos quatro jogos do torneio no meio da semana foram sensacionais,
sem exagerar no adjetivo. Barcelona x Chelsea, Manchester
x Real e Bayern x Porto produziram grandes lances e emoções.
Com 32 equipes na fase final, a nova Copa dos Campeões abriu oportunidade
para alguns times laterais, como Valencia e Chelsea. As campanhas
desses times mostram como a nata do futebol europeu é tão forte quanto
parelha.
Excetuando alguns jogos na primeira fase, o torneio que foi redesenhado
pela Uefa foi um sucesso em campo. Grandes clubes, bons jogadores,
bastante público, muita grana. Todos os ingredientes necessários para
uma Superliga.
Por que mudar então?
A máquina do capitalismo pede sempre mais. E os grandes grupos
de comunicação sabem como gerar e multiplicar esse combustível.
Um campeonato nos moldes da NBA, sem acesso e sem rebaixamento,
seria tão atraente quanto sem graça. Seria uma maravilha um torneio
com os 16 maiores clubes, mas uma tristeza ver as portas fechadas
para tantos outros. Seria o interclubes mais rico, mas o mais antiesportivo
também.
Lorenzo Sanz, presidente do Real Madrid e do G-14, o bloco dos
mais poderosos da Europa, sabe disso. Tanto que quer aumentar para
26 o número de sócios no seleto clube que chefia.
A Copa dos Campeões atual, com os seus 32 times, está mais próxima
do que quer Lorenzo Sanz do que a Superliga de 16 clubes de Rupert
Murdoch e Cia.
Na prática, o projeto de Superliga apresentado esta semana não
é o que todos esperavam. Na teoria, a final da Copa dos Campeões
deste ano entre Real Madrid e Barcelona é o que todos esperam.
Na América do Sul, a Libertadores está melhor do que nunca _alguns
entendiam que a Copa Mercosul seria a Superliga do continente. Com
a classificação de dois times por grupo, a primeira fase do torneio
ganhou vida (antes, eram três). O Corinthians, melhor time
nacional, suou até o fim para ganhar vaga em um jogo que não ficou
devendo nada aos jogos da Copa dos Campeões. Na prática, não
sabemos quais times jogarão na Copa Mercosul este ano. Na teoria,
poderemos ter nas semifinais da Libertadores, enfim, um duelo de brasileiros.
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