|
|
|
|
|
O camisa 10 em geral espelha bem o time. Eis a Eurocopa.
Alemanha (Matthäus): jogador de grande força, é
aplicado taticamente, mas simboliza outra geração. Sua presença evidencia
a falta de renovação alemã. Sua aposentadoria deixa uma incógnita.
Bélgica (Strupar): não nasceu no país. Saiu da Croácia,
mostrando a necessidade dos belgas em buscar soluções fora de casa.
As belgas o acham o segundo homem mais atraente do mundo.
Dinamarca (Jorgensen): promessa do futebol dinamarquês,
tem a incumbência de substituir os irmãos Laudrup. Como o time, sofre
pressão pelas nobres ausências. Hábil, chuta bem de longe.
Eslovênia (Zahovic): típico camisa 10, arma, passa bem,
finaliza e lidera. O desempenho do time depende dele. Com 21 gols,
é o maior artilheiro da seleção, mas nunca jogou na fraca liga do
país.
Espanha (Raúl): jovem de reconhecido talento, é um dos melhores
do mundo hoje, como a sua seleção. Campeão seguidamente, é a
maior bandeira da nova geração do futebol espanhol, vitoriosa.
França (Zidane): elegante, pratica futebol romântico. Ícone
das glórias da seleção, alterna atuações memoráveis, como a da final
da Copa, com atos falhos, como as suas expulsões. É imprevisível.
Holanda (Bergkamp): tão genial quanto medroso. Capaz de fazer
gol antológico na Argentina e desaparecer em campo contra o Brasil.
Como a sina da seleção, joga bonito, mas pouco conquista.
Inglaterra (Owen): atrevido, o pequeno garoto aponta o fim
dos ‘‘chuveirinhos’’ e assina jogadas de efeito, como o gol na Argentina
em 98 e o que fez no Brasil. É presente e futuro do futebol inglês.
Itália (Del Piero): apesar das muitas crises, nunca deixa
de ser competitivo. Gosta de um contra-ataque, característica da ‘‘Azzurra’’.
Dramático, é um especialista em lances de bola parada.
Iugoslávia (Stojkovic): Esbanja habilidade e explica as comparações
entre o futebol brasileiro e o iugoslavo. Como o time, mescla talento
e temperamento forte. Como o país, não é alheio à política.
Noruega (Rekdal): É o jogador que mais atuou (83 vezes) numa
equipe que prima pelo entrosamento. Tem fama de jogador frio,
tanto que bateu pênalti no minuto final contra o Brasil na Copa.
Portugal (Rui Costa): um dos meio-campistas mais inteligentes
de toda a Europa, possui grande domínio de bola e visão de
jogo. Mas, como sua seleção, exagera no preciosismo e é pouco eficaz.
República Tcheca (Koller): foi a revelação das eliminatórias
(seis gols), como a sua seleção, sempre bem colocada no ranking da
Fifa. Com 2,02 m, se destaca em um time de grande porte físico.
Romênia (Hagi): conhecido como ‘‘Maradona dos Cárpatos’’,
é um maestro em campo, digno da camisa 10. Conduz em campo
o time romeno, rico em técnica e também em jogadores veteranos.
Suécia (Pettersson): meia-atacante sueco com grande influência
do futebol alemão, como a seleção de seu país. Atuou no Borussia Moenchengladbach
e defende hoje o Kaiserslautern.
Turquia (Yalçin): Cérebro da equipe, cuja maior arma é a união
ele faz a ligação entre o meio-campo e o ataque e defendeu Besiktas,
Fenerbahce e Galatasaray, os três ‘‘grandes’’ do país.
NOTAS
Olimpíada
São três medalhas para três países: Brasil, Espanha e Nigéria. Só
falta saber com que medalha ficará cada país.
Dinheiro
Ronaldo já não é mais o jogador mais bem pago do planeta. Roberto
Carlos e Batistuta ganham agora até mais.
2006
Nesta terça-feira, faltará um mês para a escolha da sede da Copa.
Também fará um ano que é sabido que só África do Sul e Alemanha têm
chances.
Mundial de Clubes
O Comitê Executivo da Fifa vai decidir no dia 6 de julho também a
possível segunda edição do torneio. Se houver mesmo, o Corinthians
vai jogar como atual campeão.
E-mail: rbueno@folhasp.com.br
Leia
mais:
Leia
as colunas anteriores:
28/04/2000 - Licença para jogar
23/04/2000 - Superligas
30/04/2000 - Presente e Passado
07/05/2000 - "Gatos" na Nigéria
14/05/2000 - "Minhas Desculpas"
21/05/2000 - Saem os clubes e entram
as seleções
|
|
|
|